Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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— Não terá como negar que ficou extremamente preocupada comigo me abraçando desse jeito, meu Céuzinho. — Olhei em sua direção e seu rosto estava todo iluminado com um sorriso no rosto.
— Não fiquei, não. — Neguei mentindo me soltando dos seus braços, mesmo querendo ficar mais um pouquinho sentindo o calor do seu corpo.
É óbvio para nós dois a intensidade que nos cerca, parecia que havia algo que nos eletriza e queria que mantivéssemos contato sempre. Estou apaixonada por ele, isso é um fato vitalício depois do quão preocupada fiquei sem saber em que lugar de Washington o James havia se metido e também a única explicação para eu ficar tão extasiada quando ele começa a sorrir e nem vou falar da covinha, aquela merda de covinha me derreta e para pior ainda havia a risada rouca e perigosa.
A única coisa que me impede de dar um passo à frente e beijá-lo são as minhas preocupações sobre viver esse sentimento que bate em meu peito com força, no fundo sabia que me entregar a isso é ficar totalmente desprotegida, é dar chance para que os traumas que me cercavam antes voltar. Porém será que não valia a pena correr o risco? Era o James e ele me garantiu que não iria morrer tão cedo.
— Você fica linda mentindo. — Destacou cruzando os braços.
— Quem disse que estou mentindo? — Brinquei e ele deu um passo à frente invadindo o meu pequeno espaço pessoal. Mantive o meu pé no lugar que estava e o meu parceiro deu outro passo para frente, fitei seus olhos castanhos e engoli em seco com o intenso brilho suas órbitas. Levantei meu queixo e molhei os lábios sentindo a minha garganta seca, um arrepio intenso passou pelo braço e o meu corpo tremeu com expectativa e desejo.
— Realmente, você está omitindo a verdade, porque não quer admitir o que sente por mim. — Diz soltando uma piscadela e sendo certeiro como sempre.
— Eu não sinto nada por você, James Becker. — Digo tentando soar o mais sincera possível, mesmo que a minha mente e o meu corpo gritem em êxtase a verdade. Mentirosa, mentirosa, mentirosa, mentirosa, mentirosa, a vozinha em meu cérebro repetia continuamente.
— Então, por que estava chorando? — Questionou e agora o seu pé estava ao lado do meu.
— São os hormônios da TPM. — Menti descaradamente, não tenho efeitos e minha menstruação tinha ido embora durante a tarde, nem estava mais com absorvente.
— Eu não acho que seja isso. — Discordou e sua expressão deixa claro que ele sabe o que eu estou tentando esconder, o James sempre sabe.
— Claro que eu estou preocupada com você, somos amigos, é isso que amigos fazem, protegem um ao outro. — Só que eu quero ser muito mais que a sua amiga. Minha nossa, senhora! Tenho que sair daqui, se aquele homem continuar me olhando desse jeito acabaremos no meio daquela cama fazendo coisas que não devemos nem pensar. — Se me der licença irei para o meu quarto.
