"Eu gostaria de não ter lido, não ter visto e não ter escutado certas coisas."
Rafael.
Abro os olhos, minha cabeça latejava de dor, meu corpo estava pesado, olho em volta, uma galpão enorme, vazio, olho para mim, estava sentado em uma cadeira, completamente amarrado.
– Que bom que acordou, estava ansiosa.– Aquela voz, aquela maldita voz.
Ergo os olhos para ela sem dizer uma só palavra qie seja.
– Não sentiu saudade? Estava me perguntando qual seria seu primeiro pensando ao abrir os olhos? Fugir ou.. – Ela sorri. – Júlia? –Indaga.
– O que você fez? Porque tenho que me preocupar com o passado? – Pergunto.
– Você não sabe ou não se lembra? Me sinto ofendida, mas eu vou dizer mesmo assim, eu sempre gostei de dramas, seja em filme ou na vida real, então pensei e planejei comigo mesma, um drama que fosse caótico mas ao mesmo tempo diferente, então cheguei a conclusão, porque não repetir o passado? Tem alguma coisa mais dramática que isso? – Indaga.
– Vai direto ao ponto, O QUE PORRA VOCÊ FEZ? – Mei coração quase pulava pela boca.
– Tudo se encaixoi Rafael, fiz ela pensar que você estava morto como no passado, coloquei na cabeça dela porque ela não fazia o mesmo, mandei uma foto sua desacordado e com sangue na cabeça, sabe qual foi a resposta dela? Isso aqui.
Ela vira a tela do celular contra o meu rosto.
"Que nos encontremos na próxima vida então, ao menos, deixe que sejamos enterrados juntos, pelo bebê."
– A parte da gravidez foi uma surpresa do destino, tudo como deveria ser! – Marina dá uma gargalhada.– Aquela idiota vai matar ela e a criança achando que o homem que ela ama, a abandonou pela seginda vez, quer mais drama que isso? – Pergunta, debochando.
– SUA VÍBORA! DESGRAÇADA! VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO! EU VOU TE CAÇAR ATÉ OS CONFINS DO INFERNO, NÃO VAI TER LUGAR NO MUNDO PRA VOCÊ SE ESCONDER! – Grito e recebo um tapa no rosto.
– Ao menos passará o resto da vida pensando em mim, mesmo que com ódio.– Diz.– Agora me dê um minuto, vamos ver se já noticiaram a morte da garota grávida.– Afirma, caminhando para fora do balcão, fico sozinho, aqueles homens que a ajudaram estariam por perto?
Deus, salve Júlia e o nosso filho.
Rezo, como nunca havia rezado antes.Júlia.
Estou na faculdade com a polícia, olhamos as câmeras, no começo não queriam me deixar ficar mais o diretor da escola saiu em minha defesa e conversou com eles, fora que estar grávida me ajudou muito, se eu passasse nervoso a culpa seria deles, então, apenas concordaram.
– A placa do carro.– O policial afirma.– Consegue dar zoom? – Pergunta ao segurança que faz que sim, não anoto a placa em um papel mas a guardo na memória.
Quando saimos dali, eles me pedem para ir pra casa que logo me avisariam de qualquer coisa, mas quem garante que a placa era verdadeira? Não dava pra yer certeza.
Ligo para dois jornaia famosos que tinham na cidade, explico a situação e ofereço uma bolada para que mentissem e me ajudassem, tanto que usaram até a foto do jornal antigo de Laura como base, para ficar bem real.
Em seguida ligo para os meus pais.
– Pai, mãe, não se assustem com os iornais de hoje de tarde, ok? Eu estou bem, preferi avisar para não pensarem o pior.– Digo e em seguida explico tudo.
Se o Rafael pudesse saber que era mentira...
Será que Marina passaria aquela informação a ele? Mostraria o jornal? Porque se ela o fizesse, talvez eu poderia mandar uma mensagem em código pra ele, dizendo que eu estou bem..
Não custava tentar não é?
Volto a ligar para os jornais.
– Escrevam nas entrelinhas, "as últimas palavras dela foi que ela ficaria bem, que o passado não é mais atual, vamos ficar bem."
Eu não podia correr o risco dele achar que eu estava morta e se matar também, se oferecer ou provocar Marina para que atirasse nele.
Agora o que faltava era achar ele, mas como? Provavelmente ela sairia do esconderijo para alguma coisa, se a seguissemos..
Sorrio.
O celular dele está desligado mas o dela não está e eu conheço um hacker dos bons, Edgar, o melhor amigo do meu Rafael.
Vou até ele, explico tudo e ele começa a mexer no computador como um louco, estudava medicina mas fazia esses trabalhos para uma renda extra.
Quase 4 horas depois o jornal sai, a cidade inteira começa o assunto e Edgar me olha.
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Why don't you stay?
FanficWhy don't stay? (Porque você não fica?) Ano 1950. Luan e Laura eram prometidos um ao outro, ele, um homem comum, vendedor de pão, filho único. Laura tinha dois irmãos pequenos e junto com seus pais fazia o que dava para não morrerem de fome na po...