"Você precisa de mim também, eu sinto isso."
Rafael.
Ligo para um amigo que trabalhava de aprendiz na direção da faculdade e peço a ele que verifique a pasta de Júlia, assim me passa o número de seus pais, Vitória e Pedro, esses eram os pais de Júlia.
Faço a ligação, odeio ser a pessoa que tem que dar aquela notícias, mesmo com a mãe de Júlia chorando muito e desesperada ao telefone, eles garantem chegar logo.
Eu me sento nas cadeiras que ficavam em frente a recepção e espero por noticias.
(...)
Se passa meia hora quando um médico aparece, eu estou sozinho, os pais de Júlia ainda não chegaram, moravam em outra cidade.
– Algum acompanhante de Júlia Moraes? – Questiona, me levanto imediatamente.
– Como ela está? – Questiono.
– Inconsciente ainda, eu vim apenas informar que a levaremos para a sala de cirurgia, ela está com uma hemorragia cerebral que temos que conter o maia rápido possível, por ela estar desacordada alguém tem que autorizar a cirurgia, você tem ligação sanguínea com ela? – Indaga e eu nego.
– Sou o namorado dela.– Digo.– Os pais estão a caminho mas ainda..– Vejo um casal passar pela porta da emergência, aparentavam ter 50 anos, estava com expressões de desespero.
– Júlia Moraes.– Dona Vitória diz na recepção.
– Graças a Deus.– Suspiro.– Senhora Vitória, Senhor Pedro, aqui.– Os chamo, o médico explica a situação a eles que assinam os papéis da cirurgia de Júlia.
Volto a me sentar e esperar, rezava para o destino e Deus, para que nsó não tivéssemos que nascer de novo para ficar juntos, porque como ela havia feito na outra vida, essa mesma saída passava agora pela minha cabeça, se Júlia morrer, eu farei o mesmo, eu me mato.
Tudo se repetiria mais uma vez.
(...)Passo a noite ali, andando de um lado para o outro, Dona Vitória rezava com um crucufixo nas mãos e Seu Pedro, apenas olhava para uma parede vazia, pensativo.
– Bom dia.– O doutor afirma, entrando na sala de espera.
– A minha filha doutor! Como ela está? – Dona Vitória indaga.
– Istável e fora de risco, a cirurgia foi um sucesso, o sangramento foi contido com êxito, ela vai acordar em algumas horas, sugiro que vão para casa, tomem um banho, durmam um pouco em voltem em torno de 17:00 horas.– Diz.
– Tem certeza doutor? Ela está bem, mesmo? – Questiono.
– Pelo que vi, sim, agora vamos esperar que ela acorde.– Afirma.
Depois ele volta pelo corredor que venho e eu me viro aos seus pais..
– Vocês tem onde descansar? – Pergunto.
– Vamos ficar em um hotel aqui perto do hospital.– Dona Vitória afirma.
– Entendo.– Digo.– Então nos vemos aqui ás 17:00 horas.– Concluo, quando me viro para ir embora, estou pronto para me afastar quando sou chamado.
– Rafael, espera.– A voz masculina do pai de Júlia me chama.
– Sim, senhor ? – Indago.
– Você nos avisou do acidente e não saiu do hospital a noite toda, mas não nos disse qual sua ligação com nossa filha, acho que um amigo não ficaria desesperado como você ficou.– Afirma.
Eu estava aliviado sim, depois de falar com o médico mas o desespero que me tomou antes, eu pensei em fazer besteiras se ela me deixasse em definitivo, para a morte.
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Why don't you stay?
Fiksi PenggemarWhy don't stay? (Porque você não fica?) Ano 1950. Luan e Laura eram prometidos um ao outro, ele, um homem comum, vendedor de pão, filho único. Laura tinha dois irmãos pequenos e junto com seus pais fazia o que dava para não morrerem de fome na po...