Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Meu parceiro estava se dirigindo ao banheiro depois de ter acabado de examinar, limpar e fazer um curativo em minha perna. Chamei seu nome quase como um sussurro e mesmo assim ele me escutou perfeitamente. James se virou em minha direção e encarou-me de volta, tentei abrir a minha boca para dizer, mas as palavras ficaram presas em minha garganta e fiquei completamente no limbo perdida entre a minha mente e os meus sentimentos.
— Pode dizer, Jess. — Incentivou suavemente e em sua bela voz, senti doses de conforto.
— Eu queria saber ... se ... se mais tarde poderíamos ir até a minha casa?— Perguntei meio receosa, não poderia viajar para outra cidade e deixar a minha caixinha aqui, ela estava guardada lá, mas eu precisava dela comigo, já que não sabia o que ia acontecer quando fossemos para outro lugar.
— É, claro meu céuzinho. — Diz sem nem perguntar o que eu queria lá e não consigo esconder a surpresa pela rapidez com a qual ele me respondeu.
— Não vai perguntar o que eu vou fazer lá? — Eu sei que o James confia em mim, mas às vezes me impressiona esse jeito dele, pois ao contrário de todos, ele sempre acreditou em tudo que eu digo.
— Tenho certeza que se você quer ir lá é porque é algo muito importante. — Afirmou sucintamente. — Além disso, eu faço qualquer coisa que você pedir, achei que já tinha se dado conta disso, querida. — Um bolo desceu pela a minha garganta e um silêncio brusco se perpetuar pelo o ambiente, uma sensação reconfortante bateu em meu peito, meu fôlego foi tomado e respirei fundo tentando colocar a minha mente no eixo outra vez.
— James, agora, que somos amigos, eu acho que você deveria parar com essas frases. — Comentei e ele me encarou e lentamente sorriu.
— Que eu saiba são das melhores amizades que surgem os melhores relacionamentos. — Um sorriso se desenhou pelos os meus lábios. Ele tem um senso de humor tão grande que às vezes nem dá para saber se isso é uma brincadeira ou não.
— Você não perde uma bola fora, né? — Perguntei saindo da cama e caminhando até ele.
— Quem perde é um mal atacante, céuzinho. — Jogou de volta.
— Então, eu sou um jogo para você? — Perguntei soando ofendida e dei um passo para trás, mas não consegui ir mais longe, pois quando menos esperei ele estava parando em minha frente e com o seu corpo colado com o meu impulsionada pela a sua mão em minha cintura.
— Você jamais será um jogo para mim, Jess. — Sussurrou afetuosamente. — Você é importante e estou esperando se dar conta disso. — Engoli em seco encarando a intensidade dos seus olhos castanhos. Eu não sei o que dizer de volta para ele. Todo o quarto estava silencioso e eu tenho certeza que pela segunda vez hoje, as minhas bochechas atingiram uma tonalidade mais rosada.
— James, você precisa de um banho. — Falei me afastando e tentando desconversar qualquer coisa que tenha acontecido aqui.
— Preciso é? — Diz tentando me puxar para a sua direção.
