Prólogo - Olhos vermelhos -

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O pequeno corpo se esgueirava pelas ruas correndo o máximo que podia. Seus pulmões ardiam no peito, necessitando por uma pausa, porém ele não podia parar de correr, precisava encontrar um lugar seguro para fugir deles, não podia ceder, ou acabaria morto.

Os braços machucados e cobertos cobriam o corpo com a única peça de roupa que esvoaçava pelo vento gelado da noite, as pessoas em sua grande parte ignoravam o passos descalços do garoto que não podia nem ao menos parar para pedir ajuda a multidão de andantes. As luzes da Times Square se ascenderam diante de seus olhos, a noite dominava o céu e o perigo de sua captura se tornava cada vez mais real.

As vozes dos homens a sua procura romperam o som da multidão, o fazendo estremecer.

Buscando forças de onde não acreditava que tinha ele se jogou no meio da rua, atravessando desesperadamente os carros no sinal aberto, cortando a grande avenida torcendo para que conseguisse chegar ao outro lado. O som de buzinas rompiam seus ouvidos apavorando ainda mais sua mente.

Do outro lado, ele se atreveu a olhar para trás, conseguindo ver com clareza a proximidade das figuras que o perseguiam cada vez mais próximas, apontando em sua direção, dispostos a alcançá-lo.

O tremor em suas pernas aumentou, sua mente repetindo incansavelmente que precisava ser mais rápido, porém a cada passo podia sentir seu corpo ceder, suas pernas enfraquecerem e seus olhos marejarem.

Olhando ao redor, notou estar em uma área mais suja da cidade, observando a quantidade absurda de bares, se enfiou em um dos inúmeros becos a vista, esbarrando em lixeiras e garrafas quebradas. Ignorou institivamente o sangramento em seus pés ao pisar em uma delas, sufocando o choro que queria escapar de sua garganta junto aos arquejos.

Agitado, se ajoelhou, se escondendo atrás de uma das grandes lixeiras, orando para que não o notassem ali e passassem direto, porém o rastro de seus pés os levaram justamente aonde ele estava.

Seu corpo pequeno se encolheu mais, fechando os olhos e gritando desesperadamente ao ser agarrado pelo homem de porte físico avantajado. Seus berros irritaram o sujeito que o segurou, o estapeando diretamente no rosto em busca de silenciá-lo. O rapaz tossiu, engasgado com a própria saliva, sentindo o gosto salino escorrer pelos seus lábios. O toque frio de uma lâmina em sua barriga o fazendo abrir instantaneamente os olhos.

- Não, por favor, não me mate - Implorou choroso, tentando se soltar das mãos dele.

O homem mais alto riu, o segurando com mais força, o puxando para mais perto, deixando com que a lâmina escorregasse pela pele suada e exposta, mantendo sadicamente um contato visual fixo com ele.

- Devia ter pensando nisso antes de escapar - Ele riu de escarnio, saboreando aquele momento.

- Não, não, por favor, eu prometo que não vou tentar fugir de novo... não, por favor .... n... ã...

O jovem se debateu, sentindo o arder em seu baixo frente enquanto era esfaqueado, a vida deixando seu corpo a medida em que a extensão metálica ia cada vez mais fundo em sua barriga. O corpo cedeu ao peso, caindo morto sobre os braços do homem que recuou um passo para trás, deixando com que caísse bruscamente no chão, o sangue escorrendo pela viela escura e abandonada.

- Seria mais fácil se deixassem com que fizemos isso com todos aqueles descartados, evitaria esse tipo de contratempo - Um deles resmungou, se aproximando do parceiro que limpava a lâmina suja no casaco do cadáver.

- Cala a boca, se não fosse assim não poderíamos aproveitar desses corpinhos antes de eliminá-los - Salivou ao dizer, encarando fixamente a bunda do garoto que já não respirava. - Esse em particular era especialmente saboroso. - Se atreveu a tocá-lo de forma sugestiva, o corpo ainda quente.

O parceiro se revirou em repulsa com aquele olhar, erguendo suas feições para a parte mais funda do beco, onde encarou fixamente dois pontos luminosos que o miravam através do breu.

- O que? - Exclamou. - Tem alguém aí? É melhor não dar um esperto parceiro.

Um rosnado alto rompeu os ouvidos de ambos como uma resposta do vento, os fazendo recuar, temerosos. O ponto avermelhado se tornando maior e mais vibrante a medida em que se aproximava.

- O que? Que merda é essa...

Eles mal tiveram tempo de questionar quando os pontos saltaram para alto, revelando uma figura sombria acima deles, as prezas a mostra agarram o pescoço do assassino que vociferou por poucos segundos antes de ter sua traqueia arrancada com ferocidade, o outro tentou correr, mas a fera era mais rápida, e com apenas um rápido movimento este também foi devorado por suas garras.

Eles mal tiveram tempo de questionar quando os pontos saltaram para alto, revelando uma figura sombria acima deles, as prezas a mostra agarram o pescoço do assassino que vociferou por poucos segundos antes de ter sua traqueia arrancada com ferocid...

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