Engulo em seco ao ver o grande homem massageando sua bochecha. Porra que susto do caralho.
-O que você pensa que tá fazendo?-Sussurro baixo para não acordar Jennie.
-Eu ia pegar minha filha e levar de volta pra cama, até levar um incrível soco.-Esbraveja o mesmo.-Vamos lá pra fora, agora.-Ele me dá uma última encarada antes de sair do meu quarto. Respiro fundo novamente antes de observar Jennie no décimo segundo sono. Me desvencilho de seus bracinhos antes de ir com sutileza pra fora do quarto.
Quando fecho a porta, me assusto ao ver uma mão pegar com firmeza meu braço e praticamente me arrastar pra outra porta ali perto.
-Você ficou maluco? Da pra me s-
-Calada!-Diz abrindo uma das portas e nos colocando pra dentro.
-Você pode estar pagando meu salário mas isso não te dá o direito de puxar meu braço assim!-Esbravejo puta da vida para o homem que me encara tão puto quanto eu.
-Nem de você me dar um maldito soco! O que diabos a minha filha estava fazendo no seu quarto? Você não tinha o direito de t-
-Ela que veio para o meu quarto!-Grito para o mesmo que começou a levantar a voz para mim, que obviamente não aceitaria esse tipo de situação. Minha mãe não me criou pra aceitar que gritem comigo desse jeito não!-Eu estou te tratando com educação mesmo tendo entrado no meu quarto e me assustado daquela forma, não foi minha culpa a menina ter vindo me procurar! Eu que não iria desaponta-la, eu planejava levar ela de volta pro quarto mas acabei dormindo foi mal!-Digo vendo o mesmo soltar um palavrão irritado antes de passar a mão em seus cabelos.
-Eu não vou aceitar que você fale nesse tom de voz comigo, você pod-
-QUEM NÃO VAI ACEITAR SOU EU!-Grito para o mesmo irritada.-Eu vim aqui para trabalhar, para cuidar da menina e garanto que estou dando o meu melhor, mas se você!-Digo pontando o dedo para a sua cara.-Acha que vai ficar me tratando feito capacho, pode tirar o seu cavalinho da chuva seu gringo filho da puta! A minha mãe não criou uma idiota que aceita grito de macho!-Seu olhar irritado se estreira enquanto o mesmo sorri indignado.
-O que eu já falei sobre essa maldita mania de ficar falando em sua língua, você não aprende mesmo não é? Vamos lá, traduza para mim o que você acabou de dizer, mas eu quero ver traduzir ao pé da letra.-Diz cruzando os braços e se aproximando perigosamente de mim.-Traduza, sua pequena criatura de língua afiada.
-Eu cavalo grita com a chuva no macho não.-Digo me repreendendo no momento que terminei de pronunciar a coisa mais sem sentido que saiu de minha boca, vendo como o mesmo gargalha com prontidão do meu embanamento.
-Quando você aprender a pronunciar uma frase direito, aí sim vamos realmente discutir.-Seu braço bate de leve em meu ombro antes do mesmo deixar o quarto desocupado para o qual me trouxe. Minha madrugada mal começou e ja começou uma merda!
______
Depois daquele dia, tudo aparentemente se estabilizou e os dias seguiram com um pouco mais de "calma", bom, pelo menos até eu pegar meu telefone e em um dia aleatório ver milhares e milhares de notícias sobre a Rebecca, a acusando de ter molestado uma criança, a mesma criança que ela ajudou naquele dia!
Eu estava terminando de dar comida para Jennie quando vi essa notícia. Desesperada, pedi para Eleanor olhar a pequena rapidinho e quanto mais eu observava o que se falava na internet sobre Rebecca, mais meus passos aumentavam.
-Senhor!-Bato várias vezes em sua porta e sem esperar a abro.
-O que você quer, você deveria estar cuidando da minha filha e n-
-Sim sim eu sei mas isso é urgente.-Digo ofegante.-Eu preciso ir pra Los Angeles, acabou de sair diversas notícias sobre a Rebecca que não são verdades.-Digo entregando meu telefone para que o mesmo veja. Sua cara rapidamente se transforma em uma imensa carranca.
-Ela é realmente inocente, certo?-Pergunta me encarando em um tom sério.
-Sim! Eu estava com ela no dia que essas fotos foram tiradas! Droga, ela estava dando dinheiro pra essa criança e a mãe dela pra eles saírem das ruas.-Lagrimas escapam de meus olhos e mal consigo controlar o choro entalado ao ver tantas coisas horríveis que estão falando sobre a mesma.-Ela só estava querendo ajudar droga!-Mais e mais lágrimas saem, lágrimas de puro ódio e indignação enquanto relembro das várias e várias coisas que li sobre a mesma.-Eu preciso ir pra lá, eu preciso contar para os policiais sobre tudo isso, o quão louco isso é!
-Se recomponha.-Diz o homem pigarreando, visivelmente desconfortável com meu choro.-Arrume uma mala pequena pra você, eu te levo até lá, daqui a três horas saímos, vou resolver algumas coisas aqui e já vou arrumar uma pequena mala também.
-Obrigada.-Uma intensa felicidade toma meu peito quando escuto isso, além de uma imensa gratidão que sinto ao ponto de em meio a essa euforia, o abraça-lo fortemente.-Muito, muito, muito obrigada.
Adan on...
Ainda atordoado, vejo a criatura mais irritante desse mundo me abraçar com uma imensa força, seu cheiro fresco não passa despercebido e me sinto completamente sem reação por essa atitude. Quando a mesma me solta, ela me lança em meio as lágrimas um imenso sorriso, essa é a primeira vez que vejo alguém tão feliz por ir ajudar outra pessoa.
A mesma momentos depois me larga e ao avisar que vai fazer as malas, ela sai correndo na mesma velocidade que entrou nessa sala, me deixando completamente confuso com esse sentimento incômodo que senti por ter sido abraçado e por ter visto seu sorriso.
Sentimento estranho né? Blz, meia noite eu te conto KKKKMKK. E ai mores o que acharam? Comentem muitooo aíii e até breve.
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A babá
RomanceAdan Moore é um homem conhecido por sua fama de um homem extremamente frio e arrogante, uma pessoa de pouquíssimos amigos e claro, um pai exemplar. Ele não mede esforços para fazer de tudo pela sua pequena Jennie a fim de compensar o tempo em que nã...