O (Des)encontro Com O Cara Perfeito.

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Eu não sabia se a intenção de Eddie era fazer com que eu desistisse de qualquer possibilidade de me agarrar à Simon como um bom encontro. Fosse qual fosse sua intenção, eu apenas queria acabar na sua cama no final da noite, chamando seu nome e desejando nunca ter saído de lá.

Mas eu tinha saído, com a promessa de que se nada desse certo, nos veríamos no Hideout, caso eu precisasse de ajuda.

Eddie se despediu de mim com um beijo caloroso antes de começar seu turno no bar, me levando até meu carro.

— Me prometa que qualquer coisa, irá me ligar — ele disse, se inclinando sobre mim e depositando um beijo em minha testa. Eu sorri, sabendo que de maneira alguma eu ligaria para ele após o encontro para contar sobre Simon. Eddie agora vestia uma camiseta branca, com jeans escuro e suas habituais botas pretas. Ele vestiu o boné escuro do Hideout, se apoiando sobre o Yellow Brick, para me assistir dar a partida e dar o fora dali. Nos braços ainda era visível as marcas de unha deixadas por mim, ou na nuca do mesmo. Os lábios inchados, indicando os muito beijos dados. E eu sabia que eu não estava tão diferente.

Quando cheguei em casa, fui recriminada por Vincenzzo, certo sobre como eu o havia abandonado e o deixado sem comida fresca. E, após limpar sua caixa e trocar toda sua comida e água, eu apenas abri as janelas, não passava das três da tarde, o sol ainda invadia o local.

E eu me sentia completamente contente.

O estranhamento de ter tido um dia e uma noite igualmente perfeitas fazia com que as borboletas em meu estômago não me abandonassem. E aquilo me assustou... Eu não queria me apaixonar por Eddie Munson, não sabendo que suas intenções não eram iguais às minhas.

Então, eu lutei contra todo sentimento que carregava no peito, enquanto checava minha caixa de mensagens da secretária eletrônica do telefone. Simon havia conseguido meu número com minha mãe, exatamente como havia dito que o faria. Marcando para às vinte horas um jantar no restaurante chinês que eu havia comido semanas atrás, no mesmo caso de Brad e Conrad.

E quando o horário chegou, eu apenas escutei a mensagem da caixa de voz, vindo do Hideout.

— Espero que o encontro seja ótimo está noite... Amanhã teremos show no Hideout, Jeff e Gareth estarão aqui, para um reencontro do Caixão Corroído, espero que você possa aparecer. — uma pausa se seguiu, um suspiro de Eddie do outro lado da linha, abandonando o tom divertido de sua voz. — Eu quero te ver de novo, Chrissy...

E então ele desligou. Eu senti meu peito se apertar com aquilo, assim como um sorriso surgir em meus lábios por sua mensagem. Eddie parecia brincar com fogo, tanto quanto eu. Mas não era ruim... De repente, eu apenas queria não dar uma chance à Simon e apenas me jogar de cabeça para com Eddie. Mesmo tendo todos os sinais de que eu seria a pessoa a me magoar primeiro.

[...]

Quando alcancei o restaurante, tudo o que pensei fora: vou dar o fora o quanto antes, mas dado à forma como encontrei Simon, eu senti tudo desarmar. Simon carregava um buquê de cravos brancos e amarelos. Seus olhos pareciam distantes, até me encontrar na multidão.

Ele estava sentado em uma das mesas e sorriu feliz em me ver e, de certa forma, aliviado. Era mais uma pessoa que esperava que eu furasse aquele encontro. Mas viver o agora não me permitia isso.

Eu me aproximei, fazendo-o se levantar e me abraçar de forma gentil.

— Estou tão aliviado que você não deu o fora na primeira oportunidade — ele disse, seu tom divertido.

— Admito que pensei algumas vezes em fingir que tinha esquecido, mas você foi incisivo em sua mensagem de voz — eu brinquei, assistindo-o gargalhar baixo. Nós nos sentamos, eu estava morrendo de fome, eu observei o cardápio. — Já escolheu algo para comer?

Um Amor Para ChrissyOnde histórias criam vida. Descubra agora