Capítulo 12

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SOCORRO! — Gritei.

Alguém me ajuda pelo amor de DEUS — Chorava muito.

Meu Deus do céu! Eu vou morrer — Gritava cada vez desesperado.



Eu estava dentro do carro do Diogo com um ferro atravessado na barriga e um pedaço enorme de vidro dentro do meu olho, estava todo coberto de sangue e a dor aumentava cada vez mais até minha visão ir escurecendo aos poucos.


Lá fora estava Diogo, Rodrigo, meu irmão gêmeo Yago, Samantha, Felipe, Maurício, meus pais e até Joabson, todos estavam festejando alguma coisa, meu irmão sorria alegremente como nunca tinha visto, o mesmo acontecia com os demais, até que Yago olha para mim que estava dentro do carro ferido, seu olhar transmitia ódio, o seu olhar não só transmitia ódio, mas era um olhar de desdém, como se não se importasse comigo daquele jeito. Até que ele se aproxima de mim.


Hahahahaha — Gargalhou muito alto — Como é bom ver você desse jeito... — PAUSA — é o que todo veadinho merece! Morrer lentamente e sentindo a dor penetrando sua alma — Dizia com uma voz diabólica.


Eu tentava falar, mas não conseguia, a dor era insuportável, mas eu falava e não saia som algum.


Olha aqui pessoal! — Gritou chamando a atenção de todos!

Ué? A bichinha ainda não morreu? — Perguntou Rodrigo se aproximando.

Essa praga é imortal? Era só o que me faltava! — Exclamou Diogo.

Vamos espancar este bosta até morrer! — Felipe ordenou sorrindo.

Não! É melhor deixar ele sangrando até morrer, existe melhor morte do que essa? — Maurício falou.

Não! — Meu pai apareceu — Esse demônio já sobreviveu demais, quero acabar com esse desgosto que ele me deu — Disse olhando para mim.

Quem começa primeiro? — Perguntou minha mãe.

Eu posso fazer isso meu amor — Disse meu pai me arrancando com tudo de dentro do carro, o ferro que estava atravessado em mim saiu em segundos de uma só vez.


Ele me jogou no chão imundo da pista que estava deserta, deu um chute na minha barriga me fazendo vomitar sangue, em seguida meu pai chutou minha cabeça fazendo o vidro entrar cada vez mais dentro do meu olho, minha mãe veio em seguida e me chutou bastante, Diogo veio com um pedaço de pau e começou a me espancar assim como todos os presentes. Eu chorava bastante, gritava por socorro, eu não entendia porque eu estava sendo espancado até a morte. Depois de me baterem, não vi mais ninguém, estava no chão me sentindo um lixo, começo a chorar gritando por socorro quase sem vida, até que de repente sinto meu corpo se movendo, como se alguém estivesse tocando em mim, meus braços eram apertados, meu rosto acariciado até que abro os olhos.


Meu filho, acorda! — Meu pai tentava me acordar 


Assim que meus olhos se abriram, vi que estava numa cama tomando soro e com a cabeça e o nariz enfaixados, olho em volta do que parecia um quarto, logo na minha frente um pouco acima vejo uma televisão provavelmente de 32 polegadas, as paredes eram metade azulejo com uma cor meio amadeirada, do meu lado esquerdo um frigobar e uma espécie de armário, ao lado dele tinha uma espécie de uma área com uma grande janela e ao lado da mesma ficava o banheiro, depois voltei meu olhar para o meu pai que estava me olhando com uma expressão de preocupado.

Sol de Verão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora