"A felicidade aparece quando você menos espera."
Após perder tudo do dia pra noite, Natalie Johnson em uma noite de tempestade na Geórgia acaba batendo na porta de um completo desconhecido, que por obra do destino, iria mudar sua vida para sempre.
E...
Dias escuros, Eu nãoreconheçomais você... black out days – Phantogram
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Vazia.
Me sinto vazia.
Natalie me pergunta o que está acontecendo comigo, mas eu não sei! Isso me enlouquece.
Ela também perguntou o que eu estou sentindo, deve achar que eu estou doente, eu também acho, mas eu não sinto nada, e eu nunca vi ninguém que estivesse doente e não sentisse nada.
Eu queria poder gritar isso na cara dela, que eu não sinto nada, que eu não sei o que está acontecendo, mas eu não posso, Natalie não merece que eu a sobrecarregue com esses problemas.
Meu pai também não merece.
Deveria me sentir culpada por decepcioná-lo tanto, mas eu não consigo sentir, parece que eu não sinto nada, só me sinto triste. Então eu choro, no meu quarto, no escuro, onde eles não podem me ver, para tentar liberar essa angústia que eu tô sentindo o tempo inteiro.
Eu não quero jogar isso nos dois, toda essa merda, eles estão felizes, felizes com o relacionamento dos dois, não quero estragar isso.
Eles pensam que ninguém sabe, mas eu sei, e sei que Dylan e Logan também sabem. Na verdade, todos nós sabemos, eles não sabem esconder. É bom saber que meu pai encontrou a Natalie, ele merece depois da Holly e dela.
O som do sinal me faz acordar.
Acabou a aula de francês, mas não é como se eu estivesse prestando atenção mesmo.
Pego minha mochila caminhando para fora da sala como os outros alunos. As vozes dos adolescentes ecoam ao meu redor, mas parece que estou em outro mundo, um mundo em que me sinto isolada e perdida.
Enquanto caminho pelo corredor da escola, sinto o peso das expectativas sobre meus ombros, como se todos esperassem algo de mim, mas eu mal sei o que esperar de mim mesma. O som dos meus próprios pensamentos é ensurdecedor, ecoando em minha mente como um mantra incessante de incertezas e questionamentos.
Chego ao meu armário e abro-o mecanicamente, retirando meus livros e jogando-os dentro da mochila sem realmente prestar atenção ao que estou fazendo. Minha mente está em outro lugar, presa em um turbilhão de emoções que parecem não ter fim.
Uma voz muito familiar alcança meus ouvidos, meu corpo se encolhe, mas meus olhos voam na direção do som. Vejo Briana do outro lado do corredor, conversando com Sandy, uma garota que faz literatura conosco. Meu peito se aperta, um nó se forma em minha garganta, preciso me esforçar para manter as lágrimas presas.
É a única coisa que eu faço ultimamente, chorar.
Sinto tanto sua falta, falta da nossa amizade, porra, éramos amigas há mais de uma década. Eu sei que sou a culpada, e isso só me faz sentir pior.