Capítulo 22

3K 289 6
                                    

Francisca nunca fora tão ousada com um homem. Seu corpo queimava de excitação e vergonha. Estavam numa sala de reunião e alguém podia bater à porta a qualquer momento. Entretanto, a sensação de ter o membro dele na mão era inebriante; sentia-se extremamente sexy.
Apertou a carne rígida , impressionada pela grossura. Parou de beijá-lo e olhou para baixo. O pênis era muito longo e sua mão mal o circulava.
Jericho impulsionou o quadril e ela sentiu o membro avançar dentro da prisão que era sua mão.
-Alguém pode chegar. - sussurrou.
-Tranquei a porta.
-E se baterem?
Ele empurrou mais uma vez.
-Quer que eu pare?
Francisca acariciou o músculo muito duro e ele gemeu. Ela sentiu o calor da pele e moveu a mão para frente e para trás. Jericho gemeu longamente.
- Isso é tão gostoso...
Francisca abriu a boca e ele a beijou. O movimento dos quadril aumentou e ela apertou um pouco mais. Ela acariciou o peito dele e sentiu seu coração bater forte e rápido. Jericho apertou suas nádegas, cravando os dedos. Francisca pensou que ficaria com marcas ali, mas não se importava.
Jericho gemia em sua boca, enquanto se impulsionava contra sua mão. Cada gemido dele a excitava mais, fazendo-a sentir-se poderosa e sua calcinha já se encontrava encharcada.
De repente, foram surpreendidos pelo toque do telefone celular dele. Jericho separou a boca da sua e xingou um palavrão.
-Preciso atender.
Francisca sentiu como se saísse de um turbilhão quente. Estava suada e trêmula. Jericho pegou o aparelho.
-Alô... Estou no prédio... Está comigo... É claro que está bem... - ele ergueu as sobrancelhas quando ela o soltou. - Certo... Estamos indo. - ele desligou. Fechou os olhos um instante e depois a olhou. - Rodney está preocupado com você.
-Ah!
Jericho colocou o pênis para dentro da calça e a fechou; Francisca não conseguiu desviar o olhar. Ele olhou para Francisca, parecendo encantado com o rosto dela cheio de desejo. Segurou- a pela cintura e a desceu da mesa. Pegou suas mãos e as levou até a boca.
-Cada vez que te toco te quero mais.
Ela inspirou fundo.
-Me sinto diferente com você.
- Diferente bom?
Ela sorriu timidamente.
-Muito bom.
Ele desceu suas mãos, mas não a soltou.; abraçou Francisca bem agarradinho e segurou o rosto sobre seu coração. Francisca fechou os olhos ouvindo o coração forte.
-Ouve as batidas?
-Ouço.
-Nunca me senti assim antes. - ele disse, a voz muito grave.
Ficaram um instante em silêncio, apenas se balançando contra o outro. Ele deu um suspiro e a soltou.
- Vamos logo, antes que Wind venha atrás de nós.
Jericho ajeitou o pênis nas calças e ela desviou o olhar, sem acreditar que o membro estivera em sua mão. Ele destrancou a porta e saíram para o corredor, de mãos dadas.
Quando entraram na sala de TI, Francisca notou o olhar arregalado de Rodney e o rosto sorridente de Estela.
-Estamos te esperando! - Rodney reclamou. - Você está com as senhas.
Francisca sabia que ficou vermelha até a raiz dos cabelos. Olhou para os rostos surpresos de Wind e Happiness. Será que todos sabiam o que estiveram fazendo?
-Me desculpem. Vamos começar, então.
As próximas horas foram de um trabalho intenso e ela, Rodney e Estela concordaram que terminariam naquela tarde.
Francisca notara que Estela pedia licença e se ausentava da sala de hora em hora. Durante a tarde,era seu marido quem vinha buscá-la. Quando ela saiu por volta das quatro horas, Francisca deu um sorrisinho, pensando se não era uma saidinha como a que tivera com Jericho.
Jericho pairava sobre ela, caminhando pela grande sala, voltando para perto dela e fazendo com que Francisca levantasse os olhos para ver sua bunda a cada vez. Começou a achar que entraria em combustão dali a pouco.
Sentiu uma mão em seu ombro. Era ele.
- Quer que te traga um suco?
Sorriu para ele.
-Quero.
-De quê?
-Laranja.
Ele deslizou a mão por seu ombro e saiu. Rodney a cutucou.
- Você vai me falar sobre isso?
-Eu vou. Te disse que tinha um monte de coisas para contar.
- Mas eu não podia imaginar!
-Olha quem fala!
Rodney deu um sorriso descarado e falaria algo, porém seu olhar parou na tela do laptop de Francisca.
-O que é isso?
Francis virou o rosto e viu o alerta para erro.
-Olha o seu, Rodney!
A tela de Rodney começou a mostrar códigos aleatórios. Logo, todos computadores começaram a mostrar aqueles códigos.
-Não estou gostando disso! - exclamou Rodney.
-Estela estava rodando o último algoritmo.
Rodney tentou entrar no trabalho de Estela.
-Pede senha!
-Cadê ela?
Os dois olharam ao redor procurando por Happiness. Um Nova Espécie os olhou.
-Está tudo bem?
-Onde está, Happiness?- Francisca perguntou, verificando que a linguagem dos computadores estava mudando.
- Foi com Estela na sala 10.
-Precisamos das duas aqui.
- Posso buscá-las. - falou o homem, preocupado com o alarme nos olhos deles .
-Não dá tempo! Vou até lá! -falou, pegando o laptop de Estela.
Rodney pegou o dele.
- Onde vocês vão? - perguntou Wind.
-Procurar, Estela!
- Não sem mim.
Francisca e Rodney dispararam pela porta à fora. Francisca localizou a sala 10, deu duas batidas na porta e a abriu.
À primeira vista o que viu não era tão estranho. Estela estava sentada num sofá, o companheiro do lado e amamentando um bebê no colo. Então, o olhar apavorado deles e de Happiness a alertou. Que bebê era aquele?
O marido de Estela se ergueu num pulo e se colocou à frente da mulher. Francisca quase derrubou o laptop diante da carranca feroz do homem. Ele rosnou para ela e ergueu as mãos como garras.
-Ven, não! - Estela gritou.
Congelada no lugar, Francisca olhou para o bebê que começou a chorar. Estela chamou novamente seu companheiro.
- Sente-se, Ven!
O bebê chorava agudamente. Francisca notou as maçãs do rosto salientes e o nariz achatado. Era um bebê Nova Espécie?
Wind a segurou pela cintura e a puxou para trás dele.
-Calma, Vengeance!
- O que estão fazendo aqui? - Happiness perguntou, nervosa.
Francisca olhou para Rodney. Ele havia derrubado o laptop. Ela também não encontrou sua voz, assustada com o grande e assustador Nova Espécie.
-Wind, tire-os daqui! - Happiness gritou.
- É melhor, não. - ergueu as mãos para Vengeance. -Ven, sente-se com sua companheira. - balançou as mãos. -Por favor.
Vengeance rosnou novamente, recuou, contudo não se sentou.
Wind olhou para Happiness.
-Devia ter nos avisado disso.
- Eu não podia imaginar que isso aconteceria!
Wind virou -se para trás.
- Rodney? - o rapaz não respondeu.- Rodney! - Rodney deu um pulo e seu rosto voltou à cor normal. - Sente-se no outro sofá. - o rapaz andou como um robô. -Francisca?
-Hã?
-Você também.
Francisca abaixou-se e pegou o laptop do chão. Sem desviar o olhar do Nova Espécie enfurecido, sentou-se ao lado do amigo.
Estela ofereceu o seio para o bebê que o pegou, choramingando.
- O que vamos fazer agora? - Happiness perguntou, mexendo muito nos cabelos.
- Vamos todos ficar calmos.- Wind respondeu e pegou o celular no bolso traseiro. Digitou na tela e esperou. -Alô, Jericho, temos um problema... Não, ela está bem... É melhor você vir para cá. Sala 10... Ok.
Wind guardou o celular e olhou para Vengeance.
- Pode se sentar?
- Tire esses humanos daqui. -falou com uma voz cavernosa.
-Vamos esperar Jericho.
Vengeance se manteve em pé e Francisca viu que Wind se colocou no meio do caminho entre ele e Rodney e ela. Olhou novamente para Estela. Ela parecia muito assustada, ali amamentando seu bebê Nova Espécie.
Com toda aquela tensão, Francisca percebeu que ver aquele bebê a metera em encrenca. Havia um segredo ali, um bem guardado.

JERICHO: Uma história Novas Espécies 2Onde histórias criam vida. Descubra agora