Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Muitos anos antes.
Estou no meu quarto quando a porta do mesmo se abre e observo os meus progenitores entrarem, fazia dois meses que tivemos a conversa sobre ir trabalhar na empresa e durante esses meses para a minha sorte eles passaram viajando.
— Viemos conversar com você sobre a empresa. — Falou Elisa, fazendo uma postura falsa de mãe, não havia nenhuma verdade na mulher à minha frente.
— Vocês sabem a minha opinião sobre isso, esse não é o meu sonho! — Informo virando mais uma página do livro que estava lendo.
— Você é um idiota mesmo. — Diz a mulher se encostando na porta — Sonho não enche sua carteira de dinheiro, nem te dá uma mansão, nem paga as viagens, isso que é felicidade. — Apontou bravamente e revirei os meus olhos diante da futilidade que ela possuía.
— Sua felicidade e a minha tem conceitos diferentes. — Comunico lentamente e de forma serena, sem tirar os olhos do livro.
— Levanta a cabeça, imprestável! — Grita com a sua voz fina e eu odeio quando ela me chama assim e tenho vontade de dizer que a imprestável é ela, pois nunca se interessou a saber nada sobre o filho mais velho dela, se brincar nem a minha idade Lisa sabe. Levantei a minha cabeça bem devagar e logo a encarei.
— Você precisa de nós, não nós de você, James. — Diz ela.
— Não é o que parece. — Digo, olhando para ela.
Ela começa a rir amargamente e adentra o quarto lentamente sem deixar de me encarar com raiva.
— Você é fraco, James. Ou melhor, você tem um ponto fraco. — A encaro esperando suas próximas palavras cruéis e quando ela chega perto demais de mim meus instintos me dizem que estou em perigo. — Qual é? você acha que a gente não saberia do seu plano, docinho? — Perguntou, segurando as minhas bochechas e fincando as unhas com força contra a minha pele. Não demonstro dor e finjo que ela não está fazendo nada.
— Você acha que eu e o seu pai não saberia que o bom James, está fazendo o dever e os trabalhos dos colegas por dinheiro, logo uns dos meninos mais ricos do colégio!— Disse, apertando a unha com mais força e dessa vez adentrando a carne do meu rosto.— Você sabe a vergonha que eu senti quando a Josephina Smiler, me perguntou se eu estou falida em uma das lojas mais caras de Nova York? — Meu rosto começou a pinicar e algo viscoso desceu pela a minha pele e mesmo assim, eu não chorei. Não porque não estou com vontade, mas sim porque não daria esse gostinho a ela.
— Magda! — Gritou e logo observo a nova empregada entrar pela porta, assim que a garota de vinte anos me vê naquela situação, observo a culpa irradiar pelo o seu rosto e segundo depois lágrimas... Ela está arrependida por ter contado o meu segredo.
— Senho... — Diz hesitante.
— Pegue. — Ordena e logo ela se abaixa e pega a minha bolsa. Merda! Elisa pega a sacola das mãos de Magda e vasculha o interior da mesma, se ela não sabia os meus planos, agora com certeza sabe.
