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~ Mulher de cabelo azul super nojenta! ~





Depois que eles foram embora Aiko ficou abaixada debaixo da cama com medo de que Katsuki brigasse com ela.

— Aiko!? — Ele berrou pela milésima vez já nervoso por achar que Aiko tivesse fugido. — Aiko!

Aiko escutou o loiro correr pela casa em passos pesados até o quarto e a pequena se encolheu debaixo da cama do loiro, soltando um pequeno grunhido mas alto o suficiente para o loiro escutar e subir rapidamente as escadas indo direto para o quarto.

— Porra não faz isso! — Ele abaixou e puxou o grifo debaixo da cama que estava assustado ainda. — Não precisa ter medo de mim... — Ele fez carinho em suas penas para tentar acalmar a pequena.

Ela desceu do colo de Katsuki e subiu para a cama e deitando sobre seus travesseiros e escondendo seu rosto entre eles, e Katsuki se sentiu culpado e irritado ao mesmo tempo.

Ele tinha um problema.

Ele estava apegado.

Muito apegado para apenas um dia e meio.

Ele saiu batendo os pés até a cozinha para fazer algo para o almoço, que por incrível que pareça, seus amigos não ficaram para almoçar, já que comem igual a dragões.

Pegou uma panela e começou a preparar o almoço, isso era uma das coisas que "acalmavam" ele.

— Mas que porra Bakugou! — Ele encheu uma jarra de água e colocou dentro da panela na medida certa — Como você pode se apegar a ela!? Só porque deu um nome besta, não significa que tenha que se apegar e se sentir mal por ela! — Abriu o armário e pegou dois potes de temperos e colocou no balcão —Tsc! Eu não me apeguei nem a minha mãe! Por que eu me apegaria a um bico esquisito!? — Foi até a geladeira e pegou um pedaço de carne vermelha — Talvez porque...

Ele ficou em silêncio esperando que seu cérebro criasse uma resposta para si mesmo enquanto cortava a carne em filés.

— Porque ela seja a única que não se incomoda com o jeito que eu sou... — Pegou dois dentes de alho e descascou jogando dentro do socador e socando os mesmos junto com o sal — Talvez porque ela não fala mal de mim quando eu estou longe! Talvez porque ela é a única além de minha mãe que fica feliz em me ver...

Ele jogou o alho com sal socado na carne que já estava na tábua de corte e espalhou junto com os temperos que havia pegado.

— Como se eu ligasse pra essas merdas! — Ele virou a carne temperando do outro lado, e escutou um guincho bem baixo e olhou para a entrada da cozinha onde Aiko estava sentada com o rabo enrolado em suas patas em uma posição um tanto... Encolhida. — Ah, você está aí.

Ela olhou para baixo e abaixou a cabeça, igual as crianças quando levam esporro de seus pais, mas a tadinha achou que estava errada por tentar atacar o amigo de seu dono.

— Não estou bravo com você, você tentou me defender do meu amigo que não faria mal a uma borboleta mas tudo bem! — Ele disse com humor em sua voz e Aiko o olhou e levantou a orelha de forma rápida ao escutar os risos do loiro — Vem cá. — Ele pisou duas vezes contra o chão no canto do lado do balcão. — Pode ficar aqui olhando enquanto eu cozinho.

Ela andou em passos animados até os pés de Katsuki que lhe deu uma olhada antes de pegar uma frigideira, colocá-la no fogão e adicionar óleo e ligar o fogo esperando o óleo esquentar.

— Será que tem arroz aqui...? — Ele olhou em outra panela que estava no fogão e viu que realmente tinha arroz o suficiente para ele — Bom! Hoje nós vamos sair e comprar algumas coisas para você! Eu não vou ficar te sustentando com o que tem na minha geladeira!

°°°

Depois do almoço, ele escovou os dentes e colocou outra roupa pra sair e comprar as coisas de Aiko.
Ele pegou um cinto que ele tinha e enrolou no pescoço do grifo, já que ele não tinha coleira para ela, seu último animal de estimação tinha morrido a dois anos e pode parecer insensível mas ele não sentia a menor falta daquele cachorro.

O cão só lhe dava problemas, sempre pulando no quintal dos outros fazendo bagunças por lá e fora que ele atacava qualquer coisa que se movia e isso incluía o próprio Bakugou.

Aiko saiu de casa com o cinto de Bakugou em seu pescoço,preso a uma corda curta que  o loiro usava para segurar ela e impedir que ela paredes para olhar qualquer coisa besta que passasse pela rua.

Vários olharem estavam sobre eles e fora que pessoas acompanhadas cochichavam entre si sobre a criatura estranha que o loiro conduzia até o pet shop que tinha não muito longe de sua casa, e quando chegou lá, teve que deixar sua pequena do lado de fora, já que a entrada de animais, mesmo domésticos, era proíbido.

— Olha só, você fica aqui. — Ele disse para Aiko que se sentou na mesma hora — Se alguém tentar te pegar você grita, arranha ele sei lá! Mas não sai enquanto eu não voltar ok? — Ele arrumou o cinto em seu pescoço certificado que não estaria lhe sufocando.

Em resposta Aiko guinchou balançando o rabo enquanto via o loiro entrar no pet shop e sumir de sua vista.

A primeira coisa que Bakugou queria era algo que pudesse dar para Aiko comer, ele não sabia se ela comia ração ou isso não lhe fazia bem.

— Licença, posso te ajudar em algo? — Uma mulher de cabelos azuis apareceu colocando as mãos para trás e empinando os seios.

— Eu quero algo que meu bixinho possa comer sem fazer mal a ele — O loiro disse ignorando os gestos da mulher que fazia o máximo para que o loiro olhasse seu busto que estava marcado pela apertada blusa cinza que ela usava.

— Como é o seu bixinho? — Ela disse se aproximando de Bakugou que não gostou nem um pouco do comportamento dela.

— Olha só! Tem como você me dar espaço!? Caso queira saber eu não estou nem um pouco interessado nos seus peitos! Então, a menos que você vá me ajudar eu quero que você saia de perto de mim e não me atrapalhe! — Ele disse se afastando da mulher que corou e olhou para baixo de vergonha.

— Hina! Porra eu já te disse pra apagar com o fogo no cu e parar de dar encima de todo homem que entra aqui! Essa é a última vez que eu falo com você! — Uma outra mulher de cabelos curtos e negros apareceu e deu um puta esporro na azulada que saiu de cabeça baixa se desculpando.

Bakugou se segurou para não rir da mulher.

— Por favor me perdoe por ela, em que posso ajudar? — Ela ajeitou os óculos em seu rosto.

— An... Eu quero um tipo de ração para grifos. — O loiro disse já esperando a mulher dizer que não havia nenhum tipo de ração para grifos, né, eles estão no Japão!

— Claro, me siga por favor. Temos de carne e de salmão, qual vai querer?

— Salmão.  — Ele escolheu sem nem mesmo perguntar do porque aquela mulher tinha dois tipos de ração para grifos em sua loja. — Obrigado. Eu quero uma coleira para ele também.

— Sim, claro. Que cor?

— Preta. — A mulher pegou uma coleira preta com um pingente de bolinha prateado.

— Vai querer por nome? — Ela perguntou e ele assentiu falando seu nome e o de Aiko e ela levou a coleira para uma salinha separada e Katsuki esperou do lado de fora.

Em menos de dez minutos a mulher voltou com a coleira dentro de uma sacola, ela ajudou o loiro escolher a cama de Aiko, corrente e duas vasilhas, uma para água e a outra para a ração.

Ele pagou tudo e saiu da loja vendo que Aiko ainda estava na mesma posição de antes, ele se agachou e colocou a coleira nova em Aiko junto da corrente.

— Agora sim! Tá bonitona! — Ele disse e ela ronronou — Agora que eu tenho tudo o que você precisa vamos voltar pra casa.

𝔘𝔪𝔞 𝔠𝔬𝔦𝔰𝔞 𝔠𝔞𝔦𝔲 𝔫𝔬 𝔪𝔢𝔲 𝔱𝔢𝔩𝔥𝔞𝔡𝔬.Onde histórias criam vida. Descubra agora