Eu sabia que estava sonhando. Principalmente quando eu sabia que aquela mão cheia de anéis não estaria realmente passeando pelo meu corpo de forma natural como naquele momento. Embora eu soubesse que se tivesse continuado naquele bar e bebendo com ele, eu provavelmente acabaria em sua cama. Ou em um sofá no escritório do Hideout.Eu estava consciente de cada gota de suor que escorria por seu peito largo, coberto por tatuagens que eu não conseguia identificar ao certo, afinal, eu não as conhecia de verdade, apenas tinha vislumbres de quando ele usava uma camisa aberta e via algo no peito largo, coberto por pequenos frios ralos. E existia uma parte de mim que achava aquilo extremamente sexy. Talvez fosse o estilo roqueiro aposentado, talvez a forma como ele usava agora a camisa social escura arregaçada no antebraço, ou a forma como ele se movia em minha direção.
Eu sentia seus lábios passearem pelo meu colo, me fazendo gemer suavemente com a ideia de ele beijar meus seios. Diabos... Que tipo de sonho era aquele onde eu fodia Eddie Munson?
— Oh, Eddie... — eu gemia toda vez que eu o sentia perto de entrar em mim, sentindo a parte interna das minhas coxas formigar pelo contato. Fazia tanto tempo em que eu não ia pra cama com alguém que eu não me lembrava mais como era a sensação de ser penetrada. Mas eu me lembrava dos seus olhos me encarando, grandes e expressivos. A forma como um sorriso brotava de canto em seus lábios. A forma como sua mão se fechava em meu seio.
E quando eu tive a menção de Eddie me penetrando, eu quase tive um orgasmo ali mesmo. Mas era um sonho... eu sabia.
E eu o senti me penetrar, cada vez mais e mais, e minhas unhas correrem por suas costas nuas agora. A penumbra do quarto e apenas pequenos fechos de luz invadindo pela janela. E a forma como ele falava coisas sujas para mim era como se eu fosse explodir. Ouvi-lo dizer o quanto eu era apertada, gostosa ou o quão molhada eu estava me desestabilizava completamente.
E então houve o som explodindo em meus ouvidos. O maldito despertador tocou. Eu sabia que tinha acabado. Eu não queria, mas tinha acabado. Era hora de voltar para a vida real.
— Chrissy, acorda! — eu o escutei dizer antes de desaparecer da minha vista, dando espaço para a claridade das janelas e o barulho horrível do despertador.
Eu escutei o miado de Vicenzo ao pé da cama, se esfregando em meu braço para fora dos lençóis, para que eu acordasse. Merda, mais um dia chegando.
Eu tentei ignorar tudo, enfiando minha cara contra o travesseiro, sentindo ainda meu corpo aceso pelo que havia acontecido em meu sonho.
Que merda eu estava pensando em sonhar com Eddie? Que tipo de manifestação era aquela? Mas tinha sido uma manifestação muito boa, não podia mentir.
Eu senti minha mão que antes estava sob o travesseiro deslizar pelo meu corpo, descendo até o ponto molhado. Em busca de qualquer alívio.
[...]
A minha turma estava extremamente animada hoje. As crianças pareciam muito felizes em pintar quadros naquela aula. E eu estava feliz por poder proporcionar aquilo.
Cada um desenharia de forma livre. E aquela era uma das formas que eu gostava de ver como eles viam o mundo, como estavam seus medos e sonhos. Afinal, existiam coisas a serem enxergadas através de desenhos que a coordenação nunca saberia apenas por uma conversa rápida com as crianças.
Eu me peguei sorrindo enquanto observava, do fundo da sala os pequenos pintarem. Lídia desenhava um grande unicórnio, enquanto Jenna desenhava uma floresta encantada. Já Jimmy desenhava um show de rock. E eu só pude observar de forma cuidadosa tudo.
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Um Amor Para Chrissy
ChickLitAnos após a conclusão do ensino médio, Chrissy Cunningham retorna à Hawkins como professora do ensino fundamental. Ela sabia que não seria fácil retornar após tantos anos, quando deixou toda sua vida e perspectivas de um futuro perfeito para trás. ...