Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Fiquei olhando para a ruivinha ao meu lado igual um bobalhão, enquanto ela comia aquela barra de chocolate e me oferecia logo depois. Ver ela feliz me deixa feliz. Quando ela começou a bocejar, aconcheguei o seu corpo para próximo do meu e assim que ela dormiu fiquei a absorvendo até os meus olhos se juntarem aos delas no mundo do sono.
(...)
Um tempo depois, acordei com o anúncio do piloto indicando que iríamos pousar na A.F. D. I. P. Sinto o peso dela no meu braço e me deparo com a cabeça da Jess em meu ombro, levo minha mão aos seus fios ruivos e fico surpreso em como eles são tão macios.
— Céuzinho. — Chamei suavemente com a voz baixa e a única coisa que ela fez foi afundar o seu rosto ainda mais em meu ombro, seu nariz em meu pescoço era bom demais de sentir. — Iremos pousar, querida. E, não acho que você goste que eu te levo no colo. — Falei calmamente.
— Aham. — Disse soltando um suspiro e eu não conseguia falar um pouco mais alto, não quando sabia que ela estava cansada e foi muito para o corpo dela aguentar durante esses dias. O avião pousou e por uma das janelas vi o batalhão de agentes reunidos para me cumprimentar. Eu sempre digo que não preciso dessa merda! Então, por que eles continuam fazendo isso?
— Jess? — Tento outra vez alisando seu belo rosto.
— Hum. — Diz se encostando mais um pouco em mim e eu fiquei com tanta pena de estragar o seu sono, porém se eu não fizer isso, quando ela acordar vai me esculachar até a nossa última geração por levá-la em meus braços. A porta se abriu e os agentes começaram a descer indicando que não havia mais tempo para ficarmos desse jeito, precisamos nos mover.
— Não vai acordá-la? — Perguntou o agente K, sendo intrometido como sempre.
— Irei, me esperem lá embaixo, por favor. — Pedi e ele saiu no mesmo segundo.
— Meu céuzinho precisamos descer do jatinho. — Ela levanta a sua cabeça e abre os olhos devagar. Que visão dos infernos! Será um imenso paraíso acordar olhando para ela todas as manhãs. Seus pequenas órbitas azuis me encaravam com confusão e suas mãos ajeitava seus fios ruivos desarrumados e sorriu lentamente para a sua cara amassada.
— Cadê todo mundo? — Perguntou se levantando olhando para o jatinho e se afastando de mim.
— Já saíram. — Avisei e ela deu uma olhada pela janela, sua boca se abriu e ela olhou para mim com as maçãs do seu rosto avermelhadas.
— Merda! — Xingou. — Todo mundo vai olhar para nós quando descermos. — Ela se levantou rapidamente e tropeçou no meio do caminho. Mexi a cabeça e caminhei com ela até o quarto para pegarmos as malas.
— Por que você não me acordou? — Perguntou me observando com atenção.
— Acredite eu tentei, mas você não queria sair dos meus bra.. — Sou interrompido por ela que parecia estar cada vez mais nervosa com a situação.
