Para Sempre Nós Três

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•VIOLLET•
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A aula não tinha sido difícil, Michael me ajudou bastante em matemática e biologia, ele foi paciente e me explicou tópico por tópico, confesso que até me senti nervosa de falar pela quinta vez que não tinha entendido nada, vai que aquele bom humor acabasse.

Arrumei minhas coisas certinhas e garanti que não tivesse nenhum material espalhado pela sala. Tudo aqui parecia tão caro que eu tinha medo até de sentar no sofá.

Meu professor arrumou a pasta dele e deu um longo suspiro logo em seguida me olhando.

— Conseguimos acabar antes do combinado.

— Isso é bom — Dei um sorriso de canto e me senti tensa. Era tão estranho ficarmos sozinhos.

Jane ficou o tempo todo no quarto, quando chegamos preparei o chá que meu padrasto tinha me ensinado a fazer nos dias que eu ficava doente e ele foi até o quarto entregar para ela. Confesso que me senti triste por não vê ela e bem preocupada pelo seu estado de saúde.

— Então, você quer comer alguma coisa?

— Ah não, acho melhor ir para casa.
— Terminamos mais cedo, pode ficar aqui se quiser — Meu coração começou acelerar de uma maneira estranha — Olha, eu vou comprar algumas coisas para gente tomar um café da tarde, prometo ser rápido.

— Não quero incomodar, professor.

— Não incomoda, garanto — Ele me ofereceu um sorriso de canto que foi quase impossível de negar alguma coisa.

Meu Deus, precisava fazer ele ser tão bonito assim?

— Tabom, eu posso esperar aqui?

— Claro, volto daqui alguns instantes.

Ele se levantou com rapidez e foi até a mochila pegar a carteira. Não teve nenhuma despedida antes dele sair.

Era tão estranho sentir que eu tinha a confiança dele para ficar na sua casa sozinha. Será que tudo isso não era um teste para vê se eu roubo alguma coisa?

Olhei em volta e senti um nervoso subir pela minha barriga, sentia como se fosse a primeira vez ali.

Era estranho pensar em como as coisas por aqui sempre estava no lugar certo, o lugar transmitia luxo até na tinta da parede. Tudo tão bonito que ultrapassava o bom gosto.

Não tinha nenhum sinal de criança na casa, o que significava que eles não tinham filhos e isso me deixava curiosa, claro que podia ser escolha deles, mas se algum dia eles decidirem colocar um bebê no mundo essa seria a criança mais linda de todas com toda certeza.

Eles eram as pessoas mais linda que já conheci.

Respirei fundo e tentei entender porque aqueles pensamentos passavam pela minha cabeça. Eles eram anos mais velhos, um casal e, apesar de serem as pessoas mais lindas que já conheci, ainda assim não fariam meu tipo. Michael é praticamente um velho ranzinza e Jane é uma mulher, isso não fazia sentido para mim.

Poderia passar horas questionando tudo mas para minha surpresa uma voz abafada veio do corredor. Meu coração despertou no mesmo instante.

— Michael! — A voz de Jane pareceu embolada.