Sempre de cachecol para me esconder desse frio

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-César Cohen-

Esse capítulo começa numa casa na praia. A casa toda decorada em tons de verde, vermelho e branco. Totalmente decorada para assim combinar com o dia. 24 de dezembro, véspera de natal.

Todos os amigos estavam na casa que pertencia aos Fritz e até mesmo os seus pais e familiares. Lá estava a Lucille, Brúlio junto de Ivete e dos Galérios, o Tristan e a sua mãe, Cris, Daniel, Alex e os avós dos Fritz.
Todo mundo.

Era quase meia noite. Quase quase natal.
César estava no lado de fora da casa. O vento marítimo encontrava o seu rosto aquecido com o calor que esteve no dia, o arrefecendo. César estava sentado perto do mar, que ainda era iluminado, mas pela luz das estrelas e da Lua, o garoto apenas desenhava aquele tão grande e vasto mundo que nunca vira inteiramente.

César respirava aquele aroma que tanto lhe lembrava de sua mãe. E mesmo com um calor de verão, ainda usava um cachecol imaginário para se esconder de um frio que, não era externo, mas sim interior. Assim como sua mãe lhe dissera antes de falecer.
Era dezembro. O último mesmo que sua mãe teve antes de partir. Era um mês difícil para o brasileiro.

Normalmente uns 5 anos atrás estaria com seu pai e sua mãe nos estados unidos com o resto de sua família comemorando o natal. Ensinando português aos seus primos. No seu canto numa sala quente por causa do frio que fazia no lado de fora.
E agora, mesmo estando calor no lado de fora, um frio de dentro do seu coração lhe lembrava de toda a dor e sofrimento que passou. E César tinha pavor do frio.

Finalmente ouve a porta abrindo, tirando o de cabelos escuros dos seus pensamentos. Olhou para trás de si, logo vendo um japonês muito conhecido sentando ao seu lado. O moreno deitou a cabeça no ombro do outro, pousando a mão na sua coxa olhando o que o de cabelos pretos desenhava.

-Tá meio cheio lá dentro, queria apanhar um pouco de ar.- Falou César já sabendo que o namorado estava preocupado.

- Tá bom. Mas falta alguns minutos para a meia noite então a comida já está quase pronta. Vamos?- diz Joui, mas sem se mexer pela posição confortável que se encontrava.

- Só mais um pouco, por favor.- pede César com um tom inocente.

- Mais 2 minutos e depois a gente vai, tá bom?- disse Joui rindo para o namorado.

Alguns minutos se passaram e, ao entrar na casa, Arnaldo e Thiago já colocavam os últimos pratos na mesa, indicando que tudo estava pronto para comer.
Chamaram todo mundo e começaram uma refeição tranquilamente. Ou o que era tranquilamente para aquelas famílias todas juntas.

- Eu quero saber, quem cozinhou essa comida! Está maravilhosa!!- Diz a mãe de Arnaldo. A mulher devia ter perto de uns oitenta anos, mas ainda assim era linda. Era baixa, os seus cabelos brancos eram pequenos, mas ondulados e os seus olhos eram verdes, mais verdes que uma floresta. Era gordinha e os seu sorriso não era comum, o seu sorriso era para baixo. Era engraçado e lindo, se destacava junto com a grande mancha que tinha no seu pescoço.

- Fui eu, senh- quer dizer fui eu Cecília.- ainda bem que Joui se corrigiu antes de falar "senhora". Cecília é a mãe de Arnaldo, avó de Thiago, Dante e Beatrice. Afinal, se alguém chamasse a mulher de " senhora", ela dava um sermão de 10 horas sobre como ela é Cecília para todo mundo e como descia o cacete em quem lhe chamasse de senhora.

- Muito bem Joui! Isso está maravilhoso! Tá vendo Joaquim? Até um adolescente sabe cozinhar melhor que você!- Diz Cecília olhando para o ex-marido que deu um sorriso amarelo, fazendo todo mundo rir.

A noite continuou, todos comeram e falaram até ser de madrugada. Quando bateu o sono todo mundo foi dormir.

Joui e Thiago partilhavam um quarto (mesmo que Thiago fosse dormir para perto de Liz e Cesar viesse para o quarto de Joui). Assim que os dois chegaram, Thiago se atirou para a sua cama sorrindo de canto.

- Ei Joui?- Diz Thiago olhando para cima com um sorriso muito grande em seus lábios. Joui olha para o outro com uma cara sonolenta.- Sabe o que eu vi hoje? Daniel e Alex se comendo atrás da casa. Pode ir passando o dinheiro meu lindão!!

- filhos da PUTA!! Pensei que iam só fazer essas merdas no quarto, onde é SEGURO para manter um relacionamento que eles não querem que NINGUÉM DESCOBRA!!!!- reclama Joui tirando vinte reais do bolso e os entregando para Thiago.

Enquanto os dois fofocavam, ouviram uma batida na porta, deixando claro que César havia chegado para dormir. Thiago logo pega nas suas coisas se despedindo dos seus amigos e vai para o quarto de Liz.

Assim que César entra no quarto, Joui afasta os cobertores e abre os braços fazendo o outro correr até si se deitando rapidamente junto do seu peito.

- Eu estava precisando disso hoje.- Diz César com uma voz falha.

- 'Tá tudo bem meu amor, eu sei que esse mês é difícil, mas eu tô aqui por você e eu prometo a você que não vou sair do seu lado.- diz Joui fazendo carinho nos cabelos pretos de César. E após uns minutos, César adormece. Joui olha para o seu amor mais uma vez e, por fim, olha para o teto sorrindo.

Olha ao seu redor. Tudo escuro e silencioso. O que se escuta é o som dos grilhos na areia e as ondas do mar.

E naquele quentinho Joui e César dormiram abraçados, aconchegados com a presença um do outro. Dormindo pacificamente, cobertos pelo som das ondas e com apenas as luz das estrelas que entrava levemente no seu quarto pela janela.

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OIOIOIOIOIOIOIOIO MEUS QUERIDOS!! TUDO BEM COM VOCÊS???? Eu tô com uma dor nas costas desgraçada, mas de boa, deve ser as minhas costas de 218 anos presas num corpo de 14 KAKAKAKAKAKAKAK
SUMI, MAS VOLTEIIIII!!!

Aquele BEIJÃOZÃO para quem quiser!
Love you ALL,
~Daphne<3

Uma vida (Para)normalOnde histórias criam vida. Descubra agora