Capítulo 21

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Jericho mal conseguia se controlar. Sentia vontade de pegar Francisca no colo e disparar para seu quarto, mas Smiley lhe dissera sobre os pudores das humanas.
- Eu quero você, Francisca.
Ela o olhou,magoada.
- Você disse que detestava humanos.
-Só disse por causa de Kit. Se ela soubesse que me importo com você, não a deixaria em paz.
-Eu pensei que estivesse chateado comigo.
- Não vou negar, eu estava.
- Mas você entendeu?
-É difícil para um espécie entender os humanos.
-Eu não quis te magoar.
Jericho lembrou de Smiley acariciando sua companheira e o imitou. Esfregou o nariz em sua face e ela segurou seus ombros.
-Francisca , preciso te levar pra almoçar.
Ela fez uma cara de desânimo.
-Tudo bem.
-Você terminará o serviço hoje?
-Eu não sei. Acho que sim.
Jericho queria que ela ficasse; queria ter a oportunidade de conhecê-la melhor.
-Se voltarmos para Homeland você pode ficar uma noite?
- Não precisa de permissão?
- Posso pedir a Justice ou um dos conselheiros.
Ela deu uma risadinha.
-Qual será o motivo?
-Direi que quero ficar com uma fêmea. - ele sabia que estava sendo afobado, mas aquele acontecimento era importante demais para acabar naquele dia. - Você aceita?
Ela mordeu o lábio inferior e pareceu pensar. Jericho puxou um cacho e enrolou no dedo. Admirou os olhos escuros.
- Eu aceito.
Ele sorriu sem esconder suas presas. Ela o beijara sem se preocupar com elas, com exceção do momento que pressionara sua pele com elas.
-Agora, vamos almoçar.
Ele se ergueu e a puxou com ela. Jericho nunca tinha andado de mãos dadas com outro ser adulto, apenas com os filhos dos espécies. Aquelas crianças não o temiam.
Andar de mãos dadas com Francisca mexia com seus sentimentos docemente.
Voltaram para o refeitório e muitas cabeças se voltaram para olhá-los. Imaginou que comparassem os seus tamanhos , ele tão alto e de músculos rígidos e Francisca pequena e curvilínea.
Foram para a fila e ele percebeu que ela estava muito ruborizada.
Serviram-se e ela perguntou se ele não iria para a outra fila, a de carnes vermelhas.
- Prefiro minha carne bem passada.
-Me disseram que vocês gostavam de carne quase crua.
- Sou primata, me alimento mais como os humanos. - ele passou direto pela banana. - E não gosto de banana.
-Sério?
-Sério.
Sorriram um para o outro e Jericho escolheu uma mesa um pouco mais afastada.
Ele aproveitou a hora do almoço para perguntar sobre a vida dela no mundo de fora. Ficou curioso com a sua família e surpreso por ela ter tido apenas dois namorados.
Quando terminaram o almoço Rodney se juntou a eles, não sem antes receber um beijo cinematográfico de Patience.
Ele se inclinou para sussurrar em seu ouvido.
- Tenho um monte de coisas pra te contar.
-Tem?
-Anham.
Jericho não gostava de ver Rodney tocando Francisca, mas acreditou quando ela disse que eram só amigos.
Ele segurou a mão dela e viu quando Rodney arregalou os olhos. Sentiu-se orgulhoso de estar com Francisca.
Wind se juntou a eles e voltaram para o departamento de TI.
Jericho se sentia muito desajeitado ao lado de Francisca, mas estar com ela era muito bom.
Chegaram no prédio e ele deixou que Wind e Rodney entrassem na frente.
- Quero falar com você.- Francisca apenas parou e esperou. - Venha comigo.
Jericho sabia que estava de serviço, não era hora para distrações, porém queria tirar algo à prova.
Caminhou pelo corredor puxando-a pelas mãos. Abriu duas portas, olhou para dentro e as fechou novamente. Na terceira abriu e, após olhar também, puxou Francisca para dentro. Era uma sala de reuniões vazia. Ele trancou a porta.
-O que foi? - ela perguntou com curiosidade.
Jericho a virou de frente para si e a encostou numa mesa.
-Quero saber se você queria me beijar mesmo.
-Eu quer...
Ele não deixou que ela terminasse. Ergueu Francisca e a colocou sentada na mesa. Abriu suas pernas e encaixou os quadris entre elas. Faminto, cobriu a boca macia com a sua, enfiando a língua para abrir os lábios.
Francisca ergueu os braços e enlaçou seu pescoço. Ele estremeceu ao sentir-se abraçado.
Mergulhou a língua e provocou a dela, iniciando um duelo pelo qual ansiava desde a noite anterior.
E ela não se negou a ele.
Francisca respondia a cada movimento dele, permitindo que sua língua fosse sugada, sugando de volta. Ela ergueu os joelhos e o envolveu com as pernas, fincando os pés calçados com tênis na bunda musculosa.
Ele segurou as nádegas dela e a puxou contra si, deixando-a sentir seu pênis já inchado. Francisca gemeu em sua boca e ele teve certeza absoluta que ela o desejava.
Jericho pressionou-se contra ela, odiando que os dois estivessem vestidos.
Ela começou a acariciá-lo, passando as unhas em sua nuca e descendo. Ele gemeu em sua boca adorando sentir as unhas por sua costas; esticou-se como um gatinho, sentindo arrepios pela pele.
Ela afastou a boca e fixou seus olhos nos dele.
-Eu achava que você era muito grande e transpirava sensualidade.
-Eu pensei que você tinha medo de mim.
-Não era medo... - ele rosnou suavemente ao saber que seu corpo lhe causava tesão. - Nem posso acreditar que estou te tocando...
- Me toque, Francisca, do jeito que você quiser.
Autorizada, ela trouxe as mãos até o peito dele, esfregando-o com as palmas.
-Eu quase morri quando te vi sem roupas na sua casa.
-Eu estava de boxers.
-Para mim, estava nu. Eu nunca vi tanta pele e músculos expostos.
Jericho desejou ser um felino para ronronar, sentindo vontade de fazer aquilo e se enrolar em Francisca.
- Me toque... -pediu e ela atendeu, deslizando as mãos pelo peito e abdômen e de volta para o peito.
Jericho beijou-a, curtindo a sensação de ser desejado. Sua excitação era enorme.
Começou a pressionar o pênis sobre a vulva dela, ouvindo os gemidos que ela dava, enquanto movia os quadris sensualmente.
Dominador, ele pegou uma mão dela e apertou sobre seu eixo, que forçava seu zíper. Ele sentiu a mãozinha tremer, mas ela envolveu a grossura dele.
Jericho beijava-a loucamente. Sua língua sugava a dela, mordia seu lábio inferior, chupando-o como se fosse um doce.
Soltou um gemido gutural quando sentiu-a subir e descer com a mão no cumprimento do seu pênis.
Ansiando pela liberação, ele soltou o botão das calças e desceu o zíper. Pegou a mão dela e enfiou dentro de suas calças.
- Jericho...
-Não precisa fazer, se não quiser.
Ela o olhou com um semblante atormentado.
-Não sou boa nisso...
- Você é maravilhosa.
Francisca puxou o rosto dele para seu ombro e, tremendo muito, segurou-o em toda a sua grossura.
Jericho conteve um barulho que faria no peito e beijou o pescoço dela.
-Isso, doçura, isso...
A sensação da mão dela na sua pele ardente o fez gemer. Era bom demais...

JERICHO: Uma história Novas Espécies 2Onde histórias criam vida. Descubra agora