𝐂𝐑𝐔𝐄𝐋 𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑, 𝘞𝘢𝘭𝘬𝘦𝘳 𝘚𝘤𝘰𝘣𝘦𝘭𝘭

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Estávamos na estrada já fazia umas 5 horas. Meu irmão, Henry, dirigia mais devagar que uma tartaruga. Eu estava sentada no banco ao seu lado, com os pés no
porta-luvas. E nossa mãe estava no banco de trás, apagada.

— Henry, não tem como dirigir mais devagar? – Digo irônica.

O garoto revira os olhos, com a atenção ainda na estrada — E não tem como você parar de ser chata? E outra, tira esses pés sujos do porta-luvas!

— Pra sua informação, meus pés são mais limpos que o seu.

Comecei a mexer no rádio, mudando as estações. Para mim, as músicas são a melhor parte das nossas viagens de família. Parei em uma estação de rádio rapidamente quando percebi que a música "Cruel Summer" da Taylor Swift estava tocando. E então, comecei a acompanhar.

"I'm drunk in the back of the car
And I cried like a baby coming home from the bar (oh)
Said, "I'm fine, " but it wasn't true
I don't wanna keep secrets just to keep you
And I snuck in through the garden gate
Every night that summer just to seal my fate (oh)
And I screamed for whatever it's worth
"I love you, " ain't that the worst thing you ever heard?
He looks up grinning like a devil" — Cantarolei alto, o que acordou a minha mãe. Que me acompanhou. Eu meio que era viciada na Taylor Swift. Sempre obrigava minha família e meus amigos a escutarem as músicas dela comigo. Minha mãe por sinal, gostava muito dela. E sempre se juntava a mim nas minhas cantorias. O que fazia Henry sempre rir levemente e revirar os olhos.

Estávamos chegando, e a sensação de felicidade invadia o meu peito quando nos aproximamos da casa.

Abaixei o vidro da janela, completamente. Sentindo o cheiro de praia. E na minha opinião, era um dos melhores cheiros.

Quando chegamos, Henry tocou a buzina três vezes. Indicando que havíamos chego. Avistei Tanner, Walker e Leena saindo da casa praticamente voando.

Leena era minha melhor amiga. Ela é uma ano mais velha que eu, tendo quinze anos. E temos uma relação incrível. Ela estava um pouquinho mais alta desde o verão passado. Mas parece que só isso havia mudado na garota.

Tanner também estava mais alto, um pouco a mais que Leena. Ele é o irmão mais novo.

Já Walker continuava igual. Pelo menos a aparência. Ele estava com um sorriso no rosto, ao lado de seus irmãos.

Minha mãe já tinha ido para o lado de dentro com as malas, e com a ajuda de Amélia.

Os três viram nos cumprimentar. Os garotos abraçando primeiro ao Henry e eu abraçando a Leena enquanto sussurramos coisas do tipo "Estava com saudades" ou "Você tá diferente, mas só um pouco".

Logo depois ela foi cumprimentar o Henry. E eu os garotos. Tanner me abraçou primeiro logo após se afastou. Walker me abraçou. E nossa, eu tava com saudades dele. Muita. Nos abraçamos com força, enquanto eu sentia o cheiro dele. Que por sinal era muito bom.

Ao se afastar ele disse — Eu senti sua falta.

— Eu também – Corei um pouco e olhei para ele, que também estava um pouco corado.

Depois de falar com todos. Fui para o meu quarto. Que continuava o mesmo. Tinha ainda o papel de parede de quando esse quarto era de Amélia. E eu adorava. As coisas que eu deixei lá no verão passado, permaneciam lá.

Fui até a cômoda e observei o mural de fotos. Tinha algumas fotos minhas com a Leena, algumas com o Tanner, com a Amélia e minha mãe. Mas reparei especificamente nas minhas fotos com o Walker. Nem percebendo uma presença no meu quarto.

— Ainda gostando do meu irmão? – Disse Leena brotando do nada.

— Que susto garota! Tá louca? Eu? Gostar do seu irmão?

Me joguei na cama suspirando. Sim, ela havia percebido isso já havia um tempo mas sempre que falava sobre, eu negava.

— Se você diz. Mas eu sei que você gosta. Enfim, eu vou pro meu quarto, já tá tarde.

— Boa noite – Dissemos em uníssono.

É, eu tenho certeza que esse verão vai ser inesquecível.