Cap 26 - Morgana X Gasa, fase II

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Por Morgana

Eu vou lutar com a menina de cabelo rosa, as únicas coisas que sei sobre ela é que ela é uma das três gêmeas do fogo e que ela tem cabelo rosa, até o nome dela eu esqueci.

Eu não consegui escolher entre minha mãe ou meu pai para me levar até o campo de batalha, então acabei escolhendo os dois, não sei dizer se foi uma boa escolha, de quebra, a Manura também foi, porque não poderíamos deixa-la sozinha na arquibancada.

- Filha você tem certeza? Essas lutas são tão violentas, a pobre da Hanna saiu sagrando. - Começaram as perguntas.

- Sim mãe, eu tenho certeza.

- Não tem problema se quiser desistir Morgana, não ligue se te chamarem de covarde por isso.

- Não pai, eu não quero desistir.

- Acaba com aquela cabelo de algodão doce mana.

- Pode deixar comigo maninha, vou acabar com ela. - Falo esticando a mão para que Manura desse um soquinho.

- Srta Morgana Mayrt, a batalha precisa começar.

- Vamos logo com isso papai e mamãe.

Eles beijaram minha testa juntos. Os olhos da minha mãe se encheram de lágrimas e meu pai me olhou com uma expressão de profunda alegria que julgo que fosse orgulho.

Me ajoelhei para que Manura também podesse beijar minha testa.

- Eu confio em você Morgana.

- Eu não vou te decepcionar Manura.

- Ela cresceu tanto. - Eu consegui ouvir enquanto ia em direção ao meio do campo de batalha.

- Muito bem garotas. Comecem!

Assim que a Madame deu início a luta, a garota fez um movimento com as mãos, que eu não sei descrever bem como foi, só consigo dizer que ela fez surgir fogo em suas mãos, julgo que ela fez isso como uma maneira de tentar me intimidar.

- Sua energia natural é fogo, prevejo que nossa luta vai acabar em fumaça. - Esfrego as mãos uma na outra, as assopro e estralo os dedos fazendo com que também surgisse fogo em minhas mãos.

Ela iniciou a briga com as mãos em chamas, eu também continuei com fogo nas palmas das mãos, ela tentava de todas as formas me atacar, mas eu sempre desviava de todos os ataques com muito esforço para não me queimar; o que ela não sabia, é que eu tinha uma vantagem, ela era mais lenta que eu, consegui encosta-la antes que ela encostasse em mim. Segurei o seu pescoço com as duas mãos apagando as chamas na pele dela, mas diferente do que eu imaginava ela não sofreu uma única queimadura. Ela sorriu para mim sarcasticamente, o que me fez tremer de raiva.

- Me parece que seus planos deram errado ruivinha.

Ela tocou meus braços os fazendo queimar e arder.

Vou para trás com a dor causada pela queimadura, mas a dor não durou mais que poucos segundos, olhei para os meus braços e as queimaduras estava cicatrizando lentamente, aquilo seria regeneração?

Eu sabia o básico de regeneração pelos livros que Ashika nos mandou ler para aprender algumas técnicas antes da batalha e aprendi um pouco na prática também em alguns treinamentos que eu tive com a Madame Sudet, antes disso eu sabia um pouco pelo fato da Eneor ser uma viciada na fundação dos curandeiros e provavelmente saber todos os termos técnicos dela, mas será que eu estava começando a desenvolver?

Não tive tempo de consegui entender com clareza o que havia acontecido comigo, porque a garota me acertou com uma joelhada na barriga; eu ajoelhei no chão com dor e cospindo sangue.

- MORGANA. - Escutei um grito vindo da arquibancada, não posso afirmar com certeza quem seria, pós havia perdido um pouco os sentidos, mas julgo que seria a minha mãe.

Aquele grito ecoando na minha mente se juntou com a imensa dor que eu estava sentindo e ativaram algo em mim que eu não saberia por em palavras, me lembrei de algo que a Madame Sudet me disse durante um dos nossos treinos de força.

- Você tem um potencial que eu nem sou capaz de descrever Morgana, só tem um defeito, você precisa de um gatilho para ativar sua força e ser refém de gatilhos é perigoso.

Levantei me sentindo muito mais forte, ela tentou tirar vantagem atacando primero, mas eu segurei sua mão e devolvi a joelhada que ela tinha me dado antes, eu precisava devolver. Logo depois, a atingir com uma sequência de golpes, primeiro um chute na orelha, seguido por um soco no queixo. Ela caiu no chão e ainda quando tentava se levantar com o rosto cheio de ódio, o sino tocou.

Na bancada dos professores, Ashika batia palma para mim, parecia está muito feliz. Já Samuel estava em pé me encarando com um sorriso no rosto, bem... Era um sorriso ao estilo Sam, mas mesmo assim ainda era um sorriso.

Não demorou muito para que minha mãe invadisse o campo de batalha só para me dá um dos abraços mais forte que ela já havia me dado.

- Minha querida, eu senti tanto medo filhinha, você se machucou muito? Nós podemos ir para casa cuidar dos seus ferimentos se você quiser.

- Não mamãe, eu estou bem, pode me solta agora. - Eu disse rindo.

- Morgana. - Escutei a voz de Ashika.

- Ah, como vai Sra May.

- Olá Sra professora, bom dia.

- Posso ver onde ela te queimou Morgana.

- Não está mais doendo. - Estiquei os braços para ela.

- Interessante.

- É regeneração Sra Ashika?

- Improvável, mesmo estando mais cicatrizado do que deveria está e mesmo que não esteja doendo, ainda tem marcas da queimadura, regeneração não deixa marca ou cicatriz nenhuma do ferimento, mas nada impede que você possa está começando a desenvolver algo como regeneração, quando tudo isso acabar, precisamos mostrar para a Madame Sudet.

As vozes da BruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora