Desejável p.1

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Não ia postar hj, mas decidi postar pq amanhã vou fazer algumas atualizações, então, vou demorar um pouco para postar essa aqui ok?

Desde a festa do Cássio, Roger e eu passamos a nos ver com menos frequência. O campeonato brasileiro, libertadores para começar e a final do paulistão contra o Palmeiras estava consumindo o Roger, e meu trabalho não ajudava muito.

__ Já comeu?__ Sua voz me deixava calma.

__ Já sim.__ Acho que comi.__ E você, como está?

__ Com muita saudade. Quero te ver.

__ Eu também quero muito te ver.__ Terminei de abrir o meu cadáver.__ Sinto sua falta.

__ Ja faz o quê? Duas semanas?

__ Sim! Falar com você é estranho.__ Ouvi sua risada.__ Preciso que você me abrace.

__ Quero te abraçar.__ Roger é com certeza a minha paz.__ Obque está fazendo?

__ Abrindo um cadáver. E olha, sou boa nisso em.

__ Que nojo.__ Gargalhei.__ Devo ter medo de você?

__ Só um pouquinho.

Meu mentor, o doutor Carlos Menezes é um ótimo legista, tem vários contatos na perícia criminal e acha que sou muito talentosa no ofício. Ele vem me ajudando bastante com o cruso de criminologia.

__ Obrigado.__ Agradeci pelo apoio.__ Vou indo doutor. Se cuide.

__ Você também.

O senhor de quase setenta anos acenou ao me ver partir. Segui de ônibus para casa e era tarde da noite quando fui dormir. Tio Charles havia enjoado no telefone o quanto era importante a comemoração dos meus vinte e cinco anos de idade. E depois de ver que ele não cederia, concordei em comemorar.

Eu sabia muito bem que nessa festinha, estaria apenas eu, ele e provavelmente o Roger. Então não me preocupei em demonstrar felicidade.

~~~

__ Affs, para que tudo isso tio?__ Havia dois dias que meu tio chegara em Itaquera.__ Convidei Romena e os netos, mas provavelmente eles não vem, e Roger e os meninos provavelmente não virá por causa do jogo as quatro.

Era por volta das duas da tarde de um domingo caloroso de abril, os balões preto e roxo combinava com as cortinas pretas e roxas e pisca-pisca. Na sala de estar não havia nenhum móvel porque meu tio escondeu tudo no meu quarto.

Perto da parede principal havia a mesa onde ficaria apenas o bolo com a imagem do meu dorama preferido. Meu tio encomendara mais depois de ver que a confeiteira cobrou um dinheirão, nós mesmos fizemos. Encomendamos apenas os salgados, o que foi um exagero.

__ Strogonoff, torta de maçã, escondidinho de carne, lasanha, além daqueles salgados para alimentar um batalhão de gente. Pra que tudo isso? Vamos esperdiçar comida agora?

__ Para de reclamar Stella, vai tomar um bom banho, e vê se veste uma roupa decente, é o seu aniversário.

__ Affs, você é um porre.__ Ele sorriu.__ Poderíamos ter ido a uma pizzaria, seria bem melhor.

Tomei meu banho e vesti o vestido que meu tio me deu de presente. Era um vestido preto, colado ao corpo. Combinou com minha bota de coturno.

Passei apenas um rímel, uma sombra basica e um brilho labial que destacava bastante a minha boca carnuda

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Passei apenas um rímel, uma sombra basica e um brilho labial que destacava bastante a minha boca carnuda.

__ Esta linda.__ Tio Charles disse passando as mãos em meus cabelos.__ Você insistiu para não fazermos essa festa, mas eu tinha que fazer.__ Não o encarei para não chorar.__ Você é tudo o que eu tenho Stéh, e olha só o tanto de coisa que você já conquistou sozinha. Eu tinha que fazer algo especial para você.

__ Obrigado por tudo.__ O abracei bem forte.__ Você é incrível, é um tio incrível, foi um pai e uma mãe quando mais precisei, você é muito importante para mim. E como viu, eu cresci, estou bem e vivendo uma vida tranquila no caminho certo, então tio, está na hora de você ser feliz também, esta na hora de encontrar um amor e viver.

__ Vou fazer isso. Mas primeiro, tenho que ver se você engatou mesmo no caminho certo.__ Ele correu ao ouvir a campainha tocar.__ Boa noite, sejam bem-vindos.

Romena, Rui e Raíssa adentraram a porta. A senhorinha que sempre interage comigo me abraçou e me deu uma sacola, assim como Raíssa. Rui me deu uma caixinha e gostei de ver uma pulseira lá, era discreta e a minha cara.

Conversamos por um tempo até a campainha tocar novamente e vários jogadores do Corinthians invadir meu apê. Menos o Roger. Só aí eu lembrei que com toda a correria eu nem assisti o jogo.

__ Cadê o Roger?__ Perguntei para Yuri que estava mais perto.

__ Esta vindo ai. Estava terminando o curativo.

__ Que curativo?

__ Vidinha...__ Quando me virei, Roger estava com um curativo na testa.

__ De novo lascando a testa, Roger?__ Caminhei até ele que me abraçou.

__ Senti saudades.__ Ele beijou minhas bochechas varias vezes.

__ Também senti sua falta.

__ Parabéns.__ Ele segurava uma sacola enorme.

__ Obrigado.

GUEDES - Amando o RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora