Inflexão (MadaSaku)

59 - Desejo e Suavidade

Hello everyone!


Iniciamos o ano de publicações para Inflexão, finalmente! Sinto pelo atraso, mas trouxe um capítulo gostosinho para compensar.

Nossa Inflexão completou dois anos no dia 27/02, então me apressei para trazer este cap. em comemoração.

obs= utilizei o recurso de digitação por voz, fiz correções, mas é aquela coisa... algo sempre passa. Então, peço de antemão desculpas e que me avisem se algo prejudicar a leitura, que eu consertarei, assim que possível.


Aproveitem!

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Como, depois de tudo o que ele fez, Sakura ainda podia confiar tanto nele? Cada ação dela o fazia perceber mais o quanto aquela mulher era perfeita para ser uma esposa Uchiha. O homem podia confiar totalmente nela, com sua vida também, disso não tinha dúvidas.

O Shubatsu no Gi - cerimônia de purificação realizada no casamento tradicional - foi feito para eles. Seguiu-se o San San Kudo e então chegou finalmente o momento em que ambos consagraram seus ramos tamagushi - o Tamagushi Houten – e, por fim receberam a benção final dos monges.

Durante todo o ritual, uma estranha sensação de ansiedade e felicidade insistia em preenchê-los.

Madara chutava para longe cada sentimento que insistia em arrebatar seu coração. Pois, com a missão de iluminar o mundo com seu Tsukuyomi, não podia permitir-se iludir por momentos pela paz e romance momentâneos. Porém, como se fosse para tentá-lo ainda mais e derrubar suas barreiras, Sakura permaneceu com aqueles belíssimos olhos verdes focados em seu rosto, tornando quase insuportável para Madara frear o ímpeto, que nascia em seu peito, de parar a cerimônia para perguntar-lhe o que a havia feito querer se casar com ele, mesmo que falsamente.

Outros sentimentos brotavam nele, ainda mais fortes a cada segundo que passava e não dar lugar a isso vinha praticamente enlouquecendo-o: Madara queria tanto avançar para ela, enlaçar sua cintura, beijá-la, tocar sua pele... fazê-la sua.

A necessidade de controlar-se foi tamanha, que ele apenas nadou no verde cristalino até que a cerimônia terminou. Entretanto, algo tirou-o de sua maliciosa espiral de loucura: agora viria aquilo que ele menos gostava, a confraternização com seu clã.

Madara já pensava seriamente em fugir dali com Sakura. Contudo, quando faria isso, se todos tinham seus olhos voltados para eles?

As cortinas da parte da frente da tenda foram abertas e uma centena ou mais de cabeças Uchiha cheias de cabelos negros esperavam para recepcionar os mais novos casais de líderes.

Embora metade do clã ainda não confiasse realmente em Madara, devido à fama de nukenin enlouquecido que o precedia, todos estavam muito curiosos para ver o homem do qual as lendas falavam, o fundador de sua aldeia e o progenitor do clã. Ele foi e permanecia o único shinobi no mesmo nível de Senju Hashirama. Madara tornou-se o epítome do poder e povoava o imaginário de seu povo; ao que ostentou gloriosamente a alcunha de Fantasma dos Uchiha. Um ser no patamar do imortal e de poder quase sobrenatural de tão imensurável e aterrador.

O clã Uchiha nunca foi tão forte quanto em sua época, sob sua liderança.

E agora este shinobi lendário não só tinha voltado como também se mostrou ainda mais poderoso do que se ouvira falar. Como se isso não bastasse, tomou a Yūrei das lendas como sua esposa.

Sakura Uzumaki, sem dúvidas, originaria a melhor linhagem de Uchiha já vista ao cruzar sua genética com Madara... Só esse pensamento, já enviava fogo pelas veias dele, fazendo-o imaginá-la cheia de seus bebês...

Mas, voltando ao que o resto do clã pensava, em vista dessa descendência dourada e a própria exalação de poder que Madara e Sakura propagavam com seus chakra monstruosos e postura altiva, Fugaku e Mikoto não pareciam realmente uma opção atraente. Eles eram tão..., ofuscados, ao lado do guerreiro de longos cabelos negros e rosto feroz, postado como um leão em toda a sua beleza e jovialidade ao lado da bela e mortal kunoichi de cabelos róseos, elegante e delicada como a árvore cujo nome ela levava, e de chakra tão irritantemente semelhante ao Senju, gritando poder aos desavisados.