Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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— Você é péssimo com as adagas, James. — Comentei descendo os lances das escadas rindo da sua cara emburrada por ter perdido outra vez para mim, digamos que ele não consegue ficar concentrado comigo ao seu lado o testando.
— Não tenho culpa que você me desconcentra e eu sempre preferi espadas. — Admitiu indo em direção aos outros agentes que provavelmente já deveriam estar nos esperando na sala de visitas.
— Sério? — Indaguei curiosa com o seu gosto peculiar e ao mesmo tempo fascinada, pois nunca aprendi como usar uma. Ele parou de andar e me olhou franzindo o cenho.
— Você nunca experimentou lutar com espadas? — Sua pergunta tinha uma dose de indignação, como se ele não acreditasse no que eu estava falando.
— No século XXI, eles não ensinam mais isso na academia, meu vovó. — Ele levantou a sobrancelha, revirei os meus olhos e corrigi a minha frase. - Na minha academia, meus professores não me ensinaram. Não é do meu tempo tais ensinamentos.
— Quando voltarmos para o nosso quarto irei te mostrar quais ensinamentos você está precisando. — Molhei os meus lábios e um desejo feroz caminhou pela minha pele. Eu adoraria as palmadas que ele queria me dar. — Se quiser posso lhe ensinar a lutar com espadas. — Abri um sorriso e quase pulei de felicidade, minha alegria foi retribuída por um olhar empolgado da sua parte.
— Você me ensinaria? — Indaguei mesmo já sabendo a resposta diante da leitura do seu rosto, mesmo assim ele balançou a cabeça confirmando. —Eu vou adorar aprender, contudo acho melhor deixar para depois dessa confusão. — Por mais que eu queira aprender algo novo com ele, o melhor a se fazer agora é se concentrar na missão.
— Como você quiser. — Sussurrou de volta e parei nos lances das escadas para fazer a pergunta que tanto desejava, não podia chegar na casa dos pais adotivos dele sem saber de nada e eu preciso conhecê-lo melhor também.
— Queria saber um pouco da sua família, seria estranho chegar sem ter conhecimento de nada. — Admiti curiosa. Eu queria conhecer tudo sobre o James, cada parte dele. Ele demora um pouco a responder, mas logo brota um sorriso em seu rosto quadrado. Uma parte minha agradece imensamente aos os wills por tê-lo ajudado na época que ele mais precisou e por dar tudo que o homem que eu amo merecia.
— A Jane é super simpática, amorosa, conselheira e ela é super apaixonada por flores, principalmente tulipas amarelas, então não fique surpresa se encontrar vários arranjos de flores pela casa. O Adrian é o amigo que todos nós queremos ter e ao mesmo tempo puxa as nossas orelhas quando fazemos algo errado. — Seu sorriso estava tão bobo, dá para perceber que eles fizeram muito bem ao James. Seus olhos castanhos claros transparecem leveza, amor e uma pitada de contemplação quando ele começa a narrar uma cena da sua juventude.
— Teve uma vez. — Diz erguendo o dedo e olhando para mim. — Que sem querer eu e o Peter caímos em uma armadilha e ele entrou no lugar como se fosse o dono e dizendo " Ninguém mexe com os meus filhos", depois disso ele foi a viagem inteira reclamando e rindo, porém dava para perceber que ele estava aliviado por ter nos encontrado.
