Capítulo 32

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Abraço meu corpo quando por fim saio do banheiro já de banho tomado e roupa trocada. Olho ao redor da casa e o encontro no sofá. Seus braços estão para trás e ele permanece de olhos fechados, está sem camisa, apenas com uma bermuda folgada. Engulo em seco ao observar o seu físico, a marca de minha mordida ainda está bem evidente em seu peito. Ele é grande na medida certa, não extremamente grande ao ponto de dar medo e se tornar muito feio e nem pequeno. Meus pensamentos se prolongam para outras partes de seu corpo, que trato logo de desviar a atenção.

Sei o quão errado é ficar encarando-o dessa forma, mas apenas queria mais um beijo. Não é como se eu pudesse somente ir até ele e o beijar. Ou será que eu posso? Mordisco minha bochecha interna enquanto a indecisão me toma. Afinal, o que diabos temos? Deus, me sinto tão confusa sobre tudo isso. Tenho a impressão de estar agindo como uma emocionada, agindo rápido demais, mas ao mesmo tempo parece tão certo, certo ao ponto de eu não me sentir culpada.

-Vai continuar parada aí até criar raízes ou vai desembuchar de uma vez?-Pergunta o mesmo se virando para mim. Seus intimidadores olhos se fixam em mim e apenas consigo sentir minhas pernas trêmulas. Sua respiração e suas feições estão completamente tranquilas, como se a pouco tempo atrás ele não tivesse confessado coisas que me deixaram perdidinha da Silva.

-Eu...-Engulo em seco antes de me corrigir ao perceber que estava começando a falar em português.-Eu queria te perguntar o que temos agora.-Desembucho, ele parece considerar a minha perguntar.

-Não estamos namorando porque ainda está muito confuso para você.-Aceno com a cabeça.-Acho o termo ficar péssimo para o que temos, então, estamos nos conhecendo.

-Então... Eu posso te beijar?-Pergunto fazendo-o sorrir.

-Quer me beijar?-Pergunta divertido, me deixando completamente envergonhada. Sim, estou me sentindo uma pervertida com fogo no cu, mas essa boca dele é tão deliciosa.-Pode. Vem cá.-Diz batendo a mão em seu colo. Arregalo os olhos antes de pigarrear. Ando com certo receio até ele, que observa cada passo meu como se eu fosse uma presa prestes a ser abatida.

Quando chego em frente a ele, engulo em seco ao me estranhar completamente. Eu geralmente não costumo ser tão tímida, mas ele me deixa assim em diversos momentos.

-Parece que está com vontade de sair correndo.-Diz divertido.-Eu não mordo Brenda. Pelo menos não ainda.-Diz avaliando meu corpo de cima abaixo.-Pode me beijar, eu não vou te tocar.

-Eu não vou sair correndo seu gringo metido.-Digo o dando um pequeno tapa.

-Eu vou querer saber a tradução disso?-Pergunta com uma sobrancelha arqueada enquanto eu nego com a cabeça.

-Vamos lá Brenda, você consegue.-Digo para mim mesma, fazendo o mesmo sorrir antes de colocar suas mãos para trás. Seus olhos brilham em diversão enquanto esperam pacientemente por um movimento meu.-Lá vai.-Digo antes de me sentar em seu colo e com minhas duas mãos, pegar seu rosto que agora me encara sério antes de o beijar. Seus lábios tem gosto de menta, provavelmente da pasta de dente. Queria poder dizer que o beijei com delicadeza, testando os limites de sua boca por puro receio, mas bem, não foi isso que aconteceu. A verdade é que meus lábios se chocaram contra os dele com mais brutalidade do que eu gostaria.

Fico de joelhos ainda entre ele antes de aprofundar ainda mais o beijo, minhas mãos deixam seu rosto e seguem direto para seus cabelos, onde os puxo. Ele ofega surpreso enquanto retribui o beijo da mesma forma.

Pelo visto o gringo não imaginava que a brasileira aqui era atacante hehe.

Suas mão me prendem a si antes do mesmo me sentar em seu colo, mal respiramos enquanto nossos labios se chocam. Nos beijamos como feras, nos beijamos como se a qualquer momento o mundo fosse acabar, como se o oxigênio que respiramos dependesse única e exclusivamente um do outro.

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