Capítulo 12

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-Pra onde você tá indo Brendinha?-Pergunta uma voz suave e hesitante. A lanço um sorriso antes de terminar de fechar uma pequena mala. Olho seus lindos olhos negros se encherem de lágrimas.-Você também vai me abandonar?-Pergunta em um fio de voz, com uma dor tão profunda que me desmonta.

-Não, pequena eu não vou ir te abandonar, vem cá.-Me sento na cama antes de abrir meus braços. Ainda receosa, vejo a mesma vir até mim, em pequenos passos.-Eu vou ter que fazer uma pequena viajem mas eu prometo que vou voltar.-Digo acariciando sua pequenas costas.

-Não mente pra mim Brendinha, você não.-Diz em um soluço, mais lágrimas vem até meus olhos ao ouvir sua voz, pensar no que a mãe dessa menina deve ter feito a ela para que a mesma tenha um medo tão forte da rejeição me deixa destroçada.

-Ei, eu não estou mentindo.-Digo pegando seu pequeno e rechonchudo rostinho, lágrimas não derramadas são vistas em seus olhos.

-Eu preciso ir até um lugar por um tempinho pra poder ajudar uma grande amiga, entende pequena? Enquanto você e seu papai me quiserem aqui, eu vou ficar ok?-Vejo a mesma acenar com a cabeça, pra uma criança ela é incrivelmente compreensiva.

-O meu papai é muito rico, porque você não namora ele? Eu deixo.-Arregalo os olhos ao ser completamente pega de surpresa por uma pergunta dessas.

-Porque primeiro eu preciso querer algo assim filha.-Fecho os olhos antes de contar até três, querendo com certeza enfiar a minha cabeça em um poço de água e me afogar. Caramba, não tinha outro momento pra ele aparecer não?

-Mas pelo jeito que você olha pra ela já é o suficiente papai! Olha, ela é muito bonita! Parece até minha boneca, e cuida bem de mim!-Olho para o rosto do mesmo e vejo que agora é a vez dele de ficar completamente desconcertado.-Você namoraria o meu papai Brendinha? Eu deixo, você poderia ficar cuidando de mim pra sempre e me dar uma irmãzinha que se chamaria Summer.

-Não pequena, eu nunca, jamais namoraria um homem como o seu papai.-Digo vendo como o mesmo estreita seus olhos.

-E por que não? Ele é bonito, rico e tem uma filha linda que nem eu? Você nunca mais precisaria trabalhar e poderia ter tudo!-Envio um olhar suplicante para o homem que agora me encara de sobrancelha arqueada e apenas cruza os braços, um sorrisinho divertido toma seus lábios diante de meu constrangimento.

-A razão pequena, é o fato de não fazer meu tipo homens extremamente sérios, mandões e irritantes, entende?-A mesma acena com a cabeça antes de ficar pensativa.

-Mas se esse for o problema, tem o meu titio, ele é tão bonitão quanto o papai e além de menos sério adora viajar!-Diz dando pequenos pulinhos.-O papai e ele não se gostam muito e minha primeira opção pra você seria meu papai, mas como você não quer ele fica com meu titio então.-Sorrio diante de sua empolgação, ela realmente me quer em sua família.

-Ae, e o seu titio é divertido?-Digo vendo a mesma pular e acenar positivamente com a cabeça.-Vou pensar no assunto tá bom?-Digo a dando uma piscada antes de oferecer um belo sorriso.

-Papai! A Brendinha vai entrar pra família!!-Diz a pequena dando mais e mais pulinhos de alegria.

-Não duraria três meses se ficasse com meu irmão, ele não é muito conhecido por parar muito tempo com alguma nova conquista.-Diz o mesmo me dando um sorriso sarcástico.-Já terminou de arrumar suas coisas? Precisamos ir.

-Vocês vão sair em mel de lua?-Tampo meu rosto diante da imensa vergonha.

-Não filha, nós dois vamos precisar sair por alguns dias pra ajudar a Rebecca, você vai ficar aqui com a Eleanor e eu quero que se comporte direitinho ok? Agora solta ela e vem cá me dar um abraço.-A mesma solta minhas mãos antes de ir correndo até seu colo, onde o mesmo a levanta e a dá um abraço extremamente forte, com direito a cosquinhas no final, o que faz a mesma soltar aquela deliciosa risada de criança.

-Eu te amo papai! Te amo mil milhões!-Diz a pequena, fazendo com que o mesmo a olhe de forma carinhosa, a dando um sorriso tão bonito e aberto que é possível ver suas duas covinhas.

-Eu também te amo minha pequena.-Desvio meus olhos ao ser pega no flagra admirando essa cena, logo depois de ela sair de seu colo, ela vem correndo até mim e me abraça, abraço esse que eu retribuo com vontade.

-Cuida bem do meu papai, ele é sério mas me ama muito.-Diz em um sussurro em meu ouvindo.

-Pode deixar pequena.-Ela sai de meu abraço e sai saltitante do quarto, me deixando apenas com o mesmo que nem disfarça que está me encarando.

-Vai ficar sentada aí até quando? Vamos.-Reviro os olhos para o mesmo antes de pegar a minha pequena mala, há coisas mais importantes agora do que o meu ranço por esse homem.

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Dou mais um apertado abraço na pequena antes de seguir para o discreto carro com janelas pretas. Se um desses tentasse subir no morro com certeza levaria muito tiros por achar que se trata de algum x9 da polícia ou alguém da gangue vizinha.

Não demoro pra entrar no carro, a primeira coisa que me impressiona é o forte aroma de seu perfume, o mesmo cheiro que senti quando por impulso o abracei. Fecho meus olhos ao relembrar desse ato, droga onde eu tava com a cabeça?

-A menos que queira estragar meu carro, é melhor fechar a porta dele, onde está com a cabeça afinal?-Encaro seu rosto antes de fechar a porta.

-Pensando no quão fundo eu quero enfiar minha rola nessa sua bunda gigante.-digo com doçura.-Foi mal, eu disse que apenas estou peeocupada.-Digo encarando seus olhos por um momento antes de pegar meu telefone que está vibrando.

Meu sorriso morre ao ver que se trata novamente dele, o babaca que além de me trair, não deixa de encher a porra do meu telefone de mensagens e ligações. Sem falar nada, meu chefe começa a dirigir e rapidamente já estamos fora de sua incrível casa, suspiro antes de bloquear o terceiro número desconhecido que me manda mensagens implorando pra voltarmos. Vai ser definitivamente uma longa viagem.

E aí meus mores o que acharam??? Caso tenham lido esse livro primeiro, não esqueçam de ir ler o novo capítulo do livro da nossa querida Rebecca.

A babá Onde histórias criam vida. Descubra agora