Sem Arrependimentos.

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Eddie Munson.

De todas as vezes em que eu desejei correr para casa após dormir com alguém, eu devia ter aprendido mais sobre, pois aquele ensinamento foi todo por água abaixo. Eu devia ter aprendido que não se dorme na casa de alguém a não ser que tenha outras intenções.

No entanto, lá estava eu. Eu tinha perdido toda a porra do horário para voltar para casa. E eu sabia que Jimmy me mataria quando eu chegasse.

Eu senti o susto vir, junto com a frecha da luz do sol pela janela do quarto e eu, por um breve instante, tentei me lembrar de onde eu estava. Mas a figura deitada ao meu lado, com cabelos desgrenhados, dormindo, me fazia lembrar. Eu suspirei, cobrindo meu rosto com o braço.

Merda, Eddie..., eu pensei, chateado por ter feito exatamente o que eu não devia. Como eu lidaria com aquilo em seguida? Suspirei novamente.

E, diabos, ela dormia tão bonito que eu não tinha coragem de acordá-la. Na realidade, eu sentia que poderia passar todo o dia na sua cama, assistindo seu peito subir e descer, assistindo ela acomodada de bruços na cama, com os cabelos cobrindo o travesseiro e nua.

Chrissy Cunningham era linda. Malditamente linda!

Eu senti meus dedos involuntários percorrerem por suas costas, até a sua lombar, sentindo seu corpo se arrepiar sob meus dedos. E aquela visão me agradava como o inferno. Mas eu precisava ir embora.

Eu me levantei, catando minhas roupas sobre a poltrona no canto do quarto, exatamente onde o gato preto e branco estava deitado. Eu sabia que teria que explicar à Jimmy como minhas roupas estavam cobertas de pelo e a hora que eu estava chegando em casa, sem nenhum telefonema. A senhora Flowers me mataria pela demora!

Eu passei a mão no rosto, pensando em como eu lidaria com aquilo, enquanto caminhava até o banheiro do quarto, tomando uma breve ducha, enxaguando minha boca com antisséptico bucal sobre a pia e me vestindo o mais silencioso que consegui.

Quando eu estava pronto, Chrissy ainda dormia, cansada pela noite de ontem. E eu não podia julgá-la... Ela ainda tinha a maldita elasticidade de uma ginasta e um tesão que dizia claramente que fazia algum tempo que não se sentia tão confortável para transar com alguém como transamos ontem. E isso me fez sorrir.

Eu me aproximei de seu corpo nu, tentado a voltar para a cama e fazê-la gozar mais uma vez. Mas eu tinha minhas responsabilidades.

— Chrissy? Acorde... — sussurrei, uma mão espalmada sobre seu traseiro. Ela murmurou alguma coisa, sorrindo em seguida. E eu me senti balançado em ficar com ela novamente.

Mas não demorou para que ela acordasse, parecendo levemente atordoada por eu estar ali.

— Hey... Bom dia... — sussurrei, me abaixando para tocar seu cabelo, tirando-o do belo rosto sonolento. Chrissy piscou algumas vezes, tentando se recordar. E quando lembrou pareceu ruborizar um pouco.

— Bom dia... Eddie... — ela balbuciou, se espreguiçando na cama, me dando uma visão maravilhosa do seu corpo. Mas eu precisava focar, eu precisava ir embora dali. — Que horas são?

Eu olhei para o relógio de cabeceira da mulher, passava das nove. Eu estava fodido...

— Nove — eu disse, terminando de abotoar minha camisa. Eu me voltei para ela. — Eu poderia usar seu telefone?

Ela piscou algumas vezes, parecendo confusa.

— Claro! Fica na sala... — ela disse, apontando com o polegar para o outro cômodo. Eu sorri, caminhando até lá enquanto Chrissy se levantava e ia até o banheiro. Eu dei espaço para ela.

Um Amor Para ChrissyOnde histórias criam vida. Descubra agora