NAS SURDINAS

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Depois que conseguiu se livrar dos homens que a seguiam, Iza, seguiu rindo para o hospital. Ao chegar estacionou em canto do estacionamento bem discreto, depois de desliga o carro pegou seu celular dentro de bolsa e fez uma ligação onde falou:

- Oi, já cheguei! Estou aqui te esperando! Vê se não estrague tudo, e não demore, preciso pegar o voo e sair do país ainda hoje. Eles estão me aguardando.

Depois de falar, desligou e colocou o celular no colo, olhou ao redor pela janela preocupada. Com as mãos no volante começou a bater com os dois polegares, tensa respirando como seu coração, acelerado.

Já dentro do hospital, enquanto Marcelly dorme se recuperando de um parto normal, Anthony que não aguentou velar seu sono, exausto da noite de sono perdida por conta do filho que resolveu vir ao mundo em plena madrugada, ele adormeceu no sofá no mesmo quarto. Os dois nem imaginava o que estava para acontecer com seu bebê, já que sua ex estava disposta os fazerem pagar por afrontar-la e desprezá-la como uma ninguém.

Já dentro do hospital no berçário, uma enfermeira entrou sorrateiramente e seguiu para o bercinho onde Antoniel está dormindo tranquilamente já que a mesma enfermeira minutos antes lhe deu leite batizado com calmante para ele não chorar quando chegasse a hora. Depois de olhar pros lados certificando-se que não havia ninguém por perto, pegou o pequeno Antoniel trocando-o de bercinho e colocando outro bebê no lugar para no caso de que se alguém viesse vê-lo, não encontraria o berço vazio.

Depois de certificar-se que ninguém a viu fazer o que fez, saiu do berçário levando o pequeno Antoniel em seus braços, onde seguiu direto para as escadas pois não queria se arriscar indo pelos os elevadores, estão, desceu até o térreo e seguiu para a área onde era localizado o estacionamento, onde seguiu apressada até o local onde se aproximou do carro que estava estacionado em uma canto mais escondido.

Pelo retrovisor, Iza vê quando a jovem enfermeira se aproximava olhando todo tempo para trás certificando-se de que ninguém havia ou estava seguindo-a. Logo que a moça chega mais perto, Iza, sai apressada do carro já abrindo a porta traseira do veículo onde se encontra a cadeirinha que havia mandado instalar mais cedo daquele mesmo dia, pois já sabia que o momento de Marcelly ter o bebê se aproximava já que sempre tinha a amiga que trabalhava no hospital e lhe informava de cada detalhes das consultas de dela.

Tudo estava saindo como as duas planejaram, em alguns minutos ela estaria seguindo para o aeroporto onde pretende pegar seu voo e ir se encontrar com o casal de estrangeiros que vem se comunicando a dias pela internet e que acertou em vender aquele bebê por uma grande quantia, onde dará 1⁄3 a amiga enfermeira que aceitou lhe ajudar a se vingar do seu ex, e também por ambição ainda ganhará uma pequena fortuna por isso. Mas além do dinheiro é claro vão poder ver o casalzinho arrogante sofrer por jamais poder ver seu bebê novamente em suas vidas. Mas logo que elas colocam Antoniel que dorme profundamente na cadeirinha, no que Iza, fecha a porta e a enfermeira se despede e vai se afastando retornando em direção ao hospital. três carros da polícia e do Senhor Reichert, chega em alta velocidade fazendo-as pararem espantadas onde ambas paralisadas trocam olhares aflitos, os policiais mais os seguranças do Senhor Reichert, Sai dos carros onde o chefe de polícia da ordem de prisão as duas que ficam desesperadas ao serem algemadas. O Senhor Reichert saiu do seu carro e se aproximou do carro onde seu neto estava, falando para a ex imbecil do genro, que o olhava com sangue nos olhos pois mais uma vez eles estavam de frente um pro outro. Olhando-a ele falou com sarcasmo na voz:

-Você achou mesmo que eu iria deixá-la conseguir, executando esse seu plano tão audacioso. Você achou mesmo que eu sou tão ignorante a ponto de não ver suas intenções em sequestrar meu neto. Ah sua imbecil, a todo tempo todos nós estávamos de olho em você! Só não sabíamos quem era a pessoa que iria ser tão idiota em lhe ajudar em um plano tão sórdido como esse. Mas nós soubemos esperar para pegar as duas com a mão nessa sujeira toda. Mas agora estou bem satisfeito já que vocês iram passar o resto da vida de merda de vocês na prisão! - Ele fala pegando o neto dos braços do policial que o tirou de dentro do carro. Depois que viu as duas serem colocadas separadas nas viaturas da polícia. O Senhor Reichert seguiu rodeado pelos seus seguranças que desde o início aceitaram ficar nas surdinas para não atrapalhar o serviço da polícia que foi avisados pelo Senhor Reichert logo que soube que a ex do genro havia comprado uma cadeira de bebê dias atrás.

Ao voltar com o neto nos braços para o hospital, ele foi recebido pela pediatra que já os esperavam ansiosa, pois desde que foi comunicada do que estava para acontecer, ficou de prontidão rezando que nada de ruim acontecesse com o bebê, pois nunca se sabe o que se passa pela cabeça de uma mulher rejeitada. Então ela estava tensa esperando-os para poder examinar o pequeno Antoniel que seguia o tempo todo dormindo onde a doutora logo percebeu que ele havia sido dopado pela enfermeira.

Depois de tudo sob controle, o Senhor Reichert seguiu para o quarto da filha para ver como ela estava passando, assim que entrou, presenciou o casal que dormia tranquilos sem ao menos imaginarem o que havia acabado de acontecer ou quase acontecer com o filho deles.

Ele se aproximou da cama, beijou a testa da filha, depois falou em pensamento:

-Enquanto eu viver, nunca deixarei alguém feri-la ou magoá-la, minha querida!

Depois se aproximou da janela e olhando para o céu, falou baixinho:

-Oi, minha querida, hoje nós ganhamos um neto lindo! Agora aqui com a nossa menina está e vai ficar tudo bem, como eu te prometi eu nunca mais vou me distanciar dela, aliás, agora e deles, então minha querida, quero que você fique em paz, pois no sonho de duas noites atrás, você apareceu pra mim sentindo-se agoniada, mas só depois eu percebi o que você queria me dizer. Você estava tentando me avisar do perigo que nosso netinho lindo estava correndo, mas eu já resolvi! Então agora sossegue seu espírito e vá descansar em paz. Pois enquanto eu viver, os protegerei, eu te prometo. Anthony acorda e vê o sogro de pé diante da janela, esfregando os olhos ele o cumprimenta, e depois, pergunta se está tudo bem.

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