Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Passei a madrugada inteira tentando invadir o sistema de segurança dos meus queridos inimigos que não deviam estar em Washington e nem em nenhum outro lugar do território americano, mas era óbvio que eles resolveram me testar ou pensaram que eu não ia perceber.
Peguei minhas armas, principalmente alguns explosivos, só por ventura, afinal nunca sabemos se vai dar errado ou não. Abri a porta de ligação e assim que a vi, um bálsamo desceu pelo o meu corpo e tudo se acalmou, o ambiente ficou mais fresco e meu sorriso cresceu, o coração em meu peito bateu empolgadamente e estagnei contra parede só para observá-la por mais alguns minutos.
Jessica estava tão perfeita dormindo, tão calma e serena que não havia nada nesse mundo que a perturbaria sem causar em mim uma raiva insana. Seus fios ruivos estavam espalhados pela cama e um pequeno travesseiro se encontrava abaixo do seu corpo, especificamente entre as suas pernas. Seu celular estava em uma das pequenas mesinhas que possuía no quarto e isso explicava o fato dela não ter visto a minha mensagem anteriormente. A única luz presente no ambiente eram os pequenos raios do amanhecer tornando ela em seu repouso mais bela do que já é. Silenciosamente andei até a janela e apertei no botão das persianas que se fecharam sem nenhum barulho, isso facilitaria para que ela dormisse um pouco mais.
Olhei mais uma vez para a única mulher que conseguia fazer o meu coração agitar como uma metralhadora e caminhei até a porta, passando por ela e a fechando logo em seguida com o máximo de cuidado.
Tenho absoluta certeza que o Peter vai vir aqui para ir comigo, ele vai me xingar muito quando saber para onde eu fui, então antes de sair do corredor, enviei uma mensagem para que ela não se preocupasse comigo. Depois disso, desci as escadas rapidamente, entrei no estacionamento e escolhi um dos meus vários carros. No portão, o chefe da segurança me parou e esperei um pouco para conversar com ele.
— Senhor, quer levar alguém para fazer a sua guarda? — Perguntou e o meu olhar já foi a minha resposta. Ele sabia que quase nunca saia com seguranças, era muito raro isso acontecer.
— Não é necessário, Leandro. — Externalizo e ele assente com a cabeça. — Não comente isso com ninguém, por favor. — Outra vez, ele anuiu e isso foi o suficiente para que eu seguisse a minha trajetória demarcada.
Acelerei o carro e dirigi por uma hora e meia, antes de chegar a casa que o chefe da máfia italiana estava ocupando. Ramon Tallherer só podia estar brincando com fogo. Tínhamos um acordo e ele quebrou quando pisou no solo americano e para quem queria de fato um, isso não me parecia algo que eu pudesse tolerar. Estacionei o meu carro na frente da casa e percebi que todos os soldados ficaram alertas com a minha presença, mas era óbvio que não me reconheciam, sempre gostei que o meu rosto fosse um fantasma por isso, afinal estragaria o meu disfarce se todos me conhecessem.
— Comunique ao seu chefe que o agente B19 está aqui e quer conversar com ele, quero uma audiência nesse mesmo instante. — Declarei e a todo segundo fiquei atento com os arredores, qualquer coisa podia ser fatal em um instante como esse e não vou ser otário, sei muito bem o quanto a minha cabeça vale para o conselho central da máfia. E, o meu rosto é muito bonito para eu ficar degolado.
