COM O FILHO NOS BRAÇOS

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Ao ouvir o genro, senhor Reichert virou-se e olhando-o falou:
—Agora está! Anthony, nós precisamos conversar, mas não aqui vamos até a lanchonete sei que você ainda não comeu nada desde que chegou aqui. 

        Vendo que o genro olhou para Marcelly que ainda dormia, o senhor falou:
—Não se preocupe com ela, o médico disse que ela está bem! Uma enfermeira virá ficar com ela e tem também os seguranças aí fora que ligará assim que ela acordar.

        Vendo que o sogro tinha razão e curioso pra ouvir o que ele tinha pra lhe dizer,Anthony consentiu com a cabeça, 

levantou-se e depois de ir até o banheiro e fazer uma rápida higiene, beijou os lábios de sua amada esposa, depois seguiu o sogro para fora do quarto. Já no corredor ansioso falou para o sogro:
—Vai, me fale o que está acontecendo ou melhor aconteceu! Já que o senhor falou que agora estava tudo bem.  
—Calma Anthony, vejo que a ansiedade é genético de sua mãe, ela também é assim! Tudo tem que ser na hora que ela deseja.  Vamos tomar café, então te deixarei a par dos acontecimentos. 

      Quando chegaram no local Anthony e o sogro sentaram-se e logo pediram o que iriam comer, só depois de ver o genro se alimentar, pois afinal queria que aguentasse o que iria ouvir bem alimentado, pois precisava dele bem de saúde para sua filha não ficar preocupada com o marido e só se dedicasse ao neto e a si mesma, o senhor Reichert então já vendo que o que o genro havia pedido já estava no fim, então o olhando e contou-lhe tudo que aconteceu mais cedo. Ao ouvir o sogro mencionar o rápido do filho, Anthony se desesperou e já ia levantando, mas o sogro fez sinal que senta-se, pois agora como ele havia dito estava tudo bem. Então com o genro de volta sentado ele continuou contando em detalhes como é quem havia bolado e planejando, e principalmente se atrevido a tentar executar o plano todo.  

Ao ouvir com detalhes que sua ex esposa se atreveu a sequestrar seu filho, Anthony levantou-se sem ao menos dizer uma palavra, se afastou, seguiu até do lado de fora do local onde estava, depois de  certificar-se de que o sogro não o seguiu, pegou seu celular e rápido digitou um número e fez uma ligação. Onde assim que a pessoa do outro lado atendeu, ele já foi falando:
—Como estão as coisas aí com essa maldita? 

Depois de saber pelo amigo delegado que lhe contou tudo sobre o depoimento da enfermeira. Onde acusou a amiga, como o cérebro de toda operação do sequestro de seu filho, Anthony, se recusou a ir até a delegacia. Mas pediu ao amigo que  não facilitasse as coisas para nenhuma das duas, principalmente para sua ex. Pois queria vê-la pagar pelo que fez ou planejou fazer.   

Depois de falar tudo que desejava, ele agradeceu o amigo e desligou aguardando o telefone no bolso da calça, então seguiu em passos largos para o berçário, pois nesse momento precisava ver e tocar em seu filho. 

Ao chegar no berçário onde a doutora ainda estava, logo que o viu já imaginou porque e pra que ele estava  ali, ela então, permitiu que depois dele se higienizar entrasse para pegar seu pequeno no colo onde ele fez tudo que foi orientado a fazer, e depois que pode entrar e pagar o filho nos braços chorando falou:
— Como pode alguém pensar, em querer fazer mal a um ser tão pequeno e indefeso como você. 

Ouvindo-o a doutora que já estava com os olhos lacrimejados ao vê-lo com o filho nos braços, ao ouvir as palavras dele  concordou com a cabeça enxugando uma  lágrima que escorreu nos cantos dos olhos. Ela então pediu licença e saiu o deixando ali com o filho que já havia acordado e agora olhava para o pai com os olhinhos espertos sem ao menos imaginar tudo que as pessoas desse mundo louco são capazes de fazer para ferir uns aos outros. Depois de ficar um bom tempo com o filho, Anthony, seguiu para o quarto onde a esposa já havia acordado e estava agora conversando animada com o pai que falava sobre o neto que era lindo, grande e que tinha os olhos espertos como o dela quando nasceu. 

Marcelly ria e apoiava as mãos na barriga, a porta foi aberta onde Anthony entrou e quando a viu alegria e feliz se sentiu aliviado. Ele se aproximou perguntando:
—Então meu amor, como você está se sentindo?
—Estou bem! Estava aqui rindo desse avô babão, meu amor, quando eu vou poder ver nosso pequeno?
—Acho que daqui a pouco, eu estava lá com ele nos meus braços, fui vê-lo, e como a doutora estava lá, me permitiu entrar e pegá-lo, eu tive que aprender rápido no susto como segurá-lo! Pois é bem diferente dos bonecos nas aulas que participei com você, mas deu tudo certo, acho que me saí bem, já que ele ficou quietinho, então a enfermeira disse que ele gostou do meu colo. —Parece que ele já conhece o colo do pai! — Disse Marcelly rindo e piscando pro marido. Uma enfermeira entrou falando que ela precisava tomar banho para poder pegar seu bebê que logo viria para a primeira mamada. Fazendo-a rir feliz na expectativa de poder pegar o filho pela primeira vez.

Logo que os dois homens saíram do quarto ela seguiu as orientações da enfermeira e seguiu para o banheiro andando em passos lentos bem devagar, afinal só tinha algumas horas que havia dado a luz a um parto normal a um menino grande. 

Um tempo depois, já de banho tomado e já na cama, uma outra enfermeira entrou e vendo-a que já estava em condições, falou que iria avisar que já poderiam trazer seu bebê. Não demorou muito tempo que a enfermeira saiu a porta foi aberta e ao ver o filho nos braços de uma enfermeira, Marcelly, abriu um sorriso que até algumas lágrimas escorrem pela face onde Anthony que estava ao seu lado enxugou as lágrimas da mulher se esquecendo das suas próprias que também escorriam, pois aquele momento era mágico, e só em pensar que a desvairada da sua ex, poderia ter feito com que eles não o tivesse, ele nem poderia imaginar o que seria capaz de fazer com ela se ela tivesse conseguido concluir seu ato insano. O impedindo de ter esse momento com sua família.  

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