APENAS NÓS

O PAI

Enquanto isso na agência Anthony e Marcelly, jamais imagina a repercussão que sua imagem está causando pelo mundo afora. 

Em um navio, não era diferente.

— Senhora Elizabeth, a senhora  já viu a linda modelo que a agência do seu filho está lançando, olha esse outdoor! 

A Senhora que estava em mais umas de suas viagens, logo que viu as notícias que sua assistente, lhe mostrou, ligou para o filho imediatamente pois ao contrário do divórcio dele que ela já desejava a muito tempo por nunca ter gostado do seu único filho casar-se com a filha de uma mulher desclassificada como era a sogra dele. Ela adorou quando ele lhe ligou falando que seu casamento tinha chegado ao fim, mesmo vendo o quanto aquilo fez seu precioso filho sofrer, ela vibrou.

Agora dando a volta por cima ele lançou uma modelo que está na mente de todos, pensando como o filho está no auge, resolveu voltar para o parabenizar pessoalmente. 

A tarde chegou, e já estava quase chegando o fim do expediente quando Albeny bateu e entrou na sala do chefe assombrada com o que vinha pela frente. Gaguejando ela tenta falar sem sucesso.

—Sen. Senh. Senhor Anthony, tem uma pe. Pessoa aí fo. Fora — Mas antes dela terminar de falar a pessoa entrou feito um vendaval.

—Onde está minha filha? — Falou o homem se aproximando e parando na frente da mesa de Anthony que ao vê-lo entrar levantou-se em um salto, ficando de pé olhando pro homem com olhos, espantados.

Engolindo seco, falou:

— Sen…senhor em que posso lhe ajudar — disse Anthony, fingindo não saber do que o homem estava falando. Assim que viu a cara de surpresa do patrão, Albeny saiu da sala fechando a porta atrás de si. Já no corredor Marcelly que ia chegando pra se despedir daquele dia, vendo Albeny, com cara de apavorada saindo da sala do chefe perguntou: 

— O que ele fez com você dessa vez?

—Na. Nada, ele nada, mas tem uma pessoa lá dentro que parece que vai destruir tudo por aqui! 

—E mesmo e quem é essa pessoa? 

—Não sei se você já ouviu falar de um figurão, ele é um magnata…ele está aí dentro com Anthony? — perguntou Marcelly apavorada.

Sem conseguir falar, Albeny, consentiu com a cabeça,  Marcelly então levou a mão na maçaneta e abriu a porta se deparando com o pai de pé em posição ameaçadora como sempre fica quando está nervoso! 

Logo que ouviram a porta ser aberta, os dois homens dentro do cômodo olharam se deparando com Marcelly parada na porta com cara espantada.

— Olha ela aí, a fujona, oi filha ingrata como você pode fazer isso sem sequer se preocupar em dar notícias por anos, Marcelly?

E porque está só usando o nome de solteira da sua mãe?

— Pa. Papai!

Papai aqui não é lugar pra conversarmos! Não sei se o senhor sabe, mas aqui é o meu local de trabalho! Então vamos pra algum lugar onde podemos conversarmos? 

—O que está com medo do seu chefe lhe demitir? Faz ele muito bem, apesar que não vai ser necessário,  pois se você não voltar comigo agora, eu fecharei esse lugar, o que você faz em um lugar como esse Marcelly, isso é imoral, como você ousa jogar meu nome na lama desse jeito, a que ponto você chegou pra se prostituir, posando como uma…papai não ouse! O trabalho que fazemos aqui é um trabalho digno, não tem nada de posar como o senhor está imaginando nessa sua cabeça, que parece ser tão imoral como suas palavras e o lugar que o senhor encontrou aquela mulher que levou pra dentro da casa que vivemos a minha vida toda ao lado de uma mulher digna na qual o senhor não deu um pingo de valor! Não é papai! Me diz que o senhor algum dia chegou a dar o valor que ela mereceu?