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•MICHAEL•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Tiveram poucos momentos em que consegui dormir igual um bebê diante tantos problemas e esse foi um daqueles sonhos que me fez sonhar com anjos e unicórnios. Por algum motivo tinha conseguido dormir muito bem.

Senti a luz do sol encontrar meus olhos e o incomodo do brilho fez com que quisesse despertar o mais rápido possível. Meu braço estava dolorosamente formigando, tinha um peso sobre ele que não conseguia indentificar qual, mas tinha um cheiro ótimo, cheiro de... Frutas.

Esse não era o cheiro da minha Jane e parando para pensar o corpo da minha mulher não era magro desse jeito, muito menos tão baixo. Abri os olhos rapidamente e precisei de segundos para me acostumar com a claridade.

Olhei ao meu redor e notei que não estava no meu quarto, com certeza não. Virei meu rosto e dei de cara com a mistura do cabelo loiro e preto ao meu lado, reparei na mulher que dormia entre mim e minha esposa.

Precisei de alguns segundos para raciocinar direitinho e derrepente os acontecimentos de tudo vieram até minha cabeça. O passeio, o carro quebrado, o hotel... Viollet.

Droga, droga, droga.

A noite anterior tinha sido uma grande controversa sobre tudo que eu e Jane havíamos conversado, todo o combinado tinha sido jogado aos ventos graças a loira que dormia com a gente nesse momento.

Não estava em meus planos sair do quarto na noite passada, mas Jane estava demorando de mais e sem nenhuma intenção acabei escutando toda a conversa das duas. Eu sabia onde tudo aquilo acabaria, sabia que Jane não iria resistir e sabia que a minha carne seria fraca o suficiente para seder as duas. Quem eu tentava enganar? Tinha gostado tanto do que aconteceu ontem que o gosto do beijo delas ainda estava em minha boca.

Acabamos parando em nossa cama, mas eu ainda tinha juízo o suficiente para me controlar e conseguir mantes as coisas calmas, entre muitas aspas.

Quando chegamos no quarto continuamos tudo que estávamos fazendo na varanda, com a diferença de que muitas mãos bobas foram se intrometendo no meio. Eu tentei resistir, tentei me manter longe da garota, mas estão ela fez aquela declaração e derrepente tudo ficou a mostra, não dava para resistir a elas juntas.

Respirei fundo e tentei acalmar todo o sangue que insistia em ser bombeado para os lugares errados. No final das contas ficar apenas nos beijos tinha me dado uma bela dor nas bolas e um pau ereto que não conseguiria resolver tão cedo. Não me sentia culpado por ter mantido as coisas respeitosas, não conseguiria me perdoar se transasse com elas em um quarto de hotel barato, ambas mereciam algo bem melhor.

Levantei da cama e olhei uma última vez para minha esposa agarrada com Viollet. Aquilo conseguia ser um inferno e o paraíso ao mesmo tempo.

Não tinha percebido o sorriso que brotou em meus lábios, mas logo o tirei do rosto e fui em direção ao banheiro para completar minha higiene matinal. Em minutos eu estava com a cara lavada, os dentes escovados e a porra de um pau duro feito rocha. Me sentia um depravado por está igual um adolescente que nunca tocou em alguma mulher.

Voltei para o quarto e de cara percebi minha esposa já acordada, Jane olhava para nossa aluna que ainda dormia com certa surpresa e medo. A ficha parecia cair para minha esposa.

— Me desculpa — Ela murmurou — Eu sei que isso é culpa minha.

— Jane... — A morena me olhou com olhos tristonhos e senti meu peito apertar com aquilo.

— Estraguei o nosso acordo, fui fraca e inconsequente.

— Eu concordei com tudo, então não pode se culpar sozinha por isso — Fui até minha esposa e a puxei para que viesse ao meus braços.

Para Sempre Nós TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora