𝑩𝑶𝑵𝑼𝑺 𝑪𝑯𝑨𝑷𝑻𝑬𝑹 | 𝑻𝑯𝑬 𝑻𝑼𝑲 𝑫𝒀𝑵𝑨𝑺𝑻𝒀

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Capítulo Bônus
━━━ "A Dinastia Tuk"

 A FELICIDADE DE TUKTIREY DUROU POUCO

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A FELICIDADE DE TUKTIREY DUROU POUCO. Agora, ela estava mais triste do que nunca. Como pode uma ótima notícia que a fez sorrir e saltitar por dias tornar-se em uma tragédia? Bom, Tuk não sabia. Ela só sabia de uma coisa; estava sendo abandonada.

Tudo começou nas horas das refeições. Tuk sempre sentava-se ao lado de Dora. Mas então, Neteyam tomou seu lugar e a garotinha fora forçada a sentar-se ao lado dos pais.

Depois, veio o tempo livre na praia. Após a batalha no navio, todos os Sully começaram a ajudar em Awa'atlu em algum trabalho. Seja na pesca, na caça, no artesanato, na cozinha comunitária ou nas plantações. De manhã cedo até o meio da tarde, todos —— exceto Tuk, que era forçada a ficar em uma escolinha para crianças durante esse tempo —— ficavam presos em suas devidas tarefas, só possuindo tempo para lazer após isso.

Antes de Pandora e seu irmão assumirem o relacionamento amoroso, Dora sempre brincava com ela e Kiri na praia, construindo castelos de areia, no mar ou explorando os recifes com os Ilus. Mas então, Neteyam e Pandora começaram a passear pelas extremidades da aldeia sozinhos, mesmo que Tuk implorasse para ir com eles, sempre negavam com carinho. Neytiri e Jake sempre aconselhavam a filha caçula a deixar o casal de jovens em paz para terem privacidade, mas certo dia, Tuk cansou.

  Ela fez um beiço de chateação ao observar Neteyam e Pandora saírem do maruí de mãos dadas com sorriso nos rostos. Neytiri apenas os aconselhou para que não voltassem muito tarde, já que era noite. Kiri estava distraída escrevendo alguma coisa em seu diário, Lo'ak estava amolando suas lâminas e seus pais estavam envoltos em uma conversa profunda e íntima.

—— Mamãe, posso brincar lá fora? —— Tuk indagou, de pé e segurando um Ikran de brinquedo.

—— Não saia de perto de casa —— Neytiri assentiu com um aviso antes de voltar para sua conversa.

Tuk saltitou para fora da moradia, sorrindo com a possibilidade de ficar com sua amiga e irmão. Ela procurou por eles até avistar suas silhuetas indo lentamente em direção a uma das praias de Awa'atlu. Tuktirey deixou seus passinhos os mais leves possíveis, para não chamar a atenção dos dois, os seguindo em silêncio com o brinquedo espremido contra seu peito.

Em algum momento de distração, Tuk acabou se perdendo entre as milhares de passarelas e começou a sentir sua garganta comprimir em um choro não derramado. Foi um erro, eu deveria ter ficado em casa com a mamãe e papai.

Agora, ela não sabia nem mesmo como voltar para seu marui, o que a causou mais desespero. Depois de mais alguns minutos caminhando sem rumo pelas passarelas, ela avistou um pedaço de areia através dos maruis pendurados, iluminado pela luz clara da lua cheia. Com uma pontada de esperança que quase a fez sorrir, a garotinha omaticaya correu em direção à praia na ponta dos pés, com seu Ikran de madeira em sua mão.

𝑶 𝑪𝑶𝑹𝑨𝑪̧𝑨̃𝑶 𝑫𝑬 𝑬𝒀𝑾𝑨 | 𝑵𝑬𝑻𝑬𝒀𝑨𝑴 𝑺𝑼𝑳𝑳𝒀Onde histórias criam vida. Descubra agora