Chapter 37

38 2 0
                                    

George's Pov...

Assim que abro a porta, aparece-me a Lia. Mas o que é que ela faz aqui?

- Lia - digo surpreendido - Que fazes aqui?

- Não aguento estar mais longe de ti - ela diz

Lia aproxima-se de mim, põe-se em bicos de pés, inclina a cabeça, tentando aproximar-se ainda mais de mim. Cerco-lhes a cintura com uma mão e beijo-a como ela fosse feita de ar e eu precisar-se de ar para respirar. Pego dela e levo-nos até à cozinha. Ponho-a em cima da banca, onde ela já se tinha sentado a conversar comigo inúmeras vezes.

Lia tem as mãos no meu cabelo, agarrando-os com os dedos e puxando-me mais para si.

Foi o beijo mais perfeito que alguma vez já dei a uma rapariga, um beijo de saudade e necessidade.

Ela afasta-se.

- Realmente isto vai estragar a minha surpresa - sussurro, com os braços à sua volta

Ela entalou-me entre as pernas, uma de cada lado, os tornozelo-los cruzados atrás do meu corpo. Lia pousa a testa no meu ombro.

Nenhum de nós diz nada

Passado uns minutos Lia levanta a cabeça e olha para mim.

- Nunca me faças isto, Shelley. Nunca mais.

- Fica descansada que nunca mais te vou trair

Lia não faz nenhum comentário, também não há nada para dizer. Ela deixa-se ficar, nos meus braços, enquanto ele lhe faço festas no cabelos.

Ao fim de algum tempo abraçados levanto a sua cabeça, só para poder ver novamente os seus olhos verdes. Como adoro os seus olhos.

- E se eu, se nós... - ela respira fundo e tenta impedir as palavras de se atropelarem umas às outras quando prossegue - ... e se eu quisesse passar a noite aqui contigo, o que é que acontecia?

Demorei vários segundos a olha-la.

- O que é que estás para ai a pensar Mikaelson?

- Oh não sei - ela encolhe os ombros - talvez três palavras que digam alguma coisa. Quarto, cama e nós

Pego da sua mão e subimos as escadas. Lia entrelaça os seus dedos com os meus com tanta força que me magoou um bocado.

Agora estamos no limiar, frente à cama. Há almofadas roxas, de um tom escuro, quase negras, amontoadas na cama; algumas tinham caído ao chão e parecem sombras sobre o tapete preto. De ambos os lados da cama há pequenas cómodas escuras. Em cima de uma destas há uma aparelhagem preta lustrosa; sobre a outra encontra-se um candeeiro.

- Isto é estranho. Isto parece mais importante cada vez que estou cá

- E é assim que deve ser - respondo, parando à sua frente

Ele olha-me e eu envolvo a sua cara nas minhas mãos. Beijo-a e faço com que ela cai para trás. Lia bate com as costas no colchão e eu deito-me sobre ela. Tiro-lhe o casaco, e ela tira-me a t-shirt. Descalço suas sapatilhas e depois descalço as minhas. Volto a deitar-me sobre ela, e dou-lhe beijos enquanto lhe tiro a camisa.

Lia's Pov...

Várias horas mais tarde, sinto os meus dedos fechados, agarrando os cobertores. Eu nem acredito que voltei a fazer sexo com o George. Toda a minha ansiedade e todas as minhas preocupações desapareceram quando George me toca. Depois ele abraça-me.

- Podia-me habituar a isto todos os dias - comenta George.

- Quem disse que não podemos fazer isto todos os dias? - digo levantando a cabeça e olhando-o

- Estas a falar a sério? - ele pergunta agarrando numa mão-cheia de cabelos meu e passa-os por cima do ombro, até caírem sobre o seu peito.

- Talvez - digo tornando a deitar a cabeça no seu peito, sorridente - Sim, talvez possamos fazer isto mais vezes.

You Got It AllOnde histórias criam vida. Descubra agora