POV NARRADOR
O fim da festa já se aproximava, e com ele a embriaguez se fazendo cada vez mais presente. Giovanna e Vanessa eram parecidas até em serem "inimigas do fim", e provaram isso sendo uma das únicas que ficaram até o quase fim de festa. Lopes havia resolvido que não iria encher a cara, pois viu que Giovanna estava realmente empolgada em beber e não queria deixar a amiga sem supervisão.
As duas estavam acompanhadas de Beatriz, Nizam, Bin Laden, e Alane. Durante toda a festa, Bin continuou insistindo e tentando beijar Vanessa, que sempre arrumava um jeito de se esquivar. Giovanna apenas observava as aproximações de longe, sem se meter muito, mas sentindo a cada segundo uma vontade de soca-lo.
-Já te falei que você ta uma gata hoje?- O Rapaz pergunta, se aproximando de Vanessa e Giovanna na Pista de dança. A mais alta ri um pouco sem graça/desconfortável, continuando a dançar com a amiga.- Vem cá Dançar comigo.- Insiste, puxando levemente o braço da dançarina e colando seu corpo ao dela.
-Cara ce ta começando a me irritar já, Ela tá nitidamente desconfortável e vc continua forçando a barra pra cima dela.- Giovanna fala, de forma um tanto quanto hostil e irritada, se aproximando do "Casal" e assistindo a amiga tentar se afastar do homem.- Vem Van, vamos dormir, essa festa já deu.- Anuncia, puxando o braço da amiga e a guiando para dentro da casa. Porém, enquanto andava estressada e bebada, acabou torcendo o pé e caindo, sentindo uma dor instantânea.
-Meu Deus, Gi. Calma, tá doendo muito?- Vanessa logo se desespera, ao ver a amiga sentada no chao, segurando o pé e deixando lágrimas escorrerem de seus olhos.- Vem cá, tenta levantar meu bem.- Diz, posicionando o braço da mais baixa por trás de seu pescoço e a ajudando a mancar até o sofá, onde ela puxa um banquinho e deposita o pé da amiga.
-Acho que Luxou Van, ta doendo pra caralho.- Revela Giovanna meio chorosa.
-Calma princesa, eu vou pegar gelo, peraí.- Rapidamente, Vanessa corre até o freezer, enrolando vários pedaços de gelo em um pano e trazendo de volta.- Olha, coloca onde tá doendo, meu amor.- e assim Giovanna faz, sentindo a dor eminente no pé.-Ei gente, tá tudo bem?- Bin entra na sala, analisando o cenário e tentando entender oq estava acontecendo.
-Isso é culpa nossa!- Vanessa diz irritada, sentindo lágrimas rolarem por seu rosto em preocupação e culpa.- A gente irritou você Gi, vc tá bebada, me perdoa pfv. Eu vou te ajudar a ficar bem, eu prometo.- Fala, rápido demais pra Giovanna quase não entender do que a mais alta falava.
-Ei gatinha, tá tudo bem, foi uma torção besta.- Tenta acalma-lá, mesmo com a voz um pouco chorosa pela dor.- Consegue pegar um remédio de dor pra mim, por favor?- Giovanna pergunta a Bin Laden, Que ainda analisava a situação.
-Eu vou pegar, já venho.- Vanessa diz, limpando as lágrimas e deixando um beijo casto na testa da amiga. Bin laden coça a cabeça também preocupado, mas se dirige ao quarto para que possa se preparar para dormir.
-Você fica linda assim.- Giovanna diz brincalhona e com a voz arrastada, oq faz Vanessa sorrir quando se aproxima com o remédio e um copo d'água- Toda preocupadinha, coisa mais linda vey.
- Como tá a dor?- Questiona, se sentando na frente da amiga, e analisando seu pé.-O gelo anestesiou bastante, só tá um pouco dolorido.- Sussurra, ainda embriagadamente. A morena se limita a apenas sorrir, e se levanta, indo até a área do banheiro e pegando um algodão e demaquilante, para ajudar a amiga a tirar a maquiagem. - Nossa....- Giovanna Sussurra, após abrir os olhos e encarar a expressão concentrada da mais alta. Ao ouvir a amiga resmungar, os olhos verdes repousam sobre os castanhos e Giovanna consegue acompanhar o momento exato em que as pupilas de Lopes se dilatam.- Eu quero muito te beijar agora.- Fala, como se estivesse confessando o maior segredo de sua vida. A morena então sente seu coração disparar, como se uma escola de samba inteira invadisse seu ser por completo, como se tudo congelasse e ao mesmo tempo acelerasse dentro dela.
- Ce não sabe o que ta falando. Isso é a bebida fazendo efeito no seu organismo.- Tenta desconversar, desviando os olhos da imensidão castanha e passando o algodão sobre a pele macia.
-Caralho cara, será que nessa bebida tinha a cura hétero? Ou será que você, é a cura hétero?- Balbuceia, como se aquele realmente fosse um questionamento genuíno, o que faz Vanessa rir da amiga resmungando frases embriagada.- Eu acho que sempre tive essa vontade...Você é gata pra caralho Van, e eu seria uma completa otaria se não quisesse te beijar.
O tom de voz, o modo de falar, o modo de se portar, tudo. Demonstrava o quão embriagada a morena estava. Vanessa sabia disso, ela percebeu que sua amiga já não estava mais dentro de si. Então, pq mesmo assim seu coração agia como um tolo? Seu sangue fervia, como se aquelas fossem as únicas palavras que ela precisava ouvir, como se aquela fosse a única a verdade. Era isso que Vanessa queria. Que fosse verdade. Ou Que apenas fosse real.
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Maktub (ginessa)
Fanfiction"[...] Maktub é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer". Essa palavra expressa alguma coisa que estava predestinada ou um acontecimento que já estava "escrito nas estrelas". Neste caso, apesar de possuirmos o...