<nota da autora>Olá, nenens! Como vocês estão essa noite? Depois de quase chorar no trabalho, venho trazer, como prometido o capítulo de domingo. Espero que gostem, pq... não vou mentir. Eu adorei!
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Era domingo de manhã e eu havia aceitado ir para a igreja com meus pais. Eu odiava aquilo, mas eu não sabia como dizer a minha mãe que eu não tinha a menor intenção de escutar sermão do padre e saber que eu era uma pecadora. Mas Laura Cunningham era bem convincente quando queria ser.
Então lá estava eu, em um vestido branco e de flores, com meus cabelos presos em um coque baixo e pouca maquiagem. De repente, parecia que eu era adolescente novamente. Moldada na inocência, como se fosse o ser mais puro. Mas qualquer um que me conhecesse durante minha adolescência sabia que a última coisa que eu podia ser era pura.
O sermão dizia para abraçarmos nossas verdadeiras faces e naturezas. E eu odiava como aquele discurso dava espaço para pessoas como Andy tratarem pessoas como Conrad e Brad de forma horrível como eu havia presenciado na sexta de noite. E agora tudo o que eu queria era sair dali e beber, acompanhado de um cigarro.
Quando a missa terminou, eu apenas pude agradecer, assistindo o padre na porta da igreja, se despedindo de seus fiéis. E lá estavam meus pais, satisfeitos e contentes em fazerem parte daquela comunidade mesquinha de falsos devotos. Eu sabia bem que meu pai compactuava com parte das merdas ditas ali, assim como minha mãe era uma mulher frígida e fútil. Exatamente como eu teria me tornado se tivesse permanecido com Jason.
E, por falar em Jason... O mesmo estava ali, do lado de fora da igreja, acompanhado de uma linda mulher loira, com um vestido azul claro e um lindo e recatado decote que dava a impressão de que seu bronzeado era perfeito. Eles dois eram perfeitos juntos, notei. E eu me senti feliz por isso.
— Chrissy, querida! — o padre chamou minha atenção quando alcançamos ele. Eu sorri, mais educada que consegui. — Sua mãe me contou que retornou à cidade, fiquei tão feliz! Pessoas como você fazem falta em nossa comunidade...
— Obrigada, padre. — Agradeci, a mais polida que consegui. O que satisfez minha mãe. — É bom estar de volta à Hawkins. Vejo que muita coisa mudou por aqui.
— Assim como outras não — o padre riu, parecendo ser um segredo. Eu sorri.
Padre Gustav tinha uma fama de saber tudo sobre todos naquele lugar. Odiar os jovens, que costumavam beber atrás de sua capela nos finais de semana antes de se instalarem em um antigo restaurante que foi fechado após o shopping abrir. E ele sabia que eu costumava fazer parte daquele grupo, mas como uma boa pessoa religiosa, ele nunca fez questão em contar aquilo para os meus pais. E eu era grata por isso.
— Soube que está trabalhando na escola, ensinando o fundamental. Achei muito bom de sua parte. Sempre adorou crianças... Tanto que até pensei há algum tempo que se tornaria mãe de muitos — outra risada. Eu sorri.
— Sim. Os filhos dos outros são mais interessantes do que os nossos, posso garantir, padre. — eu disse, recebendo uma leve cotovelada de minha mãe ao meu lado. O padre, por vez, sorriu educado, mostrando que nossa conversa tinha terminado. E eu fui grata por isso. Nós seguimos escada abaixo, em direção ao estacionamento.
— O que foi isso? — mamãe perguntou, irritada.
— O quê?
— Você com o padre Gustav — este foi meu pai, soando curioso. Eu sorri para eles, como quem não tinha nada demais a acrescentar. E eu não tinha, não com eles. — Querida... Se comporte.
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Um Amor Para Chrissy
Chick-LitAnos após a conclusão do ensino médio, Chrissy Cunningham retorna à Hawkins como professora do ensino fundamental. Ela sabia que não seria fácil retornar após tantos anos, quando deixou toda sua vida e perspectivas de um futuro perfeito para trás. ...