Francisca nunca tivera um orgasmo que não tivesse sido dado por ela mesma. Sua experiência sexual se limitava a homens mais preocupados consigo mesmo. Por isso, quando Jericho a enganchara contra seu quadril pensou que aquele homem queria sentir um pouco de prazer. Não pensou no que ele faria ela sentir.
Tudo começara com o beijo. Saber que estava beijando um Nova Espécie a deixara embasbacada. Eles eram seres tão diferentes, tão cercados de suposições e lendas, que nunca se imaginara conhecendo algum daquele jeito. O beijo começara calmo e ela não vira nada tão incomum assim, porém quanto mais se beijavam mais percebia que era, sim, uma experiência diferente. Jericho fazia tanta coisa com sua língua que ela considerou um ato erótico. Sua calcinha se encharcara com aqueles beijos.
Sentira-se afogueada, incomodada, provocada pelos beijos, pelos dedos dele cravadas em seus quadris. Mas quando Jericho a erguera e a enganchara em seu sexo... Rompera qualquer expectativa que tivesse sobre o encontro com aquele Nova Espécie! Sentira-se leve em seu colo.
O movimento dos quadris dele pareciam ao de penetração e ela respondeu a cada um. A fricção entre seus corpos elevara sua temperatura aos galopes e ela se pegou gemendo muito em seus braços.
As carícias em seu pescoço causaram uma sensação de prazer tão grande que ela acreditara que seria capaz de gozar sem se preocupar que estavam quase em público.
Não era uma mulher sexualmente ousada, nunca se sentira provocada a procurar mais do que seus dois únicos parceiros ofereceram. Apenas recebia as carícias deles, a posse que nunca a satisfizera completamente. Mas com Jericho... Rebolara contra ele, cavalgara sobre o membro grande e grosso e gemera tanto que numa determinada hora achara que era outra mulher ali com ele.
Mas os gemidos saíram de sua boca, os sons misturando-se aos ruídos guturais de Jericho e ela jurara que seriam capazes de ser ouvidos da rua. E ele não largava seu traseiro pressionando-a, apertando, esfregando-a contra sua ereção como se ela pesasse como uma pluma.
O único momento que a distraíra daquela cavalgada fora quando sentira os dentes dele prenderem sua carne. O medo a percorrera, porém logo o prazer reassumira seu lugar.
Então, se vira ansiosa, quase desesperada para conseguir a liberação de toda aquela tensão acumulada entre suas pernas.
O orgasmo a pegara de surpresa. Ela queria, buscara por ele, mas não acreditara que conseguiria de verdade. Foi tão bruto, tão cru que não pudera conter o grito triunfante que enchera a noite.
Agora, respirava afobada, o prazer deslizando por seu corpo, amolecendo seus membros e, principalmente, pulsando em sua vagina.
Descansou a cabeça no peito dele, já sem se preocupar com seu peso. Aquele homem-montanha a segurava sem nenhum esforço e ela decidiu apenas usufruir daquilo. O corpo dele, muito mais quente que o seu, ajudava a deixá-la confortavelmente lânguida.
- Minha.
Ouviu a palavra, mas não entendeu seu significado. Minha? O que ele queria dizer?
Jogando sua timidez às favas, acariciou a nuca dele, sentindo a pele suada.
- Não era para ser só um beijo? - perguntou, sentindo-se tão leve...
Ela sentiu a risada gutural ressoar no peito musculoso e se aconchegou mais.
- Nunca tive essa intenção. - ele respondeu.
Francisca ergueu o rosto.
- Pretendia mais que um beijo?
- Com certeza.
Ele apertou suas nádegas e ela finalmente lembrou que estavam há poucos metros da rua.
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JERICHO: Uma história Novas Espécies 2
FanficFanfic baseada nas obras Novas Espécies de Laurann Dohner