Ando irritado para fora do quarto, evitando o elevador. Essa sensação de urgência me faz descer as escadas tão rápido que mal vejo a necessidade de usar o elevador.
Quando paro no primeiro andar, observo ao redor a imensidão de pessoas, procurando por aquela que com certeza mais se destaca no meio da multidão. Sinto essa urgência, seguida dessa raiva sem sentido algum aumentarem ao vir possíveis cenas extremamente desagradáveis nas quais eu não deveria estar pensando.
Sinto alguns olhares sobre mim quando vou para o salão de festas, ainda me sinto desconfortável com isso, apesar de saber que é uma reação natural quando vemos algo muito belo a nossa frente. Apenas ignoro, estou sem tempo para mulheres, não quero e muito menos vou tocar em uma.
Ainda assim, porque me vejo a perseguindo? Que merda!
Quando entro no salão, percebo o quão lotado de pessoas ele está. Pessoas da alta classe estão com drinks na mão enquanto uma música ambiente de fundo é tocada. Elas não estão dançando como se estivessem em uma balada e nem se pegando, somente conversando. Isso parece mais uma reunião depois de um negócio importante do que uma festa.
De longe vejo algumas pessoas conhecidas e sem tempo pra tudo isso, saio dali o mais rápido possível antes que queiram me arrastar para aquele meio para conversar. Odeio pessoas e odeio ainda mais me socializar. Não é atoa que a grande parte dos negócios relacionada a relacionamentos com sócios e afins ficou com certeza para meu não tão querido irmão, e toda a parte mais burocrática comigo. Meu trabalho não é nada simples, porém posso fazer no conforto do meu escritório em meus computadores.
Saio pela porta daquele prédio e o vento frio bate em meu rosto, engulo em seco ao ver que não há nada além de vários apartamentos, começo a andar mais e mais até que encontro um bar com uma música extremamente alta. Sem muitas escolhas, vou até lá, fazendo careta ao ouvir o quão alta a música está. Assim que entro, vejo várias pessoas bebendo e outras dançando, um grupo de homens cantam em uníssono e em frente a eles, vejo ela.
Um misto de sentimentos me invadem quando a vejo sorrindo para eles enquanto dança com outras mulheres. Pisco os olhos mais e mais vezes antes de meu rosto ficar sem expressão. Não entendo o porquê diabos estou com essa ira possessa.
-Me vê a sua bebida mais forte por favor.-Digo para o garçom enquanto me sento em um dos bancos ali, não conseguindo tirar meus olhos dela.
Brenda on...
Minha noite hoje foi com certeza cheia de descobertas interessantes. Descobri que naquele prédio só tocam músicas chatas porém que aqui pertinho, tem um barzinho camarada que tem um grupo de samba! Imagina a minha surpresa ao descobrir que tem vários brasileiros aqui nesse meio.
-É o juízo finaal, uma história entre o bem, e o maaau. Abra os seus olhos pra veeer, a maldade desapareceeeer.-Canta o charmoso homem com seu tambor enquanto me encara, continuo sambando mais e mais ao som dessa música maravilhosa e só paro quando a música acaba. Completamente eufórica, parabenizo as meninas que estavam ao meu lado antes de ir pra mesa delas.
-Menina que pique é esse!-Diz uma delas que não faço a menor ideia do nome.
-Fazia tempo que eu não via uma que dançava tão bem quanto eu!-Diz a outra que também não faço a menor ideia do nome falando enquanto sorri.-Gata, tem um cara atrás de você, bem no meio do bar que não para de te secar. Com esse pique todo já atraiu dois gatos ein, hoje tem!-Diz a mesma fazendo tanto eu quanto as outras meninas rirem.
Olho pra trás divertida, porém toda essa diversão morre quando vejo de quem se trata. Meu não tão querido chefe me encara de um jeito tão sério e obscuro que minhas pernas ficam trêmulas. O mesmo estar vestido com uma roupa social toda preta também não ajuda em nada. O que diabos ele está fazendo aqui?
-E essa rainha aqui, qual o nome?-Pergunta uma voz masculina ao meu lado. Quando me viro vejo o homem que agora a pouco estava cantando lindamente.
-Brenda, e o seu?-Pergunto o lançando um belo sorriso. Seus olhos castanhos me encaram com certa diversão e uma pitada de interesse.
-Jeferson, mas pode me chamar de Jefin.-Diz piscando um olho para mim. Seu sorriso reto e branquinho é cativante e claro, de um completo e charmoso galinha que não vale nada. Conheço esse tipo de longe.-Você dançou tão bem que eu tive que vir pessoalmente te parabenizar. Mora a muito tempo aqui?-Nego com a cabeça.
-Vim tem pouco tempo pra cá, morava no Rio.-Digo o fazendo sorrir abertamente. Sinto outra onda de arrepios em meu corpo mas apenas ignoro, continuamos conversando em um clima muito gostoso.
-Mas agora vem cá, me diz aqui. O que eu preciso fazer pra poder dar um beijo em uma morena linda como você?-Pergunta com um sorriso extremamente charmoso. As meninas me encaram com uma cara de incentivo enquanto eu apenas sorrio.
-Aproximar mais esse rosto seria um ótimo começo.-Digo com charme para o mesmo que obedece ao meu comando e sem mais delongas, nos beijamos. As meninas riem e gritam eufóricas enquanto eu aproveito para explorar mais e mais sua boca. É inevitável não me lembrar do homem do aeroporto. Porra, porque esse pensamento em relação a ele agora? Não sei. Só sei que ofego quando o mesmo puxa meu cabelo e aprofunda ainda mais o beijo, estamos nos beijando tão intensamente que começo a ficar quente. Abro meus olhos e voluntariamente ou não, olho de relance para ele, que me encara de uma forma tão enigmática que me sinto muito, muito, muito estranha. Interrompo o beijo ofegante e sorrio para o mesmo a minha frente que agora me encara com desejo.
-Eita morena.-Diz me fazendo rir.-Desse jeito você me deixa louco.
-Que isso ein menina.-Diz uma das mulheres ali presente.-O outro gatão ali está vindo para cá.
-Brenda, pode me acompanhar por favor?-Pergunta meu chefe ao meu lado. As pessoas ao meu redor ficam confusas e eu ainda mais.
-Oi Adan, aconteceu algo?-Pergunto encarando seu semblante sério.
-Vamos lá, agora.-Engulo em seco diante de seu olhar mas não me deixo intimidar. Não quando ele insiste em me tratar com essa arrogância.
-Se tiver que tratar algo comigo, deixe para amanhã em meu horário de trabalho, por agora sem chances. Um misto de sentimentos se passa por seus olhos antes do mesmo só acenar com a cabeça e ir embora.
Engulo em seco antes de sorrir para todos na mesa, que noite estranha.
Oooi amoresss como estão? Os dias aqui pra essa autora ainda andam muito corridos mass a autora ainda está aqui
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A babá
RomanceAdan Moore é um homem conhecido por sua fama de um homem extremamente frio e arrogante, uma pessoa de pouquíssimos amigos e claro, um pai exemplar. Ele não mede esforços para fazer de tudo pela sua pequena Jennie a fim de compensar o tempo em que nã...