EM SEGURANÇA

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Os seguranças que já serviram no exército e já passaram por resgates antes, sabem muito bem o que fazer para pegar os dois homens dentro da casa de surpresa, todos vestidos com fardas camufladas se espalharam por todo o lugar, e aguardaram o sinal do soldado que foi escolhido para se aproximar da casa com cautela e averiguar a situação, quando ele voltou com notícia que todos imaginavam e esperavam, que os bandidos já estava dando sinal de cansados, os soldados, só ficaram deitados entre os matos, também atrás das árvores, esperando que a noite chegasse. Já que vieram preparados com óculos de visão noturna para usá-los na hora da invasão, não demorou muito a noite chegou e com ela veio também, um intenso nevoeiro, o que acabou ajudando bastante os soldados, pois favoreceu eles não serem visto pelos bandidos de dentro da casa, o segurança sequestrador, nem imaginava que seu esconderijo já tinha sido descoberto, por isso estava bem tranquilo esperando o amanhecer, para assim fazer o primeiro contato com o senhor Reichert para pedir que investiga-se e prova-se a inocência de seu pai que apesar de ter morrido em uma tentativa de sequestro, foi preso sendo inocente do que foi acusado. Sentado em uma velha cadeira de balanço ao lado de uma pequena lareira, ele acabou adormecendo, enquanto o outro já tinha  adormecido a tempo, em um velho sofá no mesmo cômodo, que é uma grande sala em ruína por ser muito velha e sem reparos, pois como ele tinha que fingir ser funcionário da casa, tinha que acordar muito cedo igual os demais funcionários, e fingir limpar o jardim, o que ficava muito tempo segurando uma mangueira fingindo molhar as plantas e o gramado do extenso jardim da casa que Anthony comprou logo depois de casado.
Enquanto isso em um dos quarto a babá, estava sentada na cama com Antoniel no colo, em um momento ao olhar na direção da janela, ela viu um vulto passar do lado de fora, ficando atenta, e já imaginando ser alguém que veio os resgatar, ela se levanta bem devagar e foi até a janela, abriu uma fenda na cortina, mas por causa do nevoeiro não conseguiu ver nada além de um intenso e extenso nevoeiro. Ela então voltou para a cama e sentou-se achando que talvez tinha tido só uma impressão de ter visto o vulto, mas logo ouviu batidas de leve no vidro da janela de madeira, ela então mais uma vez se aproximou e também bateu de leve avisando que estava ali, coisa que os soldados já sabiam, já que estavam usando uma câmera de calor. Então eles já tinham localizado ela e a criança que segura em seu colo, ela viu um papel entrar por uma brecha que logo pegou, no papel estava escrito:
Amarre um pano em seu nariz, e proteja a respiração do bebê, de fim a esse bilhete.
Ela, já imaginando o que iria acontecer em seguida, seguiu as instruções. E logo em seguida, sentiu um cheiro estranho, e ao olhar por debaixo da porta na direção do cômodo que os bandidos estavam, viu uma fumaça. E, minutos depois um estrondo seguido de muitos passos pesados, também ouviu tiros, não muito, só uns três, com o coração acelerado e a respiração ofegante, ela segurou ainda mais firme Antoniel em seus braços, e se posicionou em um canto escuro do quarto, e ali ficou abaixada aguardando seja lá o que fosse, pedindo a Deus que fosse os homens do bem, senão poderia ser seu fim, minutos depois que pra ela pareceu ter passado muito tempo, a porta do quarto que estava foi aberta, e três homens altos vestido com roupas camufladas, entrou achando-a abaixada no canto do quarto com Antoniel que dormia tranquilamente em seu colo, pois o sonífero que lhes deram o deixou sensível e sonolento o dia todo, já que era novinho e não reagiu bem a quantidade que recebeu. Quando ela ouviu um dos homens falar que estava tudo bem, que já poderia segui-los, ela levantou-se rapidamente pois o que mais desejava era exatamente isso, ouvir que podia sair daquele lugar e ficar em segurança novamente.
  Já do lado de fora, ela foi levada para uma van que estava estacionada próximo, e ali junto ao pequeno, receberam atendimento e soro com medicação para limpar qualquer vestígio do que usaram para doparem como ela relatou, e como o segurança chefe, havia visto pelas câmeras da casa na qual viu ela sendo carregado desacordada. Logo a van seguiu pela estrada, escoltada por vários carros pretos. Já no hospital, Marcelly, Anthony, a mãe e o sogro, esperavam por eles, pois assim que o resgate foi bem sucedido, eles foram avisados, já que não deixaram ninguém da família irem para no calor da emoção não atrapalharem.
Quando a van com Antoniel e a babá estacionou no estacionamento no subsolo do hospital para não serem visto pelos repórteres, eles foram levados cobertos por uma lona escura até o elevador privado que deu em uma ala também privada, onde assim que a porta do elevador abriu Marcelly, correu chorando pegando seu pequeno dos braços da babá e depois de beijar a Bochecha da mulher de trinta e cinco anos, agradecendo por todo cuidado que teve com seu filho, Marcelly, foi abraçada pelo esposo, o pai e a sogra, todos totalmente emocionados que a abraçou em um abraço acolhedor em família.    
Depois que o pequeno Antoniel,  passou por uma rigorosa avaliação, todos foram liberados, já a babá, acompanhada de um advogado, seguiu para delegacia para dar seu depoimento e esclarecer algumas dúvidas da polícia, que queria saber como era o comportamento dos bandidos.
Depois de meia hora, ela junto ao advogado que o senhor Reichert disponibilizou para que a acompanhasse, foram liberados e seguiram para a casa onde todos já os aguardavam, logo que chegaram o delegado também chegou pra conversar com a família, depois que a babá se recolheu para o seu dormitório, o delegado junto com todos com o senhor Reichert, Anthony e o advogado, seguiram para o escritório para os revelar o que os soldados falaram como também o depoimento da babá que disse o que todos não esperavam.     
Assim que todos entraram e Anthony fechou a porta, o delegado começou a falar o que os soldados relataram:
—Então, na declaração dos soldados, eles falaram que logo depois do contato com a babá pela janela de onde ela estava com a criança, foi jogado um gás tranquilizador para mobilizar os indivíduos, mas claro eles devem ter se protegidos, pois logo que os soldados entraram, foram recebidos com tiro no qual o bandido mais velho atirou, o que fez os soldados revidaram e o homem ser atingido e morto! Já o outro que é o segurança e pelo jeito, o autor de toda trama,  esse não foi atingido, pois estava desarmado e se rendeu, que nesse momento se encontra detido na delegacia!
Já no depoimento, a babá declarou que o segurança o tempo todo os tratou bem, o que irritava, o outro homem onde os levava a discórdia e discussões, pois ele dizia o tempo todo que queria uma grande quantia, sendo que o outro que é o segurança, falava que não, que ele não entrou nisso por dinheiro e sim para limpar o nome do pai que foi preso injustamente por algo que não fez, e que assim que a inocência dele fosse provada e o verdadeiro culpado fosse preso, ele iria entregar os dois ilesos, o que fez o outro homem, jurar, que não, que aquilo não ia acontecer, pois ele só iria entregá-los depois que recebesse uma grande quantia.  Onde ela temia que aquilo não terminasse bem, já que ambos não estavam em acordo.
Então é isso, senhor Reichert, o senhor tem um dever a cumprir, pois se o que esse homem está falando que o pai não é o verdadeiro autor do que aconteceu em uma de suas empresas, o senhor ainda corre o risco de receber outro golpe, já que se o que ele está falando for realmente verdade, o verdadeiro culpado ainda está lá.
Depois de ouvir tudo calado, o senhor Reichert, caminhou até a janela, e com as mão no bolso da calça respirou fundo e depois pegou seu celular e fez uma ligação na qual assim que foi atendida do outro lado, ele, falou:
Quero que passe o pente fino na filial número três, e ache o verdadeiro culpado do desfalque de anos atrás, não deixe nada e nem ninguém de fora.
Dito isso, ele desligou e guardou o celular no bolso, virou-se para o amigo delegado, e falou:
—  Não quero que o maltrate, pois se tudo que a moça falou, foi verdade, ele não é mal, e sim um verdadeiro filho que amava seu pai, que além de ser injustiçado não foi ouvido, naquela época, eu estava tão envolvido em meus próprios problemas, que não dei importância a esse assunto, deixei tudo nas mãos do diretor de lá, que se não está ciente do verdadeiro incidente, pode está envolvido nisso, e se isso for mesmo o caso, não só acharemos o culpado, mas também muito mais sujeira.   
Enquanto isso mantém o rapaz ileso na cela, não quero ser culpado de mais uma injustiça. 

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