A EMBOSCADA

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Aquele homem cheio de rancor estava disposto a fazer o Senhor Reichert pagar de qualquer maneira, não importasse quem ele iria atingir, a sua amada e querida filha ou o seu precioso neto. O que estivesse vulnerável primeiro seria sua presa do momento. O importante era fazê-lo sentir na pele a dor e também sofrer o máximo. Só assim ele pagará, por tê-lo jogado naquele inferno onde apanhou e sofreu muito, pois aqui fora estava acostumado mandar e desmandar, já lá dentro, tudo mudou de figura, pois até queriam que virasse mulherzinha, e teriam conseguido se não tivesse tomada coragem e matado o sujeito que jurou que iria fazê-lo de sua mulher, e foi assim que ganhou respeito, pois todos passou respeitá-lo.
Um mês depois
Marcelly saiu para mais um de seus compromissos acompanhada de três seguranças e mais o motorista que também era treinado como os demais seguranças. Ela tinha um ensaio fotográfico em uma fazenda de plantação de uvas, onde o dono a contratou para fazer um calendário, onde ela iria ser fotografada no meio das plantações segurando um belo cacho de uva roxa.
O dia seguiu tranquilamente, as fotos ficaram maravilhosas, no fim de tudo, a equipa entraram na van onde todos os equipamentos estavam, enquanto Marcelly e seus seguranças seguiram atrás em outro carro, na estrada ela seguia respondendo as mensagens deixada pelo marido e a senhora Sessy que passava todo tempo as novas gracinhas do seu pequeno, no qual ela já estava com muita saudade. Foi então que tudo aconteceu, em uma freada brusca que a fez derrubar seu celular, ao olhar pra ver o que tinha acontecido para que o motorista que era sempre prudente agisse daquela maneira, ela e todos viram que tinha um furgão preto fechando a estrada, Marcelly já ficou atenta a tudo que o pai e o marido lhe falou,  os seguranças se preparam em alerta, mas aí ouviram o primeiro tiro que atingiu a cabeça do motorista, em seguida outros tiros foram disparados, onde para se defenderem os seguranças abriram as portas do carro que era blindadas fazendo de escudo e começaram a revidar, onde começou uma intensa troca de tiros.
O segurança responsável ordenou que ela ficasse abaixada dentro do carro, todos que iam na frente na van que não estava muito longe, ouviram o intenso tiroteio, o fotógrafo imediatamente ligou para Marcelly, o telefone dela começou a tocar em um canto no chão do veículo ela pegou e já atendeu gritando:
—Chame ajuda, estão nos atacando! Ela ouviu um gemido seguido de outros e ao olhar viu seus seguranças feridos o do banco do carona estava morto assim como o motorista, que foram os primeiros a serem atingidos, os outros dois que iam atrás com ela, estavam feridos pois as armas deles não era compatível com as que os bandidos usavam, vendo seus seguranças caídos no chão ela se desesperou, colocou as mãos na cabeça acreditando que seria seu fim, foi quando ouviu uma voz dizendo:
—Quero-a viva!         
Em seguida um homem vestido todo de preto com capuz na cabeças onde só podia ver os olhos, apareceu na porta puxando-a e levando-a na direção do furgão preto, ela pensou se aquele era seu fim que fosse, mas não iria se entregar sem lutar, foi aí que com um movimento golpeou o homem que estava lhe arrastando, ela o atingiu na garganta onde ele caiu ajoelhado segurando o local atingido, dando-a a chance de pegar sua arma e rapidamente atirar na direção do outro homem de pé na porta do furgão, que assim que foi atingido caiu, ela então voltou carregando para seu carro ajudou os seguranças entrarem no carro, depois  assumiu a direção saindo, onde bateu na traseira do furgão tirando-o do caminho e saiu em disparada pela estrada, que logo mais à frente encontrou com vários carros da polícia, uns pararam para lhe ajudar e outros seguiram para o local da emboscada,  a van que estava sua equipa voltou onde todos saíram e abraçaram-a, foi então que o fotógrafo viu que ela estava sangrando no braço, pois no que caiu o bandido a cortou com sua faca. Marcelly e os seguranças feridos foram atendidos e levados para o hospital pela ambulância que a polícia havia chamado.
Logo depois de chegarem ao hospital, Anthony e o sogro também chegaram nervosos querendo saber do seu estado, uma das enfermeiras levou-os para que o próprio doutor os informassem como ela se encontrava.  
Enquanto isso no local da emboscada a polícia prendeu um dos bandidos que sobreviveu na qual identificou como um dos que fugiram da prisão a mais de um mês, exatamente o que Marcelly atingiu próximo a porta do furgão era o que o senhor Reichert queria vivo ou morto, que por sorte ou azar dele, sobreviveu, pois o tiro que Marcelly deu o atingiu no abdômen, e como ele estava desarmado não revidou. pois ele era só o mandante e não o executor no qual estavam todos mortos, até o que foi atingido na garganta por Marcelly morreu por falta de ar, já que o local inchou sufocando-o.
No hospital ao ver que Marcelly estava bem, com apenas um pequeno corte no braço esquerdo que já tinha sido cuidado no qual levou cinco pontos, Anthony e o sogro ficaram aliviados que apesar das perdas tudo com ela estava bem.
Enquanto eles estavam ao lado de Marcelly o telefone só senhor Reichert tocou, ele olhou e viu que era o delegado, que por causa das ameaças a sua família ficaram amigos. Ele pediu licença, saiu do quarto onde a fila estava em observação e foi atender no corredor que assim que entendeu o amigo já foi falando:
—Pegamos ele!
Ao ouvir o que o amigo falou o senhor Reichert falou:
— Ótimo, e como ele está? 
—Sangrando muito, mas vivo! — Disse o amigo.
—Então agora é com você, siga com o combinado, meus homens tinham ordem para não deixá-lo vivo, agora é sua missão seguir em frente — disse senhor Reichert com a voz seca e firme. Dito isso, desligou e depois de guardar o telefone voltou para o quarto e com alívio deu a notícia que o mandante da emboscada havia sido preso, mas como seu amigo falou ele estava gravemente ferido que talvez não chegasse até o pronto socorro! Ao saber disso; Marcelly e Anthony também sentiram-se aliviados ela então contou que quase eles a levaram, mas que por causa dos resultado das aulas de luta, conseguiu se livrar, atingindo seu agressor com um golpe e atirando em um outro, ao ouvir seus relatos o marido e o pai ficaram surpreendidos com tamanha coragem dela. Anthony, agradeceu por ela ter feito aulas de defesa pessoal, tanto que está pensando em fazer também! Já o pai a olhava com orgulho! Duas horas depois de estar em observação, o doutor a liberou, onde junto com o marido seguiram para casa, já o pai ainda tinha o que fazer no hospital já que um dos  seguranças que havia sido levado ferido no tiroteio, havia acabado de falecer na mesa de cirurgia.    

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