"A felicidade aparece quando você menos espera."
Após perder tudo do dia pra noite, Natalie Johnson em uma noite de tempestade na Geórgia acaba batendo na porta de um completo desconhecido, que por obra do destino, iria mudar sua vida para sempre.
E...
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Eu acordei atrasada!
No fundo do meu subconsciente eu já sabia que ia me atrasar, eu me conheço, não é a primeira vez, um dia eu esqueci de buscar minha irmã, que na época tinha onze anos, e ela ficou lá até a coordenação da escola ligar para os meus pais, eu tinha dezesseis e traumatizei a minha irmã, ela chorou tanto quando chegou em casa, fiquei de castigo por uma semana e tive que buscá-la todos os dias pelo resto do ano. É assim que se cria responsabilidade, senhoras e senhores.
Quando levantei já tinham se passado trinta minutos da hora certa, eu me desesperei, acordei Mia que quase me bateu por tê-la acordado do seu bendito sono. Eu nunca dirigi tão rápido, dez minutos depois eu estava estacionando na frente do colégio.
Maya já esperava na entrada com cara de poucos amigos, ela veio pisando duro até o carro e nem me encarou quando entrou.
— Você sabe que está atrasada há quarenta minutos, né? — ela falou entredentes. — Você sabe qual é a sensação de ficar esperando tudo isso? Eu achei que tinham me esquecido.
— Me perdoa, Maya, eu acabei caindo no sono e não acordei com o despertador. — pedi desesperada e com muita dó.
— Eu te perdoo se eu puder ouvir as músicas que eu quiser o caminho todo.
— Fechado.
— Não! — me virei para trás após ouvir o grito de Mia e me assustar.
— O que foi, querida?
— Ela vai colocar aquelas músicas tristes que ela gosta! Não deixa, Natalie! — se exasperou na cadeirinha.
— Mia, hoje de manhã ouvimos Taylor Swift porque você queria, agora é a vez da sua irmã. — Mia fez biquinho e Maya mostrou a língua para a irmã.
Enquanto eu colocava o carro de volta na estrada a mais velha escolhia uma música para tocar.
Olhei de relance para o painel e vi a música da Lana Del Rey Dark Paradise tocando, pelo menos a garota tem bom gosto.
A música começou a tocar e Maya começou a cantar a pleno pulmões.
Tive que parar o carro pois estava com engarrafamento na via principal, não sabia que a essa hora é tão movimentado.
— Every time I close my eyes, it's like a dark paradise. — cantou alto.
— No one compares to you. — a acompanhei, mas num volume mais baixo.
Acelerei um pouco o carro quando a fila andou, mas logo tive que parar de novo.
Abri as janelas deixando os raios de sol entrarem no carro e apoiei o cotovelo na janela.
— Olha, uma sorveteria. — olhei para Mia pelo retrovisor e a vi apontando para a loja do outro lado da rua. — Podemos comprar um, Natalie?
— Mia, o seu pai falou que você tem cuidar senão vai ter diabetes, querida. — falei com um pouco de dó por estar proibida de dar pelo menos um doce a ela. — Que tal fazermos assim, eu sei fazer uma receita muito gostosa de milkshake de morango, e eu tenho certeza que seu pai vai deixar porque é saudável, quando chegarmos em casa eu faço para você, pode ser? — sugeri e ela acenou, ficando mais animada.
