Capítulo 49

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Francisca estava com a boca aberta. Jericho continuava tirando as roupas, enquanto olhava para ela parecendo furioso.
- O que você está fazendo? - ela perguntou quando ele abriu as calças.
- Quero aproveitar o tempo.
- Você quer... quer fazer amor agora?
- Quero.
- Não.
- Por quê?
-Não é assim que as coisas são!
- Você aproveitou, não aproveitou?
- O quê?
- Fez amor quando quis. Eu quero agora.
Francisca estava chocada com ele.
-Não, Jericho. Eu não consigo assim.
Jericho tirou as calças e a cueca.
- Você ainda está com roupas.
- Não vou tirar as roupas!
- Vai!
Jericho ajoelhou na cama e segurou a braguilha dela.
- Pare com isso!
- Você vai gostar.
Ele puxou o tecido e o botão das calças saiu voando. Puxou as calças dela e Francisca tentou dobrar as pernas.
- Não!
Jericho tirou as calças trazendo a calcinha junto. Ignorando Francisca, que tentava segurar seus braços, ele a cobriu com seu corpo.
- Não estou brincando, Jericho!
- Nem eu, pequenina.
Ele a beijou. Francisca fechou os lábios com força, entretanto ele enfiou a língua entre eles, forçando-a a aceitá-lo. O esforço que ela fez para empurrá- lo foi em vão; Jericho a prendia na cama.
Ela queria pará-lo, mas a língua varria sua boca, chegando em cada canto,enroscando-se na língua dela.
O medo se instalou. Ele não pretendia, não podia... Não, estavaficando louca ao pensar que ele poderia forçá-la!
Ele parou de beijá-la e se ergueu.
Num movimento único, ele rasgou sua blusa e o sutiã.
- Jericho!
Ele iria estuprá-la? Seus olhos se encheram de lágrimas. Jericho a encarou e estreitou os olhos; estendeu a mão e passou sobre as lágrimas que agora escorriam. Francisca soluçou.
-V-você está me a-assustando!
Ele não respondeu ao seu comentário. Segurou seus quadris e os ergueu. Dando um rosnado, mergulhou o rosto entre suas pernas.
Francisca não esperava aquilo. Seu corpo estremeceu quando sentiu a língua grossa em sua vulva. Jericho a lambeu, percorrendo do ânus ao clitóris. Subia e descia rapidamente e com força e, mesmo com medo, ela não conseguiu evitar o arrepio de excitação.
-Pare. - pediu, segurando-o pelos cabelos.
Mas ele não parou. Continuou a saboreá-la como se fosse uma fruta muito gostosa. Lambia, chupava, dava mordidas em suas coxas e, arrancando um gritinho dela, mordeu a carne ao redor de seu clitóris.
Ela não sentiu dor, mas sim prazer. Sentia as presas pousando perigosamente em sua pele e carne túmida, entretanto a sensação a excitava mais.
-Jericho...- gemeu, enroscando os dedos em seu cabelo.
Francisca ainda chorava, espantada por sentir prazer quando ele claramente a forçava àquilo.
Jericho enfiou um dedo em sua vagina e ela arquejou com a sensação do dedo áspero contra a carne sensível.
Ela se viu movimentando os quadris, acompanhando os movimentos de penetração que ele fazia.
Jericho espalmou a mão por baixo de sua bunda e a ergueu mais ainda. Francisca arregalou os olhos quando o sentiu apoiar o dedo que estava em sua vagina em seu ânus. Ele fez pressão ao mesmo tempo que enfiou a língua bem fundo em sua vagina.
Aquilo era totalmente novo para ela. Achava que Jericho já a havia deslumbrado no sexo, mas agora ele a surpreendera demais.
Em dúvida entre se afastar ou se entregar à nova sensação, ela ficou parada, apenas sentindo.
Jericho pressionava a entrada ao mesmo tempo que a penetrava com a língua. Pressionou mais uma, duas vezes e tirou o dedo.
Ele se afastou e ficou de quatro sobre ela. Passou a mão sobre a boca úmida e tocou o seio dela. Francisca pensou que seu coração estouraria quando ele espalhou sua umidade sobre os seios dela.
- Você é minha, Francisca. Quer partir, quer me deixar, mas sabe que é minha.
Jericho a segurou, deitou-se na cama e a colocou sobre ele.
- Quero ver você...
Era a hora de Francisca se revoltar contra ele, acusá-lo de usar o sexo para dominá-la, mas tudo o que sentia era um desejo enorme.
Para seu constrangimento, só conseguiu murmurar.
- Camisinha...
-No bolso da minha calça.
Com as pernas muito trêmulas, ela desceu da cama e se agachou para procurar o preservativo. Suas mãos também tremiam e , por alguns segundos, cogitou rejeitá-lo naquele momento.
No entanto, pegou um preservativo,voltou para a cama e o encarou, com os olhos marejados.
-Quero que você coloque. - ele ordenou.
Ela rasgou a embalagem e se virou para ele. Jericho estava tão sério quanto ela o conhecera; os lábios entreabertos deixavam ver as presas e seus olhos estavam semicerrados, presos nela.
Tremendo, Francisca vestiu a camisinha nele. O pênis estava enorme, a pele morena esticada e cheia de veias.
- Suba em mim. - ele disse sem gentileza. Francisca hesitou. - Francisca... - ele sussurrou e ela subiu nele.
Francisca segurou o pênis e o encaixou na entrada da vagina . Devagar, sentou-se, sentindo as paredes vaginais se abrindo para recebê-lo. Quando pensou ter aceitado o máximo dele, Jericho deu um impulso com o quadril, entrando mais. Francisca arfou, sentindo-o preenchê-la toda.
- Cavalgue em mim, Francisca.
Ela achou que ele queria dominá-la com o sexo? Agora tinha certeza.
Apoiando as mãos no peito largo ela iniciou os movimentos. Pensou que ele ajudaria, mas Jericho apenas a olhava, os olhos parecendo duas fendas de fogo.
Ela arqueou o corpo, tomando impulso, se movimentando para frente e para trás.
- Não fique com raiva de mim... - ela pediu.
- Você quer me deixar.
- Não vou .
Ela aumentou os movimentos.
- Ficará comigo? - Jericho gemeu.
- Nós veremos... ah... sempre.
- Quero mais.
- Não posso...
Jericho segurou as nádegas dela e aumentou o ritmo dos movimentos. Dobrou os joelhos e Francisca se inclinou, os seios balançando e ele ergueu a cabeça para sugá- lós. Ela achou que se desmancharia ali. Começou a rebolar mais rápido, sentindo as mãos dele em sua bunda e a boca revezando enquanto chupava seus mamilos.
Gemia loucamente, sentindo o clímax se aproximar. Jericho arremetia dentro dela, gemendo alto, ajudando-a a se mexer.
Francisca lançou a cabeça para trás, respirando pela boca, mal aguentando a pressão entre suas pernas. Então, como se estivesse sendo rasgada por dentro, deu um último impulso e seu corpo foi sacudido pelo orgasmo. Gritou, recebendo a onda de prazer.
Jericho afundou os dedos em sua carne e ficou muito quieto, observando-a gozar.
Francisca tombou sobre ele, exausta, tremendo. Puxava o ar com força, encantada por mais uma vez ter alcançado o orgasmo com ele.
Jericho deslizou as mãos por seu corpo, acariciando suas costas e cabelos. Francisca se aconchegou, sentindo-se no paraíso.
- Você não gozou... -ela declarou , mas ele apenas acariciou sua cabeça.
Ficaram um tempo assim, em silêncio. Então, quando ela já sentia suas pálpebras pesadas, Jericho falou.
-Tenho que te levar aos portões.
-Hum... Aqui está tão bom...
Ele a tirou de cima dele com gentileza.
- Pegue uma roupa.
Francisca se ergueu de má vontade e procurou roupas na mala de viagem. Jericho se vestiu em silêncio e quando ela terminou, pegou a bolsa e a segurou pela mão.
Caminhou para fora do quarto e, admirou-.o mais uma vez. Aquele homem queria ser dela...
Ele a colocou no jipe e foram para os portões. Jericho a levou até seu carro. Francisca sentiu-se desconfortavelmente tímida diante de tantos Novas Espécies.
-Eu te vejo semana que vem. - falou, enquanto acariciava o braço dele.
-Certo.
Jericho abriu a porta do carro. Ela esperou que ele dissesse algo, mas quando não o fez, ela se ergueu na ponta dos pés e o beijou.
- Tchau.
- Tchau, Francisca.
Ela entrou no carro, incomodada. Manobrou pela cancela e se dirigiu à saída.
Somente quando ultrapassou os portões pensou que não havia sequer pegado o número do telefone celular dele.
Olhou para trás, mas ele já não estava lá. Afastou-se dos muros com a sensação de que havia esquecido algo.

JERICHO: Uma história Novas Espécies 2Onde histórias criam vida. Descubra agora