O Bom Partido.

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Olá, meus nenéns mais lindos!! Como vocês estão? Espero que esteja tudo bem com vocês, e se não estiver, vai ficar!! <3 

Segue capítulo para vocês!! Eu espero que consiga publicar neste final de semana o próximo, embora ache um pouco difícil. Mas de antemão, ótimo capítulo para vocês! Uma ótima Páscoa para vocês e seus familiares. 

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Chrissy Cunningham.

Eu odiava reuniões de mestres. Sim, eu odiava quando a coordenação nos obrigava a reunir todo nosso plano de aula e apresentar ele no final do mês, para que pudéssemos ter tudo alinhado para o mês subsequente. Principalmente, como um dos membros da coordenação era Brad.

Não me leve a mal, mas eu costumava evita-lo ao máximo desde o episódio no restaurante. O ato de "não queremos ser seus amigos" havia feito com que eu os bloqueasse ao máximo. E embora eu ainda fosse nova na cidade, eu estive nela há muitos anos, eu conhecia cada pequena pedra em Hawkins antes de partir. E, me perdoe, mas nada havia mudado. Um punhado de novos restaurantes nas esquinas e reconstrução do centro da cidade não fazia dela um lugar novo e melhorado. Só fazia de Hawkins uma cidade com um pouco mais de tecnologia. Mas até Hawkins precisava evoluir. O que eu não podia dizer muito sobre os moradores... Eles não haviam evoluído muito nos últimos anos. E isso me deixava triste.

O fato de eu ter conhecido tantos outros lugares ao redor do mundo nesses últimos anos me trazia um pouco de decepção por não ter visto Hawkins evoluir assim. Mas aquela não era a minha função no mundo, não era evoluir Hawkins. Apenas evoluir a mente dos pequenos que estavam crescendo, para que pudessem ser diferentes de seus pais, os caipiras como Jason costumava chama-los.

— Na sexta-feira teremos reunião de pais e mestres, certo? — a voz de Iolanda soou e eu me perguntei como uma pessoa como ela não estava na coordenação daquele lugar. Iolanda amava aquilo desde a época em que eu estudava ali, ela conhecia os pais dos alunos, conhecia três gerações que havia passado pela escola e em nenhum momento haviam dado a ela a oportunidade de estar à frente.

Brad acenou em concordância para Iolanda, que batucava suas unhas na mesa, impaciente.

— Então porque estamos tendo essa reunião agora? Eu entendo que seja necessário apresentarmos os planos de aula, mas o desejo dos pais também deve vigorar... Veja bem... Estaremos falando com os responsáveis de nossas crianças, discutiremos sobre as atividades... Às vezes, manter o plano de aula alinhado com a coordenação apenas faz com que tragamos o mesmo do mesmo! — ela discursou, recebendo alguns acenos de cabeça, inclusive o meu.

Ela estava absolutamente certa. Eu sabia que existiam pais que descordariam do plano de aula que traríamos nos próximos dias. Então, porque não ajustarmos após?

Os olhos de Brad me seguiram, pausando em mim por um instante. E eu soube que houve desconforto ali. Eu sabia que se tivesse uma eleição para mudança de chapa da diretoria e coordenação, ele não teria muitos votos junto com sua chapa. E sabíamos bem que Iolanda era quem deveria estar em seu lugar. Brad suspirou.

— Eu entendo, Iolanda... Mas eu preciso do plano de vocês, para aprovarmos e começarmos a aplicar, quem sabe fazer alguns ajustes. Nós — ele apontou para si e para trás, indicando sobre a coordenação. — Que precisamos apresentar ao diretor, precisamos apresentar ao conselho da cidade. E prazos são impostos...

Eu senti meus ouvidos deixarem toda a conversa continuar, ignorando boa parte do que havia sido conversado ali. Eu entendia a necessidade de aprovação do conselho, mas eu não entendia qual a necessidade de Brad em precisar tanto da aprovação dos outros. E isso me incomodou. Eu sabia que poderia utilizar de diversos argumentos psicológicos para explicar aquilo, mas no fim, aquilo não era problema meu. Eu já tinha entendido isso.

Um Amor Para ChrissyOnde histórias criam vida. Descubra agora