Capítulo 9

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Maraisa

depois do almoço, a Maiara quis assistir desenho comigo então fomos pro quarto dela, eu liguei a tv e nos deitamos na cama. Enquanto se concentrava no desenho, ela mamava no meu peito tranquilamente. Eu estava lhe fazendo cafuné quando ela tira a boca do peito e olha pra mim.

Mai: metade, Balala qué passear ⎯  sorri ⎯

Mara: quer passear? Então nós podemos ir no shopping quando o filme acabar, meu amor, o que acha? ⎯  sorrio levemente ⎯

Mai: Balala gostou! Agola Balala vai mama mais no tetê dela ⎯  volta a mamar ⎯

ela voltou a se concentrar no filme e eu continuei fazendo cafuné até o filme acabar. Como prometido, arrumei ela pro nosso passeio, coloquei nela um vestido curto com estampa floral, brincos rosa de borboleta e uma sandália de amarração, no cabelo eu fiz um penteado simples.




já pra mim, escolhi um conjunto de short e cropped e nos pés coloquei um tênis

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já pra mim, escolhi um conjunto de short e cropped e nos pés coloquei um tênis.

chegamos no shopping e minha irmã pediu pra ir na loja de doces, mesmo receosa, eu atendi ao pedido dela

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chegamos no shopping e minha irmã pediu pra ir na loja de doces, mesmo receosa, eu atendi ao pedido dela. Entramos na loja e ela correu até a prateleira dos chocolates, onde haviam várias crianças com seus pais.

Mai: metade, compla um cocoiate pla Balala? ⎯  ela fala e chama a atenção dos outros ⎯

Mara: compro sim, meu amor, escolhe aí e mostra pra metade qual você quer

Mai: eu quelo ete ati! ⎯  pega uma barra ⎯

C: ei, eu vi primeiro! ⎯  pega o chocolate da mão dela ⎯

Mara: rapazinho... ⎯  agacho ⎯  será que pode devolver o chocolate pra minha irmã?

C: sua irmã? Por que você tem a mesma cara que ela e ela é esquisita e você não?

Mai: Balala não é quisita!

C: é sim! Manhê! ⎯  cutuca a outra moça ⎯  essa moça estranha pegou o meu chocolate!

Mai: voxê que pegou da Balala!

M: com licença, você está acompanhando essa mulher? ⎯ me cutuca ⎯

Mara: tô sim, ela é minha irmã gêmea

M: que bela irmã hein, por que deixa ela andar por aí falando errado e pegando doce dos outros? Pela idade dela, deveria se comportar feito adulto, parece uma aberração.

Mara: em primeiro lugar, meça as palavras pra falar da minha irmãzinha! E em segundo, ela tem infantilismo, esse é o jeitinho dela, agora faça o seu filho devolver o chocolate pra ela

M: que mal educada! Por que ele deveria devolver?

Mai: ei! Nhão pode gita com a metade da Balala!

Mara: quer saber? Pode ficar ⎯  a encaro ⎯  eu posso comprar essa loja inteira se minha irmãzinha quiser

M: com que dinheiro?

Mara: espera um poquinho ⎯  tiro os óculos escuros ⎯  me reconhece?

M: agora eu entendi de onde vem a grosseria, típico seu pelo que andei vendo na internet ⎯  pega na mão do garotinho ⎯  eu vou embora daqui

a mulher vai embora acompanhada do menino e eu volto o olhar pra Maiara, que encarava o chão com os olhos tristes.

Mara: não liga pro que aquela mulher disse, minha vida, a metade vai te dar chocolate, tá bom?

Ainda tristinha, ela escolhe uma caixa de trufas, nós pagamos e fomos até a praça de alimentação. Nos sentamos à mesa e ao olhar pra ela, a vejo chorar e me aproximo, acariciando suas bochechas levemente.

Mara: minha vida... ⎯  seco suas lágrimas ⎯  por que você tá chorando?

Mai: Balala é abelação e quisita...

Mara: você não é isso, meu amor...

Mai: Balala é tim, e a metade vai badona Balala poque ela é muto quisita...

Mara: metade, eu nunca vou te abandonar... ⎯  ergo seu queixo com a ponta dos dedos, fazendo ela olhar pra mim ⎯  você é o que eu tenho de mais importante na vida, irmã...

Mai: voxê ama a Balala?

Mara: amo muito... ⎯  sorrio levemente ⎯

Mai: mais do que ama a Lila?

Mara: muito mais... 

Mai: eeeeeee!

mais calma, ela me abraçou e foi escolher um sorvete no cardápio.



baby MaiOnde histórias criam vida. Descubra agora