"A felicidade aparece quando você menos espera."
Após perder tudo do dia pra noite, Natalie Johnson em uma noite de tempestade na Geórgia acaba batendo na porta de um completo desconhecido, que por obra do destino, iria mudar sua vida para sempre.
E...
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Eu estava com tanta saudades dos meus pais, dos meus irmãos também. Meggie e Parker foram embora depois do almoço, Amy foi um pouco depois.
Minha mãe e eu estávamos sentadas na sala conversando, enquanto tomávamos o chá que ela fez. Meu vício por chás, veio dela.
— Jacob é bonito. — comentou me fazendo revirar os olhos.
Ah, ótimo, de novo isso!
— Não começa, mãe.
— O que foi? — falou como se não entendesse porque eu disse isso. — Só estou comentando, uma verdade, aliás.
— Sei... eu não sou burra, não, dona Ellen, sei muito bem onde você quer chegar. — respondi estreitando os olhos e bebendo um gole de chá.
— Ótimo, então podemos ir direto para o assunto. O que tá rolando? — quase engasguei com o chá.
— Não tá rolando nada.
— Natalie, você está achando que eu nasci ontem? Tá escrito palhaça na minha cara? — ela falou e me segurei para não revirar os olhos. — Não me venha com conversa fiada, eu sou sua mãe, tenho um sexto sentido, agora, anda, me conta logo.
— Não tá acontecendo nada, mãe. — realmente não estava.
— Mas você quer que aconteça?
— Não sei, acho que sim. — dei de ombros.
Minha mãe sorriu.
Ela era brasileira, apesar de ter se mudado para os Estados Unidos com apenas três anos, ela sabia falar muito bem o português, nós também sabemos algumas coisas, não somos fluentes, mas dá para se virar.
Eu não tenho muito contato com a minha avó, já que ela voltou para o Brasil faz uns anos e eu não vou muito visitá-la. Meu avô era estadunidense, mas já morreu.
— Se você acha que sim, está esperando o que para ter certeza?
— Mãe, não é tão fácil quanto parece, seria simples se não tivesse as crianças. — falei e ela me dispensou com a mão.
— Aquelas crianças são adoráveis, e adoram você, elas não são um problema. — disse bebendo um gole do chá.
Cruzei as pernas em cima do sofá, já que estava descalça.
— O problema não é elas gostarem de mim ou não. — comecei e ela levantou uma sobrancelha.
— Então, qual é o problema?
Eu não sei se deveria ficar contando coisas que não tem nada haver comigo para os outros, mas ela é minha mãe, tenho certeza de que ela não vai contar para ninguém.
— A mãe deles foi embora, há alguns anos, abandonou todos eles e nunca mais deu sinal de vida, nem um cartão de aniversário, nada. — contei e minha mãe arregalou os olhos entreabrindo a boca.
