50-Me diga que tem duas camas no seu quarto

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Não esquecam de ler os avisos finais. Nom capítulo e me desculpem por qualquer erro

ANY

Depois de sentir todos os olhares, inclusive de pessoas que ao menos estavam ali por causa das milhares de câmeras que vom certeza focaram em mim, saí correndo para o banheiro mais próximo.

Sabina, Alex e Sina até vieram tentar entender o que estava acontecendo e me consolar mas, no fundo, eu já sabia o que eu realmente precisava para ficar melhor.

Peguei o primeiro taxi que vi após convencer meus irmãos e minha melhor amiga de que ficaria bem sozinha, e fui para casa. Não hesitei em apertar o botão do último andar da casa, no subsolo, onde fica a maioria das bebidas da casa.

Peguei o máximo que podia nas mãos e subi parar meu quarto, desejando que aquela dor, tanto interna quanto externa, apenas saíssem do meu corpo.

Não esperei a banheira encher completamente, apenas entrei com uma das garrafas abertas, pouco me importando com o vestido caríssimo que eu estava vestindo, apenas virei toda bebida em minha boca, na verdade, tinha mais bebida em meu corpo do que de fato na minha boca.

Me diverti virando garrafas de vinho em mim mesma até não me lembrar de mais nada. Só sei que acordei deitada no chão do banheiro ainda com minhas roupas úmidas.

Sinceramente? Acho que esperei por um mísero segundo que Urrea tivesse passado por la para me tirar dequela situação. Que irônico!

Tentei ao máximo me limpar e tirar as roupas antes de correr para o banheiro de um dos quartos de hóspedes. Pedi para darem um jeito no meu quarto mais tarde, minha cabeça estava explodindo e eu só queria deitar em minha cama.

Tenho só alguns apagões antes das memórias mais vividas de mim no quarto arrumando minhas malas para voltar a rotina de gravações. Ótimo, assim eu ficaria longe de todos que eu não queria encontrar no momento.

Não funcionou tão bem quanto eu imaginava, gravar foi legal e me distraia, afinal ocupava 80% do meu dia, mas ainda sim meus pensamentos estavam em outro lugar... Ou em outras pessoas.

As gravações acabaram, pelo menos para mim, ontem e já estou voltando para casa... Não exatamente.

De 2018 para baixo, sempre fazíamos uma espécie de reality nos feriados já que passávamos eles todos juntos em algum lugar. Não era algo ao vivo, mas gravavamos a maioria do nosso dia e, sinceramente, era bem legal.

Provavelmente, por nosso nome estar em alta, nossos pais resolveram dar mais uma chance ao TFC's Holiday e, do fundo do coração, espero que essa ideia não vá mais para frente ou terei que passar o resto dos feriados trancada em uma casa com pessoas que eu ao menos queria ver.

Não existe feriado em março, não um exato. Normalmente as escolas e faculdades dão uma semana livre na primavera, quanto mais crianças e adolescentes fazendo nada em casa, melhor para nós, não? E, além disso, semana que vem temos uma premiação para ir.

O que melhor para fazer em um domingo do que ficar trancada com sua própria mãe em um jatinho particular?

- No que está pensando, Any? - A voz de minha mãe me tira de meus pensamentos. Ando pensando muitos esses dias, mais do gostaria na verdade...

- Não sei se queria ver todos que estão lá... - disse engolindo a seco fixando meu olhar na janela do jatinho, olhando para as cidades, minúsculas vistas lá de cima.

- Já fazem três semanas, Gabrielly, todos já devem ter esquecido - Mamãe se senta em minha frente, pegando seu copo de bebida em cima da pequena mesa que nos separava.

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