Capítulo 6

1.7K 219 54
                                    

Oie! Espero que estejam gostando da história, as proximas atualizaçoes também devem ser na parte da manhã Esse inicio é bem importante para entender como eles estão afetados no pós guerraMais pra frente vai ter uns capítulos maiores mas tento manter essa média para não ficar cansativoLembrem-se de votar e comentar ;)Boa leitura! <3



Acordar cedo no sábado era sempre uma ideia terrível, porém, dessa vez, Harry nem teve muita opção. Voltou sozinho do salão principal na noite anterior, antes de Draco, e adormeceu estranhamente rápido mas não pode descansar muito.

Estava correndo. tentava encontrar uma voz que o chamava longe demais para ser reconhecida mas que parecia em desespero. Harry corria por caminhos sinuosos dentro de uma floresta escura que mais se parecia com um labirinto vivo. A voz parecia familiar, porém, ainda muito longe para que o garoto reconhecesse, mas ele queria ajudar, ele precisava ajudar. Ninguém mais podia morrer por sua culpa. O garoto sentiu o familiar arrepio antes de ver, a presença sombria de um dementador, tinha mais memórias ruins agora e não queria reviver isso, tinha que sair logo dali, porém, ele sentiu as pernas pesarem e lutou para continuar correndo mas caiu de cara no chão.

Harry caiu da cama. Acordou suado, ofegante e enrolado de forma estranha nas roupas de cama, os pesadelos haviam se tornado muito físicos, chegou a realmente se machucar certa vez prendendo com força o braço no lençol mas desde que voltou a Hogwarts isso ainda não tinha acontecido e o garoto pensava que voltar realmente tinha sido uma solução literalmente mágica para seus problemas. Ele faz um feitiço para ver as horas, ainda são três horas da madrugada, mas seu coração não dá sinais de que vai se acalmar tão cedo então o garoto senta na cama tentando controlar a própria respiração e ficou assim por mais de meia hora tentando digerir o sonho confuso e nublado na memória. Era fato que seu maior medo quando conheceu um bicho-papão era um dementador, se lembrava das aulas com Lupin, mas agora acreditava que seu maior medo era sua própria mente que o lembrava incessantemente de cada pessoa que ele não salvou, de toda a destruição na sua vida e na de seus amigos. Ele sabia que não podia se culpar pela guerra em si, bem, ele sabia porque Hermione insistia nisso, mas quando a poeira do conflito abaixou o garoto percebeu como foi usado e explorado nisso tudo. Sentia que toda sua existência foi moldada para agir naquele conflito e agora se sentia um pouco perdido por nem saber como ele realmente gostaria de ser.

Mesmo lutando contra a mente agitada o tempo parecia não passar, ele não queria ir para a comunal nesse horário para não fazer nenhum barulho que pudesse acordar Draco. Então Harry se lembra da conversa que tiveram antes do jantar, de como viu o colega tão vulnerável e se sentiu impotente. Eles não eram amigos mas jamais poderia ignorar aquilo era uma situação horrível, ele se lembrou do garoto dizer que só tinha opções ruins e se perguntou quais eram. Talvez se afastar de toda informação do mundo bruxo não tenha sido muito inteligente era hora de voltar a ler o profeta diário. Harry foi para a sua escrivaninha na sala comunal, onde acabou deixando todo seu material a fim de escrever uma carta para Hermione e combinar com Hagrid uma visita. Como prometera aos amigos, ia tentar ser mais presente. Aproveitou também para solicitar uma assinatura do profeta diário. Sua mesa estava bem caótica, demorou um pouco para achar tudo que precisava. Era estranho ele ali sem Draco muito focado em alguma tarefa ao seu lado. Ele observou como tudo na mesa do colega parecia milimetricamente alinhado e organizado. Talvez ele devesse arrumar a própria escrivaninha mas primeiro, correu no dormitório para pegar a capa da invisibilidade e o mapa do maroto para ir até o corujal enviar suas correspondências sem ter que esperar depois do café da manhã.

Quando Harry voltou para a comunal, ainda eram cerca de cinco horas, mas encontrou Draco sentado relaxado na poltrona verde e o viu se assustar ajeitando a postura pela chegada inesperada.

LAROnde histórias criam vida. Descubra agora