Final do capítulo parece que não tem final e realmente não tem, porque eu não diria que o capítulo acabou. Considerem que o capítulo 32 vai ser uma parte 2 desse (31)
Beijinhos na testa e me desculpem pela demora de mais de, provavelmente, três semanas. Não sei o que deu em mim.
Boa leitura! ❤️❤️❤️
~❁~
O fato de eu não poder ter ficado tanto tempo como eu gostaria de conchinha, com a minha namorada e no meu quarto, me decepciona um pouco, porque eu gostaria mesmo de estar lá agora.
Mas infelizmente não aconteceu. Quero dizer, não aconteceu como eu, nós, realmente queríamos.
Agora eu estou de volta para o quarto de visitas, nessa cama fria e sem nenhum corpo me abraçando. Já é de manhã, eu acordei cerca de quatro e meia para beijar seu rosto e voltar sorrateiramente para o quarto que estava antes. Esse quarto de visita. Essa merda de lugar, sem Toni, sem cheiro gostoso.
Nós transamos e, nossa! O que foi aquilo? Foi tão diferente. Tão... bom. Tão prazeroso, tão gostoso.
Foi uma novidade tão... Excitante!
Sério, para mim Toni sempre foi bastante rebelde. Ela é rebelde, na verdade, no jeito dela. Comigo ela é fofa, muito fofa. Mas o estilo dela é sempre tão livre. Seu passado, jaquetas de couro, coturnos, all stars de todas as cores, essas mechas rosas atrás do cabelo que mal aparecem, mas que você sabe que estão lá; nós sabemos que estão lá.
Uma vez ela me disse que estava pensando em pintá-las de castanho novamente, e sinceramente, qualquer escolha dela me agrada - não que eu tenha algum direito de argumentar ou tomar decisões por ela -. Mas admito que vou sentir falta dessa cor bonita que me encantou, desde o início de tudo.
Fito meus dedos, minhas mãos, minhas malas jogadas no canto do cômodo frio. Eu consigo escutar o som dos passarinhos, o som dos aspersores regando a grama do jardim. Eu consigo ver o vidro embaçado do frio da noite incrível de hoje. Eu devo estar com olheiras e deveria dormir, considerando que minha mãe acorda antes de todo mundo e esse antes é lá para as oito horas. Eu poderia dormir mais um pouco, já que são cinco e quarenta e o sol mal chegou ainda, mas não sei se consigo.
O gosto, o cheiro, o toque... Tudo que aconteceu há algumas horas atrás está gravado em minha mente e não sei se sairá tão cedo, assim me permitindo descansar. O fato é que eu voltaria para lá se pudesse, eu só não posso arriscar. Não tenho medo da minha mãe, não tenho medo do meu pai e muito menos tenho medo do meu irmão. O que eu tenho por eles, na verdade, é amor e respeito.
A casa é deles, afinal. Mais precisamente, dos meus pais e da minha avó, porque o Jason já tem sua própria família formada e mora em uma casa própria, construída do zero em um bairro perto daqui.
O ponto é que, a partir do momento que saí de casa e me tornei independente, a casa dos meus pais deixou de ser o meu lar principal. Sempre será o meu lar, mas não o principal, principal, e se a dona da casa quer colocar regras quanto a quem deveria dormir com quem e onde, eu não posso impedi-la. Eu até me divirto com o ciúmes dramático que Penélope põe em cima de mim. Ela sempre quis ter uma filha menina e saber que essa filha está filha crescendo, namorando, provavelmente e com certeza tendo relações sexuais com outras pessoas, deve ser difícil. Um dia eu fui um bebê e hoje esse bebê cresceu e já tem vinte e seis anos. Mamãe nunca me impediu de crescer e isso é uma das coisas que eu mais amo nela. Ela é complicada, mas no fim, ela sabe que crescer faz parte de todos os seres humanos. Acho que o que ela quer colocando esse ciúme materno em cima de mim se baseia basicamente no pedido mudo de "venha me visitar mais vezes, sua ingrata.".
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Blossom
FanfictionEm algum momento de sua vida, Cheryl Blossom se vê entediada, e após um surto com seu chefe ela se muda, buscando algo novo e menos entediante. Com isso, acaba encontrando uma pequena - porém adorável - cidade e vê uma oportunidade perfeita para rec...