20 - Uma ligação ou perda da sanidade?

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E bora de quase-calcinha-molhada?

Bora, né

Só bora, fi.

Boa leitura aí procêis. Se eu estiver de bom humor mais tarde talvez eu poste a continuação desse capítulo amanhã ou sei lá.

~❁~

As vezes o receio de que a xingarão por ter sumido por um tempo, sem dar sinais de vida, é impossível de impedir de vir. Mas, ao mesmo tempo, a esperança de que vão falar só coisas bonitas também não é tão fácil de evitar.

O fato é que, simplificando as coisas, tem 10 minutos que eu estou tentando decidir para quem ligar. Por que eu tinha que ter tantos parentes?

- Por que tá com tanto receio? - Toni me pergunta, sentada em frente a mim e me olhando roer minha unha do polegar nervosamente. Ela, depois de um tempo, pega na minha mão para me impedir de continuar fazendo aquilo e a segura delicadamente entre suas duas mãos.

- Não é receio, é dúvida. - Viro a tela do celular para ela ver. - Todos que tem um "B." depois do nome são meus parentes, e os que tem B e uma estrelinha são os que não são parentes de sangue, e sim de consideração.

- Meu Deus... Posso? - Toni pergunta se referindo a pegar o meu celular, e eu só a entrego. Ela tira a mão direita debaixo da minha esquerda, e enquanto vasculha os mais de 15 contatos com um B na frente com a mão direita, sua mão esquerda continua segurando a minha como se estivesse a protegendo. Minha mão direita está livre agora, e para dar-lhe uma segurança de que eu não estava mais tão nervosa, agora sou eu quem seguro sua mão com as duas mãos.

Nem um dia se passou desde que tudo aquilo rolou. O chupão continua fresco e bem roxo em seu pescoço, e minha blusa social nunca saiu do meu corpo. Nós apenas conversamos mais um pouco antes dela dar ideia de eu ligar para algum dos meus familiares para lhes avisar de que eu logo logo estaria lá.

De qualquer forma, Toni também deixou claro que, além disso, ela queria ver de onde eu "puxei tanta beleza", e depois daquilo, eu super teria ligado para a minha mãe se minha velha entendesse alguma coisa de tecnologia. Acho que ela no máximo mexe no Facebook, mas isso é normal, considerando que até a minha avó de 87 anos sabe o que é Facebook.

- Aqui. - Ela chama a minha atenção. - Quem é essa Polly B? Tem uma estrelinha.

- É minha cunhada. - Digo, olhando Toni e as vezes a tela do celular. - Ela e meu irmão são casados desde quando tinham 19 e 21.

- Muito cedo, você não acha? - Toni pergunta, intrigada. Eu sorrio de lado, negando com a cabeça.

- Eles namoraram desde os 14 e 16 até decidirem se casar quando tiveram idade e condições de bancar um casamento bonito. A cerimônia foi linda, e na noite de núpcias eles conceberam um casal de gêmeos. A história deles é bem bonita. Eu me lembro bem de quando minha mãe quase se mudou porque ficou com ciúmes do filhotinho dela estar namorando com uma menina sendo tão jovem e eu tive que passar uma semana tentando convence-la de que a Polly fazia bem ao Jason. - Digo, sentindo nostalgia de lembrar daquela época difícil, mas, ao mesmo tempo, engraçada. - O meu pai sempre foi quieto demais. O que minha mãe decidisse, era a palavra final. Ela sempre foi muito louquinha e meu pai muito calmo, por isso combinam. Só que eu sei que ele estava orgulhoso do filho ter encontrado uma menina tão legal. - Suspiro. - De qualquer forma, hoje em dia somos uma família gigante e minha mãe e a Polly são praticamente melhores amigas.

- Que gracinha. - Toni diz, sorrindo de um jeito fofo, e eu dou de ombros - por mais que eu estivesse sorrindo da mesma forma -. - Aliás... sua mãe sabe que você gosta... bom, que você gosta de laranja? - Rio alto com a metáfora que Toni usou, e assentindo eu passo o dedo indicador no canto dos meus olhos antes de chegar um pouco mais perto para lhe dar um beijo no canto dos lábios, que Toni resmunga e me rouba um selinho. Eu dou outro, e quando ela me da outro, eu só abro meus lábios e tomo os seus em um beijo de verdade. Que saudade desse beijo...

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