Para Sempre Nós Três

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• VIOLLET •
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Eu nunca duvidei sobre alguma coisa referente a minha sexualidade, sempre estive certa que sentia atração por homens e por nenhum outro gênero. Mas por que derrepente as coisas estão tão confusas dentro de mim?

Não tinha a intenção de cair daquele jeito em cima da Jane, principalmente na frente do marido dela, mas desde aqueles segundos em que nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir sua respiração entrelaçando com a minha, algo dentro de mim parecia diferente.

Por um milagres divino eu não estava atrasada para a escola, o que era bem surpreendente já que na noite anterior eu mal consegui dormir e tudo isso porque eu fiz a coisa mais surpreendente da minha vida.

Estava entediada e com um fogo no rabo que tinha surgido dos infernos. Para o meu sossego eu decidi me aliviar e aquilo foi a pior coisa que eu poderia ter feito, pessoas que eu não deveria sequer pensar surgiram na minha cabeça e foi um total desastre.

Eu só posso está em um looping de desgraça.

Ando pelos corredores com calma e totalmente perdida nos meus pensamentos de culpa. Antes de eu sequer raciocínar meu corpo se choca com outro e um barulho alto ecoa no piso.

Olho para o chão e vejo caixas caídas, assim que subo o olhar vejo o homem de aparência severa. Essa não.

— É claro que tinha que ser você — Michael murmura parecendo tão estressado quanto antes.

— Me desculpa! Eu acho que tenho problemas em esbarrar em pessoas — Me ajoelho para pegar as coisas que tinha escapado do papelão — Não foi minha intenção.

— Sem problemas — Seu tom de voz não parecia está tão tranquilo quanto suas palavras.

Coloquei as três caixas em uma só pilha e notei o quanto estava pesada. Entreguei duas para ele e fiquei com uma.

— Posso te ajudar a levar isso.

— Não precisa, além do mais é a primeira vez que te vejo chegar no horário certo então não quero que você fique atrasada.

— Tudo bem, acho que dá tempo de te ajudar com isso e faria eu me sentir menos culpada.

Ele pareceu avaliar a situação e eu só torci para que aquele olhar tão severo não fosse acompanhado de uma bronca. O moreno pareceu se decidir.

— Tabom, mas vamos rápido.

Michael anda em direção as escadas e eu o acompanho sem questionar muito, faço o maior esforço possível para não derrubar a única caixa que carregava.

Decidi quebrar o silêncio enquanto íamos andando.

— O que têm aqui?

— Alguns materiais que a diretora pediu para guardar — Ele falou de maneira seca. Era um porre ter que aguenta-lo.

— Ah... A professora Jane tá bem? — Sinto minhas bochechas esquentarem assim que lembro das coisas que imaginei na noite de ontem — Quer dizer, ela pareceu se machucar com a queda na sala dos professores.

— Ela tá bem, não foi nada alarmante — Senti um alívio dentro de mim.

Entramos em uma sala onde tinha várias outras bagunças e ele deixou as caixas que carregava em cima de um balcão, fiz o mesmo garantindo que ficasse em equilíbrio. Notei o quanto aquele lugar era escuro.