Jericho sentira prazer com as fêmeas de seu povo. Chegava ao orgasmo, se satisfazia. Mas nunca sentira nada como o que sentia por aquela humana. Sentia o desejo profundo de possuí-la, conquistá-la, prende-la a ele.
Adorava o cheiro de Francisca, seu gosto, sua voz, os olhos tímidos. Queria saber o que ela sentia, o que ela pensava.
Ouvira as histórias de como machos espécies se acasalavam com as fêmeas humanas num curtíssimo período de tempo. Desde que sentira o seu medo em Homeland até o momento em que fizeram amor desejara mais de Francisca.
A ideia de amá-la o surpreendia, mas não assustava. Ele queria aquele sentimento. Ah, e como era correta a expressão fazer amor! Ele fazia, de fato, amor com Francisca; seu sentimento se transformava em gestos como se sua pele pudesse mostrar a ela o que sentia em seu âmago.
Quando ela se abrira mais para ele, tentou colocar em cada impulso a força do que sentia por ela. Se enfiava dentro dela com um ímpeto que nunca sentira antes. Era mais que uma união carnal, era o seu coração ali.
- Jericho! Meu Jericho! - ela gritava enquanto a penetrava mais e mais.
Ele era dela!
Preocupado em machucá-la com sua força, tentou diminuir as estocadas, sabendo bem o que lhe custava.
- Não! Não para!
- Não quero te machucar.
- Não para, amor, não para!
Amor? Ela o chamara de amor? Jericho se ergueu, as mãos sustentando todo o seu peso. A curiosidade o fez olhar para o ponto em que seus corpos se uniam. Ele era tão grande em relação a ela, como ela podia querer mais dele?
Francisca fincou as unhas em sua bunda e ele gemeu mais forte, gostando que ela o estivesse marcando.
- Estou amando você, Francisca... - confessou, sentindo a verdade em suas palavras.
Francisca fixou o olhar no dele, a boca aberta puxando o ar com força.
- E-está me amando?
- Estou, meu bem, estou.
Ela fechou os olhos e lançou a cabeça para trás. Soltou um gritinho, rebolou os quadris e ele se sentiu entrando mais em sua carne.
- Então, me ame, Jericho, me ame! Ai... - ela choramingou de prazer.
Jericho estava perdendo o controle. Francisca gemia e ele percebeu que ela estava à beira do clímax. Sentiu seu corpo cedendo e apoiou o peso sobre os cotovelos. Abaixou a cabeça e lambeu os seios dela. Francisca começou a arquear os quadris num ritmo irregular e seus gemidos se tornaram num lamento longo. Ela abriu os olhos e gritou, o rosto mostrando um orgasmo arrebatador.
Jericho enlouqueceu.
Sem conseguir se refrear ele prendeu os dentes acima da clavícula dela e mordeu, sentindo as persas afundarem na carne macia. Francisca gritou, mas ele não conseguiu distinguir o grito de dor dos gritos de prazer. Sentiu um gosto metálico na língua e percebeu que tirou sangue dela. Seu gozo veio de uma só vez, tão forte que ele soluçou, enquanto o sangue dela se espalhava em sua língua.Francisca colocou as mãos em seu peito e o empurrou, mas ele não conseguiu parar; sentia-se num frenesi.
- Jericho! - ela gritou e finalmente ele parou.
Enquanto seu corpo estremecia no clímax, se deixou levar e perdeu a força nos braços. Sem querer esmagá-la, girou o corpo e saiu de dentro dela.
Levou um tempo longo apenas para conseguir respirar, puxando o ar em arfadas . Estendeu a mão e segurou uma coxa dela, sem querer perder o contato. Devagar, muito devagar, conseguiu respirar melhor. Abriu os olhos, percebendo sua visão um pouco turva.
VOCÊ ESTÁ LENDO
JERICHO: Uma história Novas Espécies 2
FanfictionFanfic baseada nas obras Novas Espécies de Laurann Dohner