Capítulo 22

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Bryan

Um caminhão de exames depois, finalmente tivemos o resultado que não queríamos. Bia iria precisar fazer um tratamento de fertilidade. Pelo que entendi havia uns problemas com as dose de certos hormônios, os ovários policísticos não ajudava em nada e ainda tem um adenoma na hipófise. O que me deixou com um medo da porra, um negocinho de três milímetros no cérebro poderia causar uma menopausa precoce.

Um conjunto de coisas causava o problema de conceber. Precisei segurar a minha onda, não sair correndo assustado quando ouvir tudo isso, mas ela precisava de mim. Depois é claro que fui em um bar, tomei todas e mais algumas com Ian, a ponto do meu irmão precisar me levar e colocar na cama.

No dia seguinte, sentamos na cozinha e tivemos uma longa conversa sobre os nossos medos, depois enchemos a médica de perguntas e quando tive certeza que aquele tratamento não pioraria todas aquelas coisas, seguimos com as injeções.

O primeiro mês não deu em nada, quando a menstruação dela veio ela tentou se mantém alegre, a médica disse que era assim mesmo, o processo seria longo, e não poderia desanimar. Mas não é fácil quando mais cinco meses se passará e nada do maldito teste dar positivo.

— Dia, pretinha. — Coloquei uma xícara de café na frente dela assim que sentou na banqueta. Não havia aquele brilho no olhar. — O que vamos fazer hoje?

— Ir para o café, trabalhar e trabalhar.

— Vou passar mais tarde para te dar a injeção. — O tratamento consistia em tomar injeções regulamente.

— Você sabe que não precisa, é subcutânea e eu mesmo posso aplicar em mim.

— E depois desamai devido a uma agulhinha minúscula?

— Foi só uma vez. Ela fez careta. — E só sentir uma tonteira. — Na primeira vez que usou a injeção, a mocinha com o pavor de agulha quase se estabanou no chão do quarto. — Quando o nosso bebê estiver grande e fazendo birra, lembra isso a ela.

— Ou ele, não é?

— Com a sorte que tenho será uma menina, de olhos amendoados, um sorriso lindo e vai me fazer comer na mão dela.

— Isso não tenho dúvidas. — Ganhei um pequeno sorriso. — Tenho que ir ao cartório, banco, e acertar as coisas com a loja do lado.

— Minha empresária de sucesso. — Caminhei até ficar atrás dela e sussurrei em seu ouvido. — Precisamos de uma linha de disque sexo. A doutora disse que pode começar a ovular a qualquer momento e precisaremos de uma rapidinha.

— Não é bem assim, seu assanhado, sabe muito bem que temos uma tabela dos dias provável e...

— Detalhes sem importância, foca no disque sexo. — A gargalhada de Bia explodiu na cozinha. — Sério, vou avisar para o meu chefe. — Pigarrei e coloquei a mão no peito e fiz a minha melhor cara de gato de botas. — A minha descendência está em jogo, capitão. Minha adorável mulher está ovulando e eu preciso colocar meus soldados em batalha.

— Vai ganhar suspensão, isso sim. Preciso que se mantenha empregado, pois com a expansão ficarei bem ruim de grana.

— Já disse que o que é meu é seu, e somos um casal...

— Sim, sim, sim, eu entendi de todas às vezes que conversamos.

A deixei no café e voltei para casa, precisava entrar em contato com as meninas, pedi ajuda a todo mundo, mas tarde iria ter uma festinha surpresa para Bia, em comemoração a assinatura do contrato. Mila controlava o batalhão sentada de casa cuidado de Lulu, a menininha virou xodó de todos, mesmo com o parto em casa, ela saiu do hospital como qualquer outro bebê.

Meu querido AdmiradorOnde histórias criam vida. Descubra agora